3 de agosto de 2016

Sobre crítica e ação.

Antes de criticar algo que uma pessoa está fazendo no ministério cristão ou em qualquer outra atividade da vida, faça algumas perguntas:

1. "Eu tenho experiência na área em questão?" Se a sua resposta for sim, cogite a possibilidade de orientar a pessoa que está encontrando dificuldades em realizar a tarefa. Se a sua resposta for não, fique quieto!

2. "Eu consigo desempenhar melhor a tarefa em questão?" Se sua resposta for sim, coloque-se a disposição para auxiliar quem está desempenhando a tarefa. Se a sua resposta for não, fique quieto!

3. "Eu estou disposto a me envolver com a tarefa em questão para ajudar a sanar o problema?" Se a sua resposta for sim, arregace as mangas e trabalhe. Se a sua resposta for não, fique quieto!

4. "Eu tenho disposição de corrigir a pessoa nos erros que ela está cometendo?" Se a resposta for sim, exorte em amor. Se a resposta for não, fique quieto!

5. "Eu sou uma pessoa engajada nas atividades ministeriais de uma igreja (serviço)?" Se a sua resposta for sim, compreenda o princípio do auxílio mútuo para a edificação da igreja e siga em frente. Se a sua resposta for não, fique quieto!

Entenda, quem não é solução, na maioria das vezes pode ser mais um problema a ser resolvido. Paz a todos!

25 de julho de 2016

Por que você vai ao culto de domingo?

Não sei se você já se fez esta pergunta e tentou respondê-la de forma honesta alguma vez em sua vida, mas se isso ainda não aconteceu, recomendo que você faça este pequeno exercício de reflexão:

“AFINAL DE CONTAS, POR QUE EU VOU AO CULTO DE DOMINGO?”

Bom, vou tentar ajudá-lo a pensar sobre o assunto, expondo algumas considerações pessoais sobre o tema:

1.       A primeira razão para ir a um culto, por mais óbvio que pareça, é CULTUAR A DEUS. Então, podemos afirmar que o aspecto doxológico (glorificação a Deus), deve ser o maior motivo que nos faça sair de casa para ir ao culto. Claro que não podemos ignorar o desejo de ir ao culto para ser ministrado ou ser abençoado, mas isso de forma alguma é o objetivo central do mesmo;

2.       Levando em consideração a razão citada acima, penso que deveríamos avaliar a liturgia do culto, pois me parece que hoje em dia, ela é todo pensado para que EU E VOCÊ possamos nos sentir bem e assim sejamos acalentados emocionalmente (sem generalizações!). Louvores animados para nos por para cima ou intimistas para nos emocionar. Mensagens com conteúdo muito parecido com autoajuda, que nos deixam turbinados e otimistas. Pouco conteúdo bíblico e muita bobagem humanista;

3.       Creio que não podemos nos esquecer que o culto dominical é um CULTO CONGREGACIONAL e, portanto, não estamos ali para prestar nosso culto individual (já fazemos isso em nossa casa!) e sim, juntamente com nossos irmãos em Cristo, prestarmos um culto comunitário ao Deus dos deuses. Ou seja, o culto de domingo é um momento de olhar para Deus em adoração e debaixo da ação gloriosa do Espírito Santo em nós, voltarmos os nossos olhos para nossos irmãos com a intenção de edifica-los em amor. Veja que a Escrituras “regulamentam” o culto público para que ele não perca essa finalidade;

4.       Claro que não podia deixar de lado que a questão de congregar é um princípio bíblico exposto ao longo de todo o Novo Testamento. Por isso, devemos ir ao culto por ser uma orientação bíblica clara!

Sei que existem muitos outros motivos e razões a serem consideradas, mas deixo aqui a minha pequena contribuição sobre o assunto. Espero que, de alguma forma, tenha lhe ajudado a refletir um pouco melhor sobre o CULTO DOMINICAL.  Paz a todos!


PS: refiro-me ao culto dominical por ser o mais tradicional em nosso meio, mas isso se aplica a qualquer culto da Igreja de Cristo.

9 de abril de 2016

Sobre pessoas invisíveis.


Todos os dias tenho o prazer de levar e buscar meu filho na escola. Normalmente, quando estou voltando para casa, faço o mesmo itinerário. Algum tempo atrás, parado no semáforo, observei uma criança de no máximo 5 anos de idade, brincando no meio da terra no canteiro da rua. Lá estava ele, com um pedaço de pau, de vez em quando cavando um buraco, de vez em quando brincando de espada. Logo percebi que sua mãe estava por perto vendendo água para os motoristas que ali paravam. O semáforo abriu e eu fui embora com aquela imagem na minha cabeça. Passei ali mais uma dezena de vezes e em vários destes momentos, vi novamente aquela criança toda suja de terra brincando sozinha ao lado da pista. Confesso que essa criança me fez perceber algo que eu olhava mas não via, ou seja, a enorme quantidade de moradores de rua, que vivem a margem da sociedade como se fossem pessoas invisíveis. Confesso que num primeiro momento, a minha reação foi tentar racionalizar o problema e quem sabe ignorá-la, mas eu simplesmente não consegui! Poderia me dar por satisfeito, pois a igreja que pastoreio possui engajamento social, mas isso não me serviu e até hoje não me serve como desculpa. O fato é que existem muitas pessoas que vivem em condições sub-humanas e que nem ao menos são vistas e pensar nisso dói muito. Ver a imagem de Deus tão distorcida em outro ser-humano me causa uma profunda tristeza e o que é pior, um profundo sentimento de incapacidade. Continuo passando no mesmo local e vendo aquela criança e tantos outros que vivem como se não existissem para a sociedade e não tenho respostas práticas para isso. Só sei que me sinto incapaz e envergonhado por ver uma situação tão trágica e não ter condições de fazer nada. Me pergunto em momentos como esse: " O que a Igreja de Cristo está fazendo? Qual é a nossa resposta para os sofredores e necessitados deste mundo? Afinal de contas, o que podemos fazer por essas pessoas invisíveis?" Confesso que não sei, mas ando procurando respostas e que o Senhor me ajude a encontrá-las, em nome de Jesus!