24 de dezembro de 2013

Lista Top 10 (2013)

Ano passado fiz uma lista dessas e não poderia deixar de fazer outra este ano, porque para falar a verdade, é algo muito agradável e divertido de ser fazer! Além disso, nos faz lembrar de coisas boas que aconteceram no ano que passou. Numa sociedade acostumada a contar tragédias e desgraças, creio que relatar bons momentos é algo muito salutar! Bom, vamos ao que interessa (pelo menos para mim! rsrs). Segue abaixo minha lista TOP 10 do ano de 2013 (colocada em ordem completamente aleatória):

01.   Conseguir realizar pela primeira fez o nosso retiro das redes (R3), ou seja, num mesmo reunir crianças, adolescentes, jovens, adultos e casais. Foi bom demais! Um dos melhores que já participei!

02.   Acompanhar mais de perto o trabalho realizado pelos irmãos do Seminário Missão na Íntegra. Sempre julguei necessário pensar a teologia a partir da nossa realidade latino-americana e não apenas importar os pacotes teológicos norte-americanos. Pois bem, Deus tem levantado esses amados com este propósito. Vale a pena conferir!

03.   Conseguir aperfeiçoar o projeto social ligado à igreja (Associação Beneficente Ágape) e ver uma melhora considerável no serviço prestado pelo mesmo, que foi coroado com um belo evento de encerramento. Vale a pena servir ao próximo!

04.   Olhar para o lado e ver que tenho tantos companheiros de ministério dispostos a edificar juntamente comigo e minha esposa uma igreja centrada na pessoa de Jesus Cristo e no seu Evangelho. Sou muito grato a Deus pela Comunidade Cristã Redenção!

05.   Ter conseguido viajar para o Paraguai para conhecer a Comunidad Cristiana Redencion de Melgarejo e ver tudo de bom que Deus tem feito naquele lugar através das vidas dos Prs. Beto e Elaine e de todos que congregam naquele lugar;

06.   Dormir e acordar todos os dias ao lado da minha esposa e saber que sempre posso contar com ela! Minha maior companheira na jornada da vida! Amo!

07.   Ser pai do Gabriel! Todo ano é especial ao lado dele. Ele é divertido, inteligente, irritante, teimoso, carinhoso, amigo. Tudo isso ao mesmo tempo! Simplesmente amo este menino!

08.   Ser alvo do tratamento de Deus! Sou profundamente grato a ele por tudo que tem feito em minha vida, mesmo que para isso, a dor e o sofrimento se façam necessários!

09.   Ver a cura de Deus na vida da minha esposa. Ela tinha um início de hérnia de disco que a impossibilitava de realizar o que mais gosta de fazer, que é dançar. Hoje, ela já não tem mais este problema, porque Deus a curou!

10.   Ler o livro “Nem Monge Nem Executivo” de Paul Freston. Este livro me edificou profundamente!



Faça a sua lista também! Vale a pena! Paz a todos!

18 de dezembro de 2013

A dura lição do pastorado

Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. 1 Timóteo 3:1

Numa de suas cartas de instrução ao seu jovem discípulo Timóteo, o apóstolo Paulo afirma que o desejo de consagrar a vida ao ministério pastoral (episcopado) é algo que carrega em si mesmo o espírito da excelência, ou seja, nada é mais nobre do que a dedicação ao ministério pastoral que tem por base a Palavra da Verdade. Por isso, quando lemos essa passagem ficamos empolgados, pois almejamos fazer algo que de fato falha a pena para o Reino de Deus. Mas quando se trata do pastorado e das próprias considerações paulinas sobre o mesmo, a coisa não para por ai, pois o episcopado legitimado pela vontade soberana de Deus cobra o seu preço. O mesmo Paulo que define este chamado como algo excelente (e de fato é), em algumas outras passagens mostra o preço a ser pago pelo mesmo. Veja o que ele mesmo diz em outras passagens bíblicas:

Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos;
E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal.
2 Coríntios 4:8-11

Desde agora ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus.
Gálatas 6:17-18

O que vemos nestas passagens e que podemos encontrar em outros versículos também, é que o pastorado, quando é exercido com temor e fervor, trás consigo sofrimento, tristeza, angústia, solidão e outras coisas que se pudéssemos evitar, com certeza evitaríamos (existem momentos maravilhosos, mas não é esse o tema central do texto)! Talvez se fosse possível evitar todas estas coisas, creio que não conseguiríamos manter nosso estado de completa dependência de Deus e com facilidade nos perderíamos em nossas próprias vaidades. Enfim, o pastorado deixa marcas que talvez nunca sejam apagadas, dores que nunca deixarão de serem sentidas nesta vida, tristezas que estarão sempre em nossa memória! Essa é a dura lição que devemos aprender sobre o mesmo. Então, surge a pergunta: “Vale a pena?” Sim, se estivermos fazendo tudo para a glória de Deus e, obviamente, vocacionado por Ele, senão o que restará é um amontoado de nada que não resultou em coisa alguma, que transformará a existência de quem assim viveu em algo enfadonho e sem sentido. Mas se pela graça de Deus, fomos chamados, as marcas se transformam em nosso legado e no testemunho para uma geração que virá depois de nós almejando a excelente obra que o apóstolo incentivou o seu discípulo a buscar. Paz a todos!

15 de dezembro de 2013

Quanto mais eu conheço as pessoas, mais eu amo o meu cachorro!

Acho que a primeira vez que ouvi esta frase que dá nome a este post, foi quando um participante do BBB foi desclassificado (é, eu já vi Big Brother. Não me odeiem por isso! Rs). Sinceramente, eu entendo quem pensa assim. Animais são seres que estão a nossa disposição sempre que precisamos deles, ou para ser alvo do nosso afeto, ou para suprir a nossa necessidade afetiva (me refiro aos animais domésticos obviamente). Eles estão lá! Não importa se nós os ignoremos durante todo o dia, eles estão lá! Se por algum motivo estúpido descontemos neles a nossa raiva, eles estão lá! Se os tratarmos mal, eles ainda assim estarão lá! Assim são os animais! Isso acontece por um motivo simples: eles são seres irracionais (não são dotados de razão como os seres - humanos. Talvez algo mais básico, mas nunca igual ao ser-humano) e como tal agem por instinto, diferentemente de mim e de você que somos seres racionais e agimos baseados na capacidade de pensar, refletir, reconsiderar, ressentir, reprovar, perdoar, perseverar, acreditar, etc. Um animal doméstico é um grande companheiro sem dúvida nenhuma! Mas acho que isso se deve em parte ao fato dele não nos incomodar com perguntas difíceis e atitudes desagradáveis, não questionar nossas ordens, não pensar por si mesmo e simplesmente agir segundo o seu instinto natural, próprio de um animal. Assim fica fácil a gente gostar de um ser vivo, não é verdade? Daí pensamos: quem dera os seres - humanos fossem assim! Mas a questão é que somos seres racionais e não podemos ignorar a importância de outros seres dotados de razão em nossa vida, mesmo quando estes nossos semelhantes são tolos, imbecis, idiotas, desagradáveis, ingratos e qualquer outro adjetivo pejorativo que você possa se lembrar para se referir a raça humana neste momento. O fato é que somos mais parecidos com os nossos semelhantes do que com os nossos animais e graças a Deus por isso, porque isso revela que somos gente ( ou pelo menos deveríamos ser! rs) Isso é óbvio, mas parece que a gente se esquece, pois quando falamos que amamos mais os animais do que as pessoas, na verdade estamos dizendo, em outras palavras, que não gostamos de nós mesmos, pois somos PESSOAS! Entendo que nossos lindos animais são maravilhosos, mas eles não são gente como nós! Dê a um cachorro uma semana de racionalidade e então você verá como ele se tornará outro ser diferente daquele que abana o rabinho quando você chega em casa! Portanto, cuide bem dos seus animais, mas aprenda a amar o seu semelhante, até porque isso foi um mandamento do Mestre, você se lembra? Paz a todos!

PS: atualmente não tenho animal de estimação, mas já tive vários e sempre gostei muito deles. Mas sou um ser estranho, continuo amando e dedicando a maior parte da minha vida aos meus semelhantes!

PS 2: este texto não trata do amor devotado aos animais, que aliás, é algo normal. Devemos amar a criação de Deus! Este texto trata das relações humanas, por incrível que pareça!

5 de dezembro de 2013

Como lidar com o fanatismo religioso

"O pior cego é aquele que não quer enxergar!"


Recentemente, escrevi um texto sobre fanatismo religioso, onde cito de forma sucinta e básica, algumas características de movimentos religiosos marcados pelo fanatismo. Como cristão, estava essencialmente avaliando o meu próprio quintal, porque para falar a verdade é o que me interessa, pois tenho uma tendência a me preocupar mais com a minha casa do que com a casa alheia (outras religiões). Uma pessoa que leu este mesmo post sugeriu-me escrever sobre como lidar com este problema. Achei a ideia interessante e por isso cá estou fazendo mais algumas considerações sobre o assunto. No primeiro texto, citei seis características do fanatismo religioso e por isso, a partir deles, quero fazer a abordagem de como lidar com o mesmo. Segue abaixo as minhas considerações pessoais:

1.       O fanatismo religioso normalmente sucumbe diante de uma liderança descentralizada. Nesse sentido, ter um grupo de líderes que são responsáveis por um movimento ou igreja é fundamental;

2.       O fanatismo religioso não prolifera onde existe liberdade para o livre raciocínio, ou seja, comunidades que estimulam os seus adeptos a pensar além dos limites do seu gueto por assim dizer, tem menos chance de sofrer desse mal;

3.       O fanatismo religioso não suporta a confrontação bíblica, por isso é necessário um retorno aos fundamentos ortodoxos da fé cristã. Do meu ponto de vista a ortodoxia cristã é algo extremamente protetiva;

4.       O fanatismo religioso enfraquece quando nos tornamos uma comunidade inclusiva. Isso não significa que iremos nos tornar coniventes com o pecado e sim que estaremos dispostos a dialogar com os diversos segmentos da sociedade como um todo, entendendo que nosso dever é ser sal da terra e luz do mundo. Este diálogo começa dentro da própria comunidade eclesiástica;

5.       O fanatismo religioso se alimenta do controle e da manipulação. A única forma de romper com este ciclo é a denúncia clara e objetiva. O grande problema é que vemos os absurdos acontecerem em nome da fé e nos calamos;

6.       O fanatismo religioso é burro e o único meio que encontra para se manter forte é impedindo que as pessoas sejam influenciadas por outras perspectivas de vida. Então, para lidar com o fanatismo é necessário um confronto de ideias, ou seja, buscar outras fontes de informação para obter maior esclarecimento sobre o que é dito nessas comunidades fanatizadas.

7. Como em ambientes fanatizados existe pouca margem para que estas considerações citadas acima sejam colocadas em prática, acho que o que resta para uma pessoa que percebe que está numa igreja dominada por este mal é sair sem olhar para trás e buscar um novo local para viver a vida cristã em comunidade de forma mais saudável e livre. Triste, mas as vezes é o que nos resta!

Não sei se consegui ser muito claro e nem ao menos sei se consegui responder a questão de como lidar com o fanatismo, mas sei que muitas pessoas não vão concordar comigo, mas isso pouco importa! Na verdade, tenho um legítimo interesse em ver a realidade espiritual brasileira mudando e um dos males que precisamos combater, sem dúvida alguma é o fanatismo, pois o mesmo tem tornado bons cristãos em pessoas que beiram ao ridículo. Essa é a minha opinião! Paz a todos!

link para o outro texto sobre fanatismo religioso:

http://foradoton.blogspot.com.br/2013/10/sobre-fanatismo-religioso.html