31 de março de 2013

Meu gatinho chamado "Bostinha Véia"


Em minha infância, eu e meus dois irmãos tínhamos um bichinho de estimação. Era um gato, ao qual demos um nome um tanto quanto peculiar. Seu nome era “bostinha véia”. Isso mesmo, este era o nome do nosso bichano! Alguns podem achar um nome pejorativo e feio, mas para nós, era um nome carinhoso, porque na linguagem da nossa família (parte nordestina, parte capixaba), esse era um termo para designar algo, que aos olhos de muitos não tinha muito valor, mas que para nós era importante. Era mais ou menos assim: “olha aquele gato, é um “bostinha véia”, mas a gente ama tanto”! Além disso, deve-se levar em consideração o fato do nome ter sido dado por crianças, que normalmente não são exemplos de bom-senso, né? Enfim, amávamos o nosso gato, mas ele era muito arisco, então para tentarmos brincar com ele, criamos uma estratégia infalível: dávamos muito leite e comida para ele, para que ele ficasse de barriga cheia e assim conseguíssemos interagir com o bichano. Óbvio, que a estratégia se mostrou completamente ineficaz! Ele comia, bebia e depois sumia! Mas mesmo agindo assim, continuava sendo o nosso “bostinha véia”, o animal de estimação da família. Não me pergunte o paradeiro dele, pois não sei. Acho que se mudou para o Caribe, trocou de nome e montou um consultório de psicologia felina, provavelmente! Você deve estar se perguntando qual o motivo para eu compartilhar essa linda história aqui no blog, não é mesmo? Prá falar a verdade nem eu sei. Estava me lembrando das poucas memórias que tenho da minha infância e me lembrei deste personagem tão inusitado dela. Acho que o “bostinha véia” despertou meu lado melancólico. É, realmente, no peito do desafinado também bate um coração.

Com saudades do nosso gatinho que hoje vive no Caribe,


Ton.

28 de março de 2013

Eu posso ouvir música do mundo?


Confesso que não entendo o comportamento bipolar de alguns segmentos da cristandade brasileira quando o assunto é arte e cultura. Não compreendo a tendência de demonizar algumas manifestações culturais e de entretenimento em detrimento de outros. Por exemplo, o mesmo cristão que diz que é abominação ao Senhor ouvir “música do mundo” é o mesmo que não perde um capítulo da novela, do BBB ou do seu seriado favorito (todos eles produzidos no meio secular, portanto “do mundo”). Se quisermos condenar uma prática, precisamos minimamente ter coerência. Se for para abolir uma coisa, então que se abandonem todas as outras, por favor! Com isso não estou defendendo nada e ninguém, até porque não tenho por hábito ouvir música não- cristã o tempo todo, mas gosto de outras formas de entretenimento que não foram produzidos por cristãos. Então não serei hipócrita para condenar apenas uma forma de arte e cultura. Nesse sentido, uma boa regra a ser praticada é a da influência, ou seja, aquilo que priorizamos é o que mais molda nossos valores. Tipo, se um cristão lê mais livros seculares do que a Bíblia ou bons livros cristãos, então em pouco tempo ele terá problemas em sua vida espiritual, pois a sua prioridade deve ser o conhecimento da verdade e não adianta dizer que vai receber isso lendo o tempo todo Machado de Assis, por exemplo! Devemos cuidar com o tempo gasto naquilo que fazemos e como aquilo afeta nossa vida como um todo. Para isso, é necessário ter discernimento e estabelecer limites para nós mesmos, pois cada um sabe onde o calo aperta. A única coisa que não dá para aceitar são os argumentos pseudo-teológicos para explicar nossa ignorância e preguiça de raciocinar. Por exemplo, dizer que música do mundo é pecado porque Lúcifer era o ministro de louvor e que tinha umas trombetas no seu corpo e quando caiu, quis distorcer a adoração a Deus, é uma loucura, até porque adoração não é apenas música! Santa ignorância Batman!


26 de março de 2013

Como somos estúpidos!


Quando nos convertemos, aprendemos que a partir daquele momento, por termos nos tornado filhos de Deus, então não seremos mais cauda e sim cabeça, não sentaremos nos últimos lugares, mas nos primeiros e como filhos do Rei, comeremos o melhor dessa terra! Aleluia! O que nos espera é vitória e conquista. O mar vai abrir, o deserto vai se transformar em oásis e o sofrimento e as lágrimas darão lugar à alegria e ao júbilo. Eita glória!! Mas quando isso não acontece, o que fazer? Tá na cara né? Ou é pecado não confessado, ou trauma não curado, ou dízimo não semeado, ou diabo não repreendido, ou amor a Israel negado!

Então, depois de fazer o check-list espiritual e resolver todas essas pendências e ainda assim você se encontrar no mais profundo abismo, o que fazer? Já sei corredor do sal, semente de prosperidade, toalhinha ungida e honrar aos “homens de Deus” vai solucionar o problema! Lá vai você fazer tudo isso prá ver se dá jeito no problema do sofrimento e da dor. E mais uma vez você descobre que isso não resolveu.

 O jeito então é reconhecer que você é um lixo humano e então dar um tiro na cabeça! Pronto, está resolvido o problema! Parece brincadeira tudo isso que estou falando, mas é assim que muitos pensam a vida cristã nos dias de hoje. Ignoram a sua própria humanidade e rejeitam toda forma de sofrimento e dor, como se isso fosse pecaminoso e menos espiritual. Ensinados por guias cegos, acreditam que o caminho de um verdadeiro “homem de Deus” é de glória em glória, de vitória em vitória, mas se esquecem de que o Senhor deles morreu numa cruz!

Infelizmente esse tipo de discurso idiota e reproduzido incessantemente em alguns segmentos da igreja brasileira tem feito mais mal do que bem. Tem destruído líderes e pessoas sinceras, que não suportam a pressão imposta por uma fé mediocrizada e baseada em êxito e prosperidade. Que Deus tenha misericórdia de nós, porque estamos nos tornando uma coisa estranha e disforme, caricaturas da verdadeira Igreja proposta pela Palavra, que manifestava a glória de Deus na alegria e na tristeza, na prosperidade e na escassez, na fraqueza e na força, no anonimato e nas posições de honra. Perdoem-me pelo título do post. Ele de forma alguma tem a intenção de generalizar. Se você não é estúpido, sabe que não é. O problema é que aqueles que são na maioria das vezes não percebem isso (talvez esse seja o meu caso)!


Naquele que restaura a Igreja,


Ton.

A estupidez é a qualidade ou condição de ser estúpido, ou a falta de inteligência, ao contrário de ser meramente ignorante ou inculto. Esta qualidade pode ser atribuída às ações do indivíduo, palavras ou crenças. O termo assim também pode se referir ao uso inadequado do juízo, ou insensibilidade a nuanças por uma pessoa que se julga inteligente. A determinação de quem é estúpido é relativamente difícil, apesar das tentativas de medir-se a inteligência (e assim estupidez) tais como testes de QI. O adjetivo também pode ser usado como um pejorativo.
Contrariamente indivíduos inteligentes também podem ter um comportamento estúpido quando seu pensamento racional é descarrilado por opiniões fortes ou crenças rígidas. Neste caso a vítima cai na polarização da confirmação e começa a selecionar dados: tornando-se intencionalmente cego e surdo à evidência contrária, enquanto ao mesmo tempo coleta as evidências que apóiem as suas opiniões e crenças. Anote que a ciência moderna desenvolveu-se para combater esta forma de estupidez. Durante o pensamento científico deve-se constantemente criticar nossas próprias opiniões e suposições (tentativa de desmentir hipóteses).
A Enciclopédia da Estupidez (The Encyclopedia of Stupidity) por Matthijs van Boxsel[1] é baseada na contenda do autor de que a "estupidez é o fundamento de nossa civilização" e sua ideia de que ninguém é suficientemente inteligente para compreender quão estúpido é. Isto não é tão estúpido como soa se incluir na definição de estupidez "auto-destruição inconsciente, a capacidade de agir contra um voto de felicidade". Um ditado atribuído a Albert Einstein é "Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana, mas não estou seguro sobre o primeiro". A estupidez, mais exatamente, não pode ser vista como o contrário à inteligência mas como uma espécie de ausência defeituosa de inteligência, a escuridão que faz a luz da inteligência verdadeira visível. Contrastado com ignorância, que é a falta de conhecimento, não a falta de inteligência.

25 de março de 2013

Sobre uma pregação de domingo a noite.


Após ouvir a mensagem ministrada pela minha esposa sobre a igreja de Éfeso citada no livro do Apocalipse, fiquei a me perguntar: se removermos a glória de Deus da igreja, o que sobra? E mais, se deixarmos de ser sal da terra e luz do mundo, o que nos resta? Confesso que simplesmente pensar nisso, me causa uma grande angústia! Já passei por duas crises de depressão crônica (cada uma por motivos diferentes) e lembro-me que diante do desespero da falta de sentido existencial, quando olhava para os lados e nada fazia sentido e nada tinha valor, a única coisa que me mantinha em pé e perseverante, não era a minha família, não era a igreja que pastoreava (e ainda pastoreio), não eram os meus sonhos. Nada disso era capaz de gerar motivação real para continuar vivendo. Lembro-me, que deitava ao lado da minha esposa e não conseguia dormir (porque a insônia era uma fiel companheira de todos os dias), mas sentir o cheiro dela me trazia certa paz. Mas confesso, não era suficiente. A única coisa que me mantinha vivo, ou melhor, que me impedia de desistir da vida, era a esperança da alegria que poderia vir pela manhã. Não falo da alegria produzida por pessoas ou coisas, mas da alegria gerada pela presença e pela glória de Deus.

Orava todos os dias desesperadamente para que o dia seguinte fosse diferente. O que me sustentava, era a expectativa da visitação, aquele momento onde o Senhor enxugaria as minhas lágrimas e encheria meu peito do desejo de viver novamente! Demorou mais do que eu gostaria, mas esse dia chegou. Foi como se o céu viesse até a terra e me presenteasse com a presença maravilhosa de Deus. A doce sensação da presença dEle! Continuo lutando diariamente contra meus gigantes internos (que são muitos!), mas carrego a paz de Deus comigo, aquela que excede todo entendimento. Por isso, hoje sou radical, sou extremado, ou qualquer outra coisa parecida com isso, porque experimentei um pouco do que é a ausência de Deus por assim dizer. Por isso, não entendo como pessoas conseguem tratar com banalidade a glória de Deus. Isso simplesmente me enfurece! Então, se tenho que pregar, que seja a verdade, se tenho que servir, que seja com intensidade, se tenho viver, que seja para a glória dEle.

Dito isso, volto na mensagem que ouvi da minha esposa (sinceramente, não conheço ninguém tão verdadeira como ela!). Não quero que Deus remova o candelabro (luz) da minha vida. O desespero de uma vida sem Deus é insuportável! Por isso, apenas quero cumprir o meu chamado de ser sal da terra e luz do mundo e se possível, ajudar outros a fazer o mesmo. As outras ambições, Deus tem se encarregado de arrancá-las da minha vida a cada dia e eu o louvo por isso!


Naquele que nos sustenta no desespero,


Ton.

20 de março de 2013

Eu vejo pessoas mortas!


Não, isso não faz parte de um diálogo de um filme de terror! Na verdade é apenas um lembrete de uma verdade cristã primordial: se queremos viver para Deus, precisamos morrer para nós mesmos! Isso soa tão estranho aos nossos ouvidos nos dias de hoje, mas é uma verdade bíblica milenar, proclamada várias vezes por Jesus e seus discípulos. Cristianismo sem morte não é cristianismo, é apenas uma religião chata e sem propósito tanto quanto qualquer outra religião. Quer gostemos ou não, o caminho que Jesus nos propõe é o da aniquilação, ou seja, a substituição da vida que temos em detrimento da vida que ele nos promete dar. Digo isso com um senso de responsabilidade e preocupação, porque tenho visto e ouvido muitas pessoas cristãs extremamente preocupadas consigo mesmas. E isso produz um discurso e um comportamento que em nada lembra o Evangelho. Vergonhoso e triste! Por isso o pequeno lembrete: se você é um cristão você já morreu! Mas somente se você de fato é um cristão. Senão, continua tendo por deus o seu próprio umbigo!

A todos aqueles que foram alcançados pela graça salvadora,

Ton.

19 de março de 2013

Precisamos de um Getsêmani pessoal.


Pensando sobre oração, percebo a importância do clamor em nossa vida cristã, pois ele não é apenas uma simples oração, ele é mais do que isso. É a súplica desesperada e intensa de um coração que depende da intervenção de Deus. Nada para mim retrata melhor esse tipo de atitude espiritual do que as corças que anseiam pelas águas e percorrem grandes distâncias para encontra-las, como o salmista diz. Ou então a cena do nosso Senhor e Redentor no Getsêmani suando sangue e entrando em um profundo estado de angústia espiritual diante do seu Pai. Penso que somos uma geração que clama pouco. Creio que sou um cristão que, hoje em dia, clama pouco. Creio que nosso clamor, quando ele é praticado, muitas vezes tem o foco errado, ou seja, apenas o desejo de ver nossas necessidades sendo respondidas. Mas creio que o tipo de clamor (que não é apenas falado, mas é expresso em atitudes também) que Deus quer arrancar do nosso coração é aquele por um desejo genuíno por sua presença e pela manifestação do seu Reino em nosso meio como igreja, entre aqueles que amamos e na sociedade como um todo, que carece da revelação do Messias. Que o Senhor nos dê um coração sensível a Ele, capaz de clamar por aquilo que de certa forma Ele clama também.



Naquele que exerce misericórdia sobre todos nós,



Ton.

18 de março de 2013

Descontinuidade e Descontrução.


Toda certeza absoluta que nasce do coração humano, é por si só um pouco estúpida. A absolutização da certeza só cabe bem aquele que é Imutável e que criou todas as coisas a partir dele mesmo, ou seja, Deus. Então, tudo que é gerado por ele é por si só verdadeiro e inquestionável. Mas quando o ser – humano se torna inflexível diante das suas próprias verdades, Deus precisa entrar em cena e criar desconforto, dúvida e até mesmo caos interior para com isso criar descontinuidade e desconstrução. De certa forma, foi isso que Jesus fez como o jovem rico. Ele era uma pessoa convicta sobre quem era e não apenas isso, vivia baseado naquilo que acreditava, que por sinal era um bom padrão de comportamento. Mas Cristo, sabedor da necessidade mais profunda daquele jovem, trata de com um simples pedido (vender suas posses e dar aos pobres), desfazer todas as certezas dele. Literalmente, Jesus criou um sentimento de descontinuidade no coração daquele jovem rico, e se o mesmo tivesse entendido esse apelo, na sequência viria o tempo da desconstrução. Obviamente, a intenção de Deus não é apenas gerar o caos. Pelo contrário, Ele é mestre em colocar tudo em ordem. Basta olharmos para o relato da criação citado em Gênesis e o veremos em ação! Mas o fato é que devido a nossa natureza caída e contaminada pelo pecado, precisamos constantemente ser confrontados por Ele, para que certezas que não procedem do altar, não dominem nossa mente. Ele gera o caos, mas Ele também estabelece a ordem pelo poder da sua Palavra! Nisso creio e oro para que Deus encontre espaço em minha vida para agir assim.

No amor do Imutável,


Ton.

16 de março de 2013

Pessoas que não contam com meu respeito.



Na maior parte do tempo, sinto um amor legítimo pelas pessoas que conheço. É óbvio que mesmo amando essas pessoas, existem coisas na vida delas que eu, por assim dizer, não respeito. Sei lá, acho que é o meu lado tolerância zero em ação, mas mesmo amando não consigo respeitar determinados comportamentos, gostos e formas de pensar. Alguns deles são:

1.       Ler e achar que a revista VEJA é a melhor do Brasil;

2.       Criar aquele tal de ASK no Facebook;

3.       Torcer para o time do São Paulo;

4.       Ouvir e gostar das músicas do Regis Danese;

5.       Tirar foto na frente do espelho;

6.       Citar autores no Facebook que você não conhece e nunca leu nada sobre ele;

7.       Não gostar de seriados de humor americano, tipo Friends e Big Bang Theory;

8.       Ir ao supermercado, padaria ou banco de sunga ou biquíni (hábito praiano de turista);

9.       Ler e achar que Mike Murdock é a sabedoria encarnada;

10.   Falar que religião, política e futebol não se discutem;

11. Não gostar dos "crássicos" do cinema tipo, Rambo; Rocky; Curtindo a Vida Adoidado; Karatê Kid; Matador de Aluguel; etc.


      Isso é uma brincadeira! Não se ofenda, por favor! Saiba rir um pouco de si mesmo e das coisas que estão a sua volta! Amo todos vocês! Mas nem sempre.



Naquele que nos ama sempre,

Ton.

14 de março de 2013

Deus é brasileiro, o Papa é argentino e eu sou corintiano!


Como todos devem estar pensando não pretendo falar sobre o novo Papa e muito menos ficar lembrando a todos os torcedores dos outros times que o meu Timão é o atual campeão do mundo. Este não é o objetivo deste post. Na verdade, desejo falar sobre IDENTIDADE, que é aquilo que nos define como pessoa. Isso está intimamente ligado ao que fazemos, cremos e valorizamos. A identidade de um indivíduo é a sua marca e também define como ele interage com o mundo a sua volta.  Ao longo de nossa vida, vamos construindo essa tão falada identidade, através da cultura a qual estamos inseridos, da nossa criação pessoal, das nossas experiências individuais e coletivas e assim por diante. Normalmente chegamos à fase adulta sabendo quem somos e mesmo quando não sabemos ao certo, isso por si só constitui nossa identidade!
Mas a questão mais importante é se Deus ratifica aquilo que achamos que somos. A grande pergunta que precisa ser respondida é: “Deus está de acordo com aquilo que pensamos que somos?” Creio que em parte Ele mesmo foi o agente formador dessa identidade, mas num nível mais profundo e espiritual, acredito que Ele deseja desconstruir aquilo que nós construímos ao longo de nossa vida. Ele fez isso com Abrão, transformando-o em Abraão. Com Jacó, transformando-o em Israel. Com João (filho do trovão), transformando-o em discípulo amado. Enfim, Deus é um grande demolidor daquilo que pensamos ser! E não pense que isso se restringe apenas ao momento da nossa conversão, pois ela somente é o início do processo! Dia-a-dia, O Senhor Absoluto destrói nossas convicções mais intrínsecas e lança um novo fundamento para que possamos edificar nossa vida sobre ele. Em nossa relação com Deus não existe espaço para conceitos cristalizados pelo tempo. Quem pensa e age assim, deixa de provar uma das maiores maravilhas do Reino, que é o poder revolucionário da transformação! Então, se perguntarem para você quem você é, diga: “sou um cristão em construção”. Paz a todos!

Ton.

11 de março de 2013

Chega de cafonice gospel!


A cafonice é um mal social que atinge todos os grupos sociais existentes e a igreja não está isenta disso, infelizmente! Ser cafona é estar desatualizado, descontextualizado, é expressar um conceito ultrapassado e muitas vezes ridículo. Pois bem, depois dessa pequena definição sobre o ato de ser cafona, eis ai algumas cafonices evangélicas que precisam ser avaliadas. Desculpe-me se você faz algumas dessas coisas, mas fazer o que, né?

1.       Dar paz do Senhor quando na verdade você quer que aquela pessoa se lasce é cafona! Diga boa noite. Tá de bom tamanho!

2.       Alguns figurinos de grupos de dança na igreja são cafonas ao extremo. Às vezes parece até roupa de terreiro de candomblé! Miserica!

3.       Vestido de festa (com aqueles brilhos ridículos) num culto de domingo a noite, principalmente no verão, é cafona demais! Tão cafona que merece um prêmio!

4.       Música cristã enlatada e feita para vender CD apenas é de uma cafonice sem fim! Por que não ouvir boa música que aponta para a glória de Deus?

5.       Ir para igreja para ver se alguém repara em você, se te dá atenção e demonstra amor por você, ou para satisfazer os seus desejos egoístas é patético e como um ser patético é cafona, então se você faz isso é o rei da cafonice!

6.       Pastor que se acha dono da igreja é o ser mais cafona do universo! E membro que se acha o rei da cocada preta também é cafona!

7.       Ir para o culto, mas ficar o tempo todo conversando durante o mesmo ou do lado de fora da igreja, além de ser falta de educação é cafona, porque melhor seria se você ficasse em casa! Cafona ao cubo!

8.       Não possuir senso de humor porque você se acha muito espiritual para isso torna você uma pessoa chata e pessoas chatas normalmente também são cafonas!

9.       Postar foto de biquinho no facebook é o cúmulo da cafonice! Afff!! É tão ruim como ir de Crocs para a igreja!

10.   Ser o que você não é somente para impressionar pessoas é a coisa mais cafona de todos os universos! E tenho dito!

É isso aí, depois de escrever este texto altamente edificante, vou descansar, lembrando a todos que escrever um blog também é meio cafona! rsrsrs

7 de março de 2013

Como lidar com problemas dentro da igreja.


Eu não sei quantas noites de sono já perdi por causa dos problemas enfrentados dentro da igreja. Como pastor, estamos o tempo todo lidando com dores, pecados e dificuldades alheias. Além disso, precisamos também enfrentar vez por outra as oposições que se levantam contra aquilo que estamos fazendo ou como e quando estamos fazendo. Tudo isso nos afeta de uma forma muito direta, não tem como tentar ignorar esse fato. Creio que nenhum ministro sério está isento disso. A questão é que os problemas dentro de uma igreja, que é uma comunidade de pessoas diferentes entre si, sempre irão existir. Então, precisamos pensar em como lidar com eles, pois eliminá-los é impossível. Penso que a primeira coisa que todo pastor ou líder deve ter em mente é quem o chamou para fazer o que está fazendo. Se recebeu uma convocação divina, simplesmente não pode ignorá-la. Em segundo lugar, é necessário nunca perder a visão de quão sublime é o seu chamado. Posso afirmar que não existe nada mais especial do que ser um vocacionado! Por último, creio ser fundamental manter um coração humilde e quebrantado diante de Deus, pois somente conseguimos manter a atitude correta diante de tantas adversidades, quando estamos na presença do Senhor e dispostos a ouvir a sua voz. O cansaço é uma realidade na vida de um pastor, mas a provisão necessária de Deus para suportar a pressão e o estresse também é. Glória a Deus por isso!

6 de março de 2013

Igreja não é uma instituição! Será?


Ando tentando encontrar um ponto de equilíbrio entre a organização da igreja e a vida orgânica da mesma. Confesso não ser uma tarefa muito fácil, pois devemos buscar a harmonização entre duas coisas que aparentemente são contrária uma a outra. Digo aparentemente, pois acredito que é possível preservar a qualidade orgânica da igreja sem com isso descaracteriza-la como instituição. Mas como somos seres dados aos extremos, normalmente enfatizamos mais um aspecto em detrimento do outro e fazemos baseado em nossas preferências pessoais. Mesmo que não sejamos pessoas que tem autoridade para efetuar mudanças dentro da igreja, sempre pendemos para um lado. Alguns acham que a igreja precisa ser menos institucional e mais relacional. Outros defendem que é necessário manter uma estrutura funcional definida para que a identidade da igreja não se perca. Daí é lógico surgem aqueles que creem que tem a solução mágica para esse problema: “Por que não encontrar um meio termo entre essas duas coisas?” Isso, em tese é lindo, quase poético, mas dentro da dinâmica real de uma comunidade formada por pessoas tão distintas, na hora de colocar isso na prática, percebe-se que não é tão fácil assim! Então, o que fazer? Para falar a verdade, não tenho uma resposta pronta para isso, mas de uma coisa eu sei, não podemos parar de tentar! Como cristãos, e principalmente, como líderes, precisamos colocar nosso coração e nossa mente para trabalhar em função dessa árdua tarefa, que é ser uma igreja equilibrada, capaz de ser organizada sem deixar de ser viva e dinâmica!

3 de março de 2013

Lamentações do Ton.

Tenho feito uma avaliação séria da minha vida e a cada dia me convenço que eu não sirvo para ser pastor de igreja. Talvez um pregador itinerante, ou um consultor para assuntos aleatórios quem sabe, mas pastor, sei lá, acho que não combina! Sinto-me muito limitado para exercer tal tarefa e algumas vezes nem vontade de exercê-la eu tenho. Acho que isso se deve ao fato da minha tendência a incredulidade e a indiferença, ou talvez a minha completa falta de habilidade de ser sensível em momentos que exigem isso. Também pode ser fruto do cansaço excessivo que venho sentindo (e que de modo algum é culpa da igreja local. É culpa minha mesmo!), ou quem sabe das decepções que venho acumulando com pessoas e os seus pensamentos tolos. Vejo que o modelo de espiritualidade cristã brasileira que prevalece nos dias de hoje é tão banal, absurdo e despossuído da vida de Deus, que me canso só de pensar nas bobagens grotescas que ouço e vejo. A sensação é que isso não vai mudar nunca! Pensar nisso, me dá um desespero terrível! Ando muito triste também devido à atitude desprovida de amor de muitos que até pouco tempo se diziam meus amigos, mas não sei se posso cobrá-los, afinal na cabeça deles, eu sou alguém a ser evitado, pois segundo eles sou um rebelde (na verdade, eles têm razão. Rebelo-me contra tudo aquilo  que não entendo e que julgo uma tremenda idiotice!)
Ainda sou jovem, pois tenho quarenta anos, mas me sinto cansado já faz muito tempo. Tem base um negócio desses! Não me sinto um mártir e nem ao menos carrego o sentimento de ser parte de um remanescente fiel que não se dobrou, apenas me sinto cansado e limitado pelas minhas próprias debilidades. Gostaria de ser um cristão melhor, um pastor melhor, um esposo melhor, um pai melhor, um amigo melhor, mas infelizmente estou cansado demais para isso! Alguns, que desejam a nossa desventura (prá não dizer outra coisa!) vão pensar que é a mão de Deus pesando sobre mim. Talvez até seja mesmo! Se eu acreditasse em Alá e não em Jeová, que se auto-define como Amor! Outros vão pensar que é pecado. Posso garantir que não é. Ando cansado até mesmo para isso. Mas sei que se não encontrar urgentemente um lugar de descanso em Deus, isso pode acontecer!
Tentar encontrar respostas às vezes não é o melhor caminho, apesar de ser tentado a fazer isso o tempo todo. Acho que no fundo sou apenas mais um cristão enfadado e cansado, procurando desesperadamente me agarrar com todas as minhas forças em Deus para não perder o resto do bom-senso que ainda me resta. Talvez isso seja estranho para muitos, pois afinal de contas sou pastor. Isso mesmo sou pastor, não o Super – Homem! E o que me resta é esperar que a graça e o amor de Deus seja meu sustento eternamente! É somente isso que desejo, consciente que não é a primeira fez que me sinto assim e nem será a última. Mas enquanto isso, EU CONTINUO DE PÉ, como diz a música da Banda Resgate!

O que é a igreja?



          O que é a igreja? Parece uma pergunta tão simples de ser respondida, mas na prática, percebemos que não é tão fácil assim. Do ponto de vista espiritual, a igreja católica (no sentido de ser universal) é a união dos salvos. Simples! Mas quando tratamos de sua manifestação concreta no mundo, aí a coisa começa a complicar. São tantos conceitos diferentes, são tantas visões evocando o direito de ser A VISÃO de Deus para os últimos dias. Existem tantos conceitos teológicos divergentes dentro dela. Existem tantas formas de ser igreja: emergente, missional, pentecostal, neopentecostal, reformada, ortodoxa, católica romana e por aí vai. No meio disso tudo, sempre surge a pergunta: o que ou quem está certo? Porque em muitos aspectos funcionais e até mesmo teológicos, as divergências são imensas. Talvez o ideal não fosse uma fusão disso tudo? Mas se fizéssemos isso não estaríamos dessa forma criando a igreja mix?
          Alguns podem argumentar que a única coisa que importa é viver para Deus. Concordo em parte com isso, mas a IGREJA VISÍVEL não é uma legítima representante do Reino de Deus na sociedade? Se não for, não tem motivo para existir. Se for, então devemos refletir sobre o que ela é. E precisamos fazer isso para ontem! Não sou um ser tão utópico a ponto de acreditar em unidade plena desta igreja de Cristo, que luta para ser sal da terra e luz do mundo. Creio que isso simplesmente nunca vai acontecer! Mas posso e devo acreditar que tudo aquilo que puder ser feito para que mudanças significativas aconteçam, devem ser feitas sem medo. Outra coisa que sei também é que precisamos definir nossa identidade, sem ignorar a diversidade e assim apontar para o mesmo lado, com o risco de perdermos nossa relevância (palavra da moda!) se não agirmos depressa!
          Não sei por que, mas agora que estou terminando de escrever esta reflexão meio desconexa que é fruto de uma mente confusa, me veio à mente a famosa frase dita pela esfinge: “decifra-me ou devoro-te”. Por que será que pensei nisso nesse exato momento? 

1 de março de 2013

Promoção de Incentivo a Leitura.


No início do ano tive o desejo de sortear um livro por mês, como forma de incentivar a leitura entre os cristãos, pois quem lê, literalmente sabe mais! Além das Sagradas Escrituras, precisamos desenvolver o hábito da leitura diária de bons livros. Por isso, neste mês de março, estarei sorteando um livro que me edificou muito (DISCÍPULO RADICAL de John Stott). Para participar, você deve responder aqui no blog (não vale respostas no facebook) a seguinte pergunta: “Por que eu devo ganhar um livro?” Todos aqueles que participarem, deverão colocar seu e-mail de contato na resposta (para que eu possa entrar em contato com quem ganhar o livro). Participe! Quem sabe você ganha um livro! Não é muito, mas já ajuda! Rsrsrs
Ton.

O Rei dos Reis está voltando!


Ultimamente tenho andado meio escatológico, pensando bastante na volta de Cristo. Não sei exatamente porque isso tem acontecido, mas estou doidinho para ouvir a trombeta tocar! Como e quando isso vai acontecer, confesso que não sou muito conhecedor do assunto, mas de uma coisa eu sei: ELE VAI VOLTAR! Pela fé, creio nisso e aguardo ansiosamente por esse dia!
Mas eu sei que muitos não creem da mesma forma, mas quer saber: isso não muda nada! Ele voltará do mesmo jeito! Os ateus podem continuar dizendo que Deus não existe e mesmo assim Jesus voltará. Os cientistas podem encontrar a partícula de Deus e mesmo assim Jesus voltará. Os espíritas podem continuar acreditando que irão reencarnar, mas mesmo assim Jesus voltará. Os agnósticos podem continuar afirmando que não podemos afirmar, mas mesmo assim Jesus voltará. Os incrédulos podem continuar pensando que isso é um conto de fadas, mas mesmo assim Jesus voltará. Os cristãos podem estar despreparados, mas mesmo assim Jesus voltará. Enfim, nada poderá mudar essa verdade bíblica inquestionável: o nosso Redentor vive e voltará! Você está preparado? Pense bem antes de responder!