24 de dezembro de 2013

Lista Top 10 (2013)

Ano passado fiz uma lista dessas e não poderia deixar de fazer outra este ano, porque para falar a verdade, é algo muito agradável e divertido de ser fazer! Além disso, nos faz lembrar de coisas boas que aconteceram no ano que passou. Numa sociedade acostumada a contar tragédias e desgraças, creio que relatar bons momentos é algo muito salutar! Bom, vamos ao que interessa (pelo menos para mim! rsrs). Segue abaixo minha lista TOP 10 do ano de 2013 (colocada em ordem completamente aleatória):

01.   Conseguir realizar pela primeira fez o nosso retiro das redes (R3), ou seja, num mesmo reunir crianças, adolescentes, jovens, adultos e casais. Foi bom demais! Um dos melhores que já participei!

02.   Acompanhar mais de perto o trabalho realizado pelos irmãos do Seminário Missão na Íntegra. Sempre julguei necessário pensar a teologia a partir da nossa realidade latino-americana e não apenas importar os pacotes teológicos norte-americanos. Pois bem, Deus tem levantado esses amados com este propósito. Vale a pena conferir!

03.   Conseguir aperfeiçoar o projeto social ligado à igreja (Associação Beneficente Ágape) e ver uma melhora considerável no serviço prestado pelo mesmo, que foi coroado com um belo evento de encerramento. Vale a pena servir ao próximo!

04.   Olhar para o lado e ver que tenho tantos companheiros de ministério dispostos a edificar juntamente comigo e minha esposa uma igreja centrada na pessoa de Jesus Cristo e no seu Evangelho. Sou muito grato a Deus pela Comunidade Cristã Redenção!

05.   Ter conseguido viajar para o Paraguai para conhecer a Comunidad Cristiana Redencion de Melgarejo e ver tudo de bom que Deus tem feito naquele lugar através das vidas dos Prs. Beto e Elaine e de todos que congregam naquele lugar;

06.   Dormir e acordar todos os dias ao lado da minha esposa e saber que sempre posso contar com ela! Minha maior companheira na jornada da vida! Amo!

07.   Ser pai do Gabriel! Todo ano é especial ao lado dele. Ele é divertido, inteligente, irritante, teimoso, carinhoso, amigo. Tudo isso ao mesmo tempo! Simplesmente amo este menino!

08.   Ser alvo do tratamento de Deus! Sou profundamente grato a ele por tudo que tem feito em minha vida, mesmo que para isso, a dor e o sofrimento se façam necessários!

09.   Ver a cura de Deus na vida da minha esposa. Ela tinha um início de hérnia de disco que a impossibilitava de realizar o que mais gosta de fazer, que é dançar. Hoje, ela já não tem mais este problema, porque Deus a curou!

10.   Ler o livro “Nem Monge Nem Executivo” de Paul Freston. Este livro me edificou profundamente!



Faça a sua lista também! Vale a pena! Paz a todos!

18 de dezembro de 2013

A dura lição do pastorado

Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. 1 Timóteo 3:1

Numa de suas cartas de instrução ao seu jovem discípulo Timóteo, o apóstolo Paulo afirma que o desejo de consagrar a vida ao ministério pastoral (episcopado) é algo que carrega em si mesmo o espírito da excelência, ou seja, nada é mais nobre do que a dedicação ao ministério pastoral que tem por base a Palavra da Verdade. Por isso, quando lemos essa passagem ficamos empolgados, pois almejamos fazer algo que de fato falha a pena para o Reino de Deus. Mas quando se trata do pastorado e das próprias considerações paulinas sobre o mesmo, a coisa não para por ai, pois o episcopado legitimado pela vontade soberana de Deus cobra o seu preço. O mesmo Paulo que define este chamado como algo excelente (e de fato é), em algumas outras passagens mostra o preço a ser pago pelo mesmo. Veja o que ele mesmo diz em outras passagens bíblicas:

Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos;
E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal.
2 Coríntios 4:8-11

Desde agora ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus.
Gálatas 6:17-18

O que vemos nestas passagens e que podemos encontrar em outros versículos também, é que o pastorado, quando é exercido com temor e fervor, trás consigo sofrimento, tristeza, angústia, solidão e outras coisas que se pudéssemos evitar, com certeza evitaríamos (existem momentos maravilhosos, mas não é esse o tema central do texto)! Talvez se fosse possível evitar todas estas coisas, creio que não conseguiríamos manter nosso estado de completa dependência de Deus e com facilidade nos perderíamos em nossas próprias vaidades. Enfim, o pastorado deixa marcas que talvez nunca sejam apagadas, dores que nunca deixarão de serem sentidas nesta vida, tristezas que estarão sempre em nossa memória! Essa é a dura lição que devemos aprender sobre o mesmo. Então, surge a pergunta: “Vale a pena?” Sim, se estivermos fazendo tudo para a glória de Deus e, obviamente, vocacionado por Ele, senão o que restará é um amontoado de nada que não resultou em coisa alguma, que transformará a existência de quem assim viveu em algo enfadonho e sem sentido. Mas se pela graça de Deus, fomos chamados, as marcas se transformam em nosso legado e no testemunho para uma geração que virá depois de nós almejando a excelente obra que o apóstolo incentivou o seu discípulo a buscar. Paz a todos!

15 de dezembro de 2013

Quanto mais eu conheço as pessoas, mais eu amo o meu cachorro!

Acho que a primeira vez que ouvi esta frase que dá nome a este post, foi quando um participante do BBB foi desclassificado (é, eu já vi Big Brother. Não me odeiem por isso! Rs). Sinceramente, eu entendo quem pensa assim. Animais são seres que estão a nossa disposição sempre que precisamos deles, ou para ser alvo do nosso afeto, ou para suprir a nossa necessidade afetiva (me refiro aos animais domésticos obviamente). Eles estão lá! Não importa se nós os ignoremos durante todo o dia, eles estão lá! Se por algum motivo estúpido descontemos neles a nossa raiva, eles estão lá! Se os tratarmos mal, eles ainda assim estarão lá! Assim são os animais! Isso acontece por um motivo simples: eles são seres irracionais (não são dotados de razão como os seres - humanos. Talvez algo mais básico, mas nunca igual ao ser-humano) e como tal agem por instinto, diferentemente de mim e de você que somos seres racionais e agimos baseados na capacidade de pensar, refletir, reconsiderar, ressentir, reprovar, perdoar, perseverar, acreditar, etc. Um animal doméstico é um grande companheiro sem dúvida nenhuma! Mas acho que isso se deve em parte ao fato dele não nos incomodar com perguntas difíceis e atitudes desagradáveis, não questionar nossas ordens, não pensar por si mesmo e simplesmente agir segundo o seu instinto natural, próprio de um animal. Assim fica fácil a gente gostar de um ser vivo, não é verdade? Daí pensamos: quem dera os seres - humanos fossem assim! Mas a questão é que somos seres racionais e não podemos ignorar a importância de outros seres dotados de razão em nossa vida, mesmo quando estes nossos semelhantes são tolos, imbecis, idiotas, desagradáveis, ingratos e qualquer outro adjetivo pejorativo que você possa se lembrar para se referir a raça humana neste momento. O fato é que somos mais parecidos com os nossos semelhantes do que com os nossos animais e graças a Deus por isso, porque isso revela que somos gente ( ou pelo menos deveríamos ser! rs) Isso é óbvio, mas parece que a gente se esquece, pois quando falamos que amamos mais os animais do que as pessoas, na verdade estamos dizendo, em outras palavras, que não gostamos de nós mesmos, pois somos PESSOAS! Entendo que nossos lindos animais são maravilhosos, mas eles não são gente como nós! Dê a um cachorro uma semana de racionalidade e então você verá como ele se tornará outro ser diferente daquele que abana o rabinho quando você chega em casa! Portanto, cuide bem dos seus animais, mas aprenda a amar o seu semelhante, até porque isso foi um mandamento do Mestre, você se lembra? Paz a todos!

PS: atualmente não tenho animal de estimação, mas já tive vários e sempre gostei muito deles. Mas sou um ser estranho, continuo amando e dedicando a maior parte da minha vida aos meus semelhantes!

PS 2: este texto não trata do amor devotado aos animais, que aliás, é algo normal. Devemos amar a criação de Deus! Este texto trata das relações humanas, por incrível que pareça!

5 de dezembro de 2013

Como lidar com o fanatismo religioso

"O pior cego é aquele que não quer enxergar!"


Recentemente, escrevi um texto sobre fanatismo religioso, onde cito de forma sucinta e básica, algumas características de movimentos religiosos marcados pelo fanatismo. Como cristão, estava essencialmente avaliando o meu próprio quintal, porque para falar a verdade é o que me interessa, pois tenho uma tendência a me preocupar mais com a minha casa do que com a casa alheia (outras religiões). Uma pessoa que leu este mesmo post sugeriu-me escrever sobre como lidar com este problema. Achei a ideia interessante e por isso cá estou fazendo mais algumas considerações sobre o assunto. No primeiro texto, citei seis características do fanatismo religioso e por isso, a partir deles, quero fazer a abordagem de como lidar com o mesmo. Segue abaixo as minhas considerações pessoais:

1.       O fanatismo religioso normalmente sucumbe diante de uma liderança descentralizada. Nesse sentido, ter um grupo de líderes que são responsáveis por um movimento ou igreja é fundamental;

2.       O fanatismo religioso não prolifera onde existe liberdade para o livre raciocínio, ou seja, comunidades que estimulam os seus adeptos a pensar além dos limites do seu gueto por assim dizer, tem menos chance de sofrer desse mal;

3.       O fanatismo religioso não suporta a confrontação bíblica, por isso é necessário um retorno aos fundamentos ortodoxos da fé cristã. Do meu ponto de vista a ortodoxia cristã é algo extremamente protetiva;

4.       O fanatismo religioso enfraquece quando nos tornamos uma comunidade inclusiva. Isso não significa que iremos nos tornar coniventes com o pecado e sim que estaremos dispostos a dialogar com os diversos segmentos da sociedade como um todo, entendendo que nosso dever é ser sal da terra e luz do mundo. Este diálogo começa dentro da própria comunidade eclesiástica;

5.       O fanatismo religioso se alimenta do controle e da manipulação. A única forma de romper com este ciclo é a denúncia clara e objetiva. O grande problema é que vemos os absurdos acontecerem em nome da fé e nos calamos;

6.       O fanatismo religioso é burro e o único meio que encontra para se manter forte é impedindo que as pessoas sejam influenciadas por outras perspectivas de vida. Então, para lidar com o fanatismo é necessário um confronto de ideias, ou seja, buscar outras fontes de informação para obter maior esclarecimento sobre o que é dito nessas comunidades fanatizadas.

7. Como em ambientes fanatizados existe pouca margem para que estas considerações citadas acima sejam colocadas em prática, acho que o que resta para uma pessoa que percebe que está numa igreja dominada por este mal é sair sem olhar para trás e buscar um novo local para viver a vida cristã em comunidade de forma mais saudável e livre. Triste, mas as vezes é o que nos resta!

Não sei se consegui ser muito claro e nem ao menos sei se consegui responder a questão de como lidar com o fanatismo, mas sei que muitas pessoas não vão concordar comigo, mas isso pouco importa! Na verdade, tenho um legítimo interesse em ver a realidade espiritual brasileira mudando e um dos males que precisamos combater, sem dúvida alguma é o fanatismo, pois o mesmo tem tornado bons cristãos em pessoas que beiram ao ridículo. Essa é a minha opinião! Paz a todos!

link para o outro texto sobre fanatismo religioso:

http://foradoton.blogspot.com.br/2013/10/sobre-fanatismo-religioso.html

23 de novembro de 2013

O grande dilema de Jó.

Certo dia os anjos vieram apresentar-se ao Senhor, e Satanás também veio com eles.
O Senhor disse a Satanás: "De onde você veio? " Satanás respondeu ao Senhor: "De perambular pela terra e andar por ela".
Disse então o Senhor a Satanás: "Reparou em meu servo Jó? Não há ninguém na terra como ele, irrepreensível, íntegro, homem que teme a Deus e evita o mal".
"Será que Jó não tem razões para temer a Deus? ", respondeu Satanás.
"Acaso não puseste uma cerca em volta dele, da família dele e de tudo o que ele possui? Tu mesmo tens abençoado tudo o que ele faz, de modo que todos os seus rebanhos estão espalhados por toda a terra.
Mas estende a tua mão e fere tudo o que ele tem, e com certeza ele te amaldiçoará na tua face. "
O Senhor disse a Satanás: "Pois bem, tudo o que ele possui está nas suas mãos; apenas não encoste um dedo nele". Então Satanás saiu da presença do Senhor.

Jó 1:6-12

Logo nos primeiros versículos do livro de Jó nos deparamos com um dos maiores dilemas existenciais da raça humana: Será que alguém é capaz de amar a Deus incondicionalmente? E é exatamente com este questionamento que Satanás comparece diante de Deus, depois de perambular pela face da Terra. Ele não está questionando a fé de Jó e sim se Deus é digno de ser louvado por quem Ele é! Talvez se estivesse lidando com um deus inseguro e mesquinho a história de Jó talvez nem ao menos tivesse sido escrita, pois um deus que não é digno, soberano e que não se basta em si mesmo, provavelmente teria agido de forma diferente diante de um questionamento tão atrevido e incômodo quanto esse. Mas não estamos falando de um ser celestial qualquer e sim do Grande Eu Sou! Ele prontamente permite que o teste de fogo seja colocado em prática pelo seu inimigo. E por longos 42 capítulos do escrito bíblico, Jó é submetido as mais duras provas que um ser-humano poderia suportar, para que o grande dilema seja respondido, ou seja, será que é possível amar a Deus pelo que Ele é apenas ou somente conseguimos amá-lo por aquilo que Ele nos dá? Então, após passar por todas as provações possíveis, Jó, um legítimo representante da raça humana, com os seus próprios lábios, responde ao dilema:

Então respondeu Jó ao Senhor:
Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido.
Quem é este que sem conhecimento obscurece o conselho? por isso falei do que não entendia; coisas que para mim eram demasiado maravilhosas, e que eu não conhecia.
Ouve, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me responderas.
Com os ouvidos eu ouvira falar de ti; mas agora te vêem os meus olhos.
Pelo que me abomino, e me arrependo no pó e na cinza.

Jó 42:1-6


Mesmo tendo sofrido a dor da perda em vários níveis e em alguns momentos ter até mesmo questionado a Deus, Jó reconhece que tudo que passou não o afastou e sim o aproximou de Deus. Ele reconheceu a verdade mais libertadora de todas: somente encontra real sentido de vida, quem é totalmente livre para adorar a Deus única e exclusivamente pelo que Ele é. Os olhos de Jó foram abertos para isso, e os nossos olhos, como estão?

15 de novembro de 2013

Sobre transtorno mental.

Bom, vou direto ao assunto, sem dar muitas voltas, pois o assunto é sério e precisa de uma abordagem mais coerente por parte da igreja, pois infelizmente, até hoje ainda existe muito preconceito com relação aos transtornos mentais existentes e a sua manifestação em pessoas que professam a fé cristã. Isso tem gerado abordagens equivocadas e que não contribuem em nada para o bem-estar daqueles que padecem de tais transtornos. O fato é que, na maioria das vezes, atribuímos esse tipo de problema a manifestação demoníaca ou então queremos submeter às pessoas as sessões de “cura interior” estúpidas e desprovidas de base bíblica. Isso não ajuda em nada quem está sofrendo horrores devido aos transtornos, tais como depressão, bipolaridade, esquizofrenia, boderline, transtorno de ansiedade, etc. Obviamente acredito que alguns casos são sinais evidentes de problemas espirituais, mas na maioria das vezes não! Senão teríamos que dizer que toda vez que alguém fica gripado, está espiritualmente contaminado! Temos que levar mais a sério esse tipo de problema dentro da igreja (já que eles aumentaram exponencialmente nestes últimos anos) e ajudar as pessoas a sair das escuras trevas que estes transtornos representam para elas e para seus familiares. Creio que o primeiro passo é romper com o preconceito. O segundo é apoiar quem está enfrentando tais dificuldades, com aconselhamento bíblico consistente e amoroso. O terceiro é encaminhar pessoas com transtornos mentais para os especialistas da área (psicólogo e psiquiatra) e por aí vai. O que não podemos mais é simplesmente permitir que pessoas continuem sofrendo do nosso lado e ainda por cima jogar sobre elas a condenação religiosa, que é fruto de obscurantismo intelectual e emocional. Todos merecem viver uma vida digna. Até mesmo que sofre o horror de carregar sobre si um transtorno mental!


OS: falo como leigo no assunto, por isso nem sei se usei os termos corretos.

11 de novembro de 2013

Consagração: acho que você está fazendo isso de forma errada!

Muitas vezes já pensei em consagração como um meio para atingir um fim que almejava. Pensava que se desejava alguma coisa da parte de Deus, devia pagar um preço de consagração para obter aquilo. Então, se queria uma igreja grande, me consagrava para obter este resultado, ou seja, o ato de consagrar-se era de certa forma, uma mercadoria de troca com Deus, do tipo “eu jejuo, eu deixo de ver televisão, etc. e o Senhor me dá o que eu tanto desejo”. Mas não sei exatamente por qual motivo, esse tipo de pensamento hoje em dia para mim é a expressão de uma espiritualidade banalizada e superficial (lembrando a todos que EU já fiz isso!). Hoje em dia, quando penso em consagração, associo a ideia à necessidade que tenho de mortificar minha carne, para assim ter condições de contemplar com mais clareza e sensibilidade a glória de Deus e o seu eterno propósito. Sei lá, não me parece que a consagração deva servir como uma forma de barganha com alguém que nem ao menos tem a necessidade daquilo que temos para oferecer! Nesse sentido, consagração assume muito mais o aspecto de rendição e reconhecimento das próprias limitações. Ela é um clamor de uma alma que sabe que necessita desesperadamente de Deus para tudo! Fica aí uma simples reflexão sobre o assunto. Paz a todos!

7 de novembro de 2013

Leia o versículo acima, por favor!


Hoje, ao levar meu filho para a escola, estava ouvindo uma música gospel cheia de clichês evangélicos, mas o que mais me chamou a atenção é o bom e velho chavão: “VOCÊ É UM VENCEDOR!”. Você pode pensar: mas isso não é verdade? A Bíblia não diz que somos mais que vencedores? A resposta para essas perguntas é sim e não. O SIM se deve ao fato que as Escrituras de fato dizem que somos mais que vencedores. O NÃO diz respeito ao contexto em que a Palavra de Deus afirma isso. Vou explicar com outro chavão evangélico: “um texto fora do contexto se torna apenas um pretexto para os nossos erros”, ou seja, temos a mania de formar conceitos pseudo-teológicos a partir de uma interpretação equivocada do próprio texto bíblico. Para isso ficar mais claro, vamos ver o versículo mais conhecido que faz a afirmação que somos mais que vencedores:

Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.
Romanos 8:37

Se você lê apenas o versículo isolado, é tentado a crer que a Teologia da Prosperidade, por exemplo, é bíblica. Mas se observarmos um pouco melhor o texto bíblico, veremos que este versículo está falando de algo totalmente diferente, ou seja, de SOFRIMENTO POR AMOR A CRISTO! Vamos ler os dois versículos acima:

Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
Como está escrito:Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia;Somos reputados como ovelhas para o matadouro.
Romanos 8:35-36


Então, fica um conselho para todo cristão que deseja viver de forma coerente, séria e em harmonia com o Evangelho do Nosso Senhor Jesus Cristo: defina suas convicções tendo como base TODA  a Palavra de Deus! Paz!

5 de novembro de 2013

A arte de colocar uma vírgula onde antes existia um ponto.

Se tivermos um pouco de boa vontade, vamos perceber que muitas coisas estão inacabadas em nossas vidas. Por mais que pensemos que já chegamos ao fim da linha, que já aprendemos tudo o que era necessário sobre um assunto ou que estamos totalmente prontos para os desafios da vida, se formos 100% honestos, perceberemos que somos seres que precisam estar em constante estado de renovação. Muitas atitudes precisam ser mudadas, muitas convicções precisam ser reavaliadas, muitas decisões precisam ser reconsideradas. A vida é assim, um perfeito movimento que flui em direção ao novo. Mas acho que a religião nos endureceu, que o fundamentalismo nos emburreceu e que nossa vaidade e orgulho nos tornaram resistentes às mudanças necessárias que devemos colocar em prática no nosso dia-a-dia. Então é tempo de colocar uma vírgula onde antes existia um ponto. É fácil, basta fazer um risquinho para baixo. Daí é só continuar escrevendo a história.

24 de outubro de 2013

O Espírito Santo é uma energia?

Na Teologia daqueles que conhecemos como Testemunhas de Jeová, o Espírito Santo é considerado uma força ativa que procede de Deus, mas não sendo ela mesmo Deus (a grosso modo, essa a crença deles sobre esse tema). Diferentemente da posição teológica evangélica, que define o Espírito como uma pessoa pertencente a Divina Trindade, juntamente com Deus Pai e Deus Filho. A Confissão de Fé de Westminster, trata desse tema da seguinte forma:

CAPÍTULO II
DE DEUS E DA SANTÍSSIMA TRINDADE
I. Há um só Deus vivo e verdadeiro, o qual é infinito em seu ser e perfeições. Ele é um espírito puríssimo, invisível, sem corpo, membros ou paixões; é imutável, imenso, eterno, incompreensível, - onipotente, onisciente, santíssimo, completamente livre e absoluto, fazendo tudo para a sua própria glória e segundo o conselho da sua própria vontade, que é reta e imutável. É cheio de amor, é gracioso, misericordioso, longânimo, muito bondoso e verdadeiro remunerador dos que o buscam e, contudo, justíssimo e terrível em seus juízos, pois odeia todo o pecado; de modo algum terá por inocente o culpado.
Deut. 6:4; I Cor. 8:4, 6; I Tess. 1:9; Jer. 10:10; Jó 11:79; Jó 26:14; João 6:24; I Tim. 1:17; Deut. 4:15-16; Luc. 24:39; At. 14:11, 15; Tiago 1:17; I Reis 8:27; Sal. 92:2; Sal. 145:3; Gen. 17:1; Rom. 16:27; Isa. 6:3; Sal. 115:3; Exo3:14; Ef. 1:11; Prov. 16:4; Rom. 11:36; Apoc. 4:11; I João 4:8; Exo. 36:6-7; Heb. 11:6; Nee. 9:32-33; Sal. 5:5-6; Naum 1:2-3.
II. Deus tem em si mesmo, e de si mesmo, toda a vida, glória, bondade e bem-aventurança. Ele é todo suficiente em si e para si, pois não precisa das criaturas que trouxe à existência, não deriva delas glória alguma, mas somente manifesta a sua glória nelas, por elas, para elas e sobre elas. Ele é a única origem de todo o ser; dele, por ele e para ele são todas as coisas e sobre elas tem ele soberano domínio para fazer com elas, para elas e sobre elas tudo quanto quiser. Todas as coisas estão patentes e manifestas diante dele; o seu saber é infinito, infalível e independente da criatura, de sorte que para ele nada é contingente ou incerto. Ele é santíssimo em todos os seus conselhos, em todas as suas obras e em todos os seus preceitos. Da parte dos anjos e dos homens e de qualquer outra criatura lhe são devidos todo o culto, todo o serviço e obediência, que ele há por bem requerer deles.
João 5:26; At. 7:2; Sal. 119:68; I Tim. 6: 15; At - . 17:24-25; Rom. 11:36; Apoc. 4:11; Heb. 4:13; Rom. 11:33-34; At. 15:18; Prov. 15:3; Sal. 145-17; Apoc. 5: 12-14.
III. Na unidade da Divindade há três pessoas de uma mesma substância, poder e eternidade - Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo, O Pai não é de ninguém - não é nem gerado, nem procedente; o Filho é eternamente gerado do Pai; o Espírito Santo é eternamente procedente do Pai e do Filho.
Mat. 3:16-17; 28-19; II Cor. 13:14; João 1:14, 18 e 15:26; Gal. 4:6.

Pois bem, se acreditamos que o Espírito Santo é uma pessoa, porque às vezes nossas atitudes com relação ao mesmo mais parecem de alguém que crê ser Ele apenas uma força ativa? Expressões do tipo “o Espírito Santo vai descer! Ele vai ser derramado!” não cria a impressão de que ele é uma coisa e não uma pessoa? E o que dizer dos espetáculos criados pelos artistas do “avivamento”, que fazem o Santo Espírito de Deus parecer um bicho enjaulado, que quando é solto, sai arrebentando tudo e todos que vê pela frente? Ternos sendo jogados, dedos sendo apontados nas direção de uma pessoa e a “belíssima” palavra de ordem sendo dita: “RECEBA!”. O que dizer e pensar disso? Não posso afirmar que sempre que isso acontece, algo está errado ou que as pessoas que assim agem, fazem por má-fé, mas tenho condições de afirmar que muitas vezes isso é apenas um joguete emocional, que cria uma visão equivocada do Deus Trino. Como consequência, muitas vezes, somos levados a ignorar qual é a verdadeira ação e propósito do Espírito Santo na igreja, que é convencer o ser-humano do pecado, da justiça e do juízo, bem como atuar como o Santo Consolador e passamos a nos relacionar com um conceito abstrato, que mais se parece com uma energia ativa que procede de Deus, tendo como objetivo despejar uma descarga elétrica emocional em nós. Penso que precisamos rever nossa teologia e também nossas ações com relação a tudo isso, correndo o risco de, se não fizermos isso, nos relacionarmos com um conceito equivocado do Espírito Santo e não com Ele mesmo.


PS: talvez você não concorde comigo, mas pergunte para um novo- convertido o que ele pensa sobre o Espírito Santo. A resposta pode deixar você preocupado. Talvez ele não tenha entendido porque não foi lhe ensinado nem por palavras e muito menos por atitudes!

Quem suporta o Dr. House?

Honestamente, não sei se alguém na face da Terra é capaz de ser 100% sincero e transparente o tempo todo. Creio que se algum maluco se aventurasse a praticar a sinceridade plena durante um mês apenas, ele perderia muita coisa com isso, porque na verdade, como seres-humanos não estamos preparados para lidar com excesso de transparência. Imagina se decidíssemos falar tudo que viesse a nossa cabeça o tempo todo. A Caixa de Pandora seria aberta e o caos global seria instaurado! Acho (veja bem, não tenho certeza, por isso eu ACHO!) que todos nós carregamos um pouco de “falsidade” dentro de nós e ao mesmo tempo um desejo de preservar nossa reputação e num certo sentido, isso pode até ser considerado algo normal e necessário. Mas o grande problema nisso tudo é quando essa falsidade por assim dizer, se sobrepõe de maneira inequívoca em relação à verdade e transparência que deve existir em nossas vidas. Então, já não estamos mais vivendo nossa vida e sim apenas representando um personagem que julgamos ser mais adequado para o nosso habitat natural. Isso é simplesmente desastroso! Por isso, creio que devemos lutar contra a pecaminosa inclinação da nossa carne que nos impulsiona a viver uma mentira e passarmos a depender do Espírito Santo de Deus para nos auxiliar no caminho da sinceridade que precisa vir acompanhada de maturidade, bom senso e amor ao próximo. Oremos! Paz a todos!



PS: ah, o post tem esse título porque me lembrei deste personagem e de sua sinceridade quase cruel em alguns momentos. 

14 de outubro de 2013

Eu não quero mais congregar!

Se existe uma coisa que me irrita é ver gente dizendo que não precisa congregar para ter uma vida com Deus. Isso até é uma verdade em partes, mas esconde uma indisposição terrível em dividir a vida com outras pessoas e se permitir ser ministrado, corrigido e exortado pelo Corpo de Cristo. Daí quem pensa assim pode dizer que tem como praticar essas coisas sem ir à igreja. Então me ponho a pensar e chego a seguinte conclusão: o infeliz que pensa assim deve se achar mais inteligente do que Deus, que agiu no meio do seu povo e os levou a viver em comunidade (igreja). Pô, basta ler Atos e as cartas do Novo Testamento e veremos lá mensagens sendo dirigidas a igrejas constituídas. Será que é tão difícil enxergar isso? Tinha liderança, tinha padrão disciplinar, tinha modelo litúrgico, tinha comprometimento com um sistema eclesiástico estabelecido, tinha padrões de comportamento que deviam ser respeitados no ato das reuniões regulares, etc, etc. Mas às vezes algumas pessoas estão tão feridas e por isso mesmo também estão tão egocêntricas, que decidem fazer a coisa do seu jeito, porque do jeito que os cristãos fizeram ao longo dos séculos já não serve mais para elas. É muita pretensão, minha gente! Creio que precisamos ter um olhar crítico com relação à igreja instituída, mas nunca podemos abandoná-la. As mudanças precisam acontecer, mas elas começarão em nós, sacou? Mas se alguém se acha muito bom (nunca vai admitir isso!), realmente a igreja não servirá para ela, pois é lugar para gente imperfeita e esses “moderninhos” não suportam isso. Por mais que digam que querem viver o amor de Deus de forma simples e despretensiosa, o que desejam de verdade é acariciar seus egos inflados pela soberba de uma pretensa vida simples. Vai entender!

12 de outubro de 2013

Nós não ganhamos ninguém para Jesus!

"VAMOS GANHAR PESSOAS PARA JESUS!"


Quantas e quantas vezes eu já usei essa "expressão gospel"! Mesmo quando foi dita baseada numa motivação sincera, de uma certa forma externalizava uma visão equivocada sobre a responsabilidade cristã de pregar o Evangelho. Hoje eu começo a entender melhor isso tudo. Na verdade, quando dizemos que ganhamos alguém para Jesus é o mesmo que um martelo dizer que pregou um prego, entendeu? Não? Explico: a força que impulsiona o martelo e que permite que o prego seja pregado não está no martelo e sim em alguém que o manuseia, sacou? Na verdade quem pregou o prego foi uma pessoa que se utilizou do martelo para isso. Se não houvesse essa pessoa, o martelo não conseguiria exercer a sua atividade. Portanto, quem pregou o prego não foi a ferramenta e sim o manuseador da mesma. Ela apenas serviu como meio para um fim! Acho que agora você entendeu! Ah, essa analogia marteloniana não ajudou em nada. Pelo contrário, só piorou as coisas? Beleza, então vou ser mais claro ainda: nós não podemos ganhar pessoas para Jesus porque apenas quem possui a capacidade de convencer o ser humano do pecado, da justiça e do juízo é o Espírito Santo de Deus. A única coisa que nos cabe é ANUNCIAR o Evangelho até que o Messias venha! Por isso digo que nós não ganhamos ninguém para Jesus, pois o que fazemos na verdade é anunciar. A conversão somente é possível através da obra do Espírito Santo. E quando entendemos isso, nos tornamos menos arrogantes e não ficamos por aí proclamando aos quatro ventos "quantos nós ganhamos para Cristo!" Entendestes agora ou queres que eu te faça um desenho?rsrs


PS: acredito na responsabilidade cristã de proclamar o Evangelho. A única coisa que me incomoda é que temos colocado a capacidade e importância humanas no ato da evangelização acima do próprio agir de Deus. Talvez isso seja feito de forma inconsciente. Mas nem por isso deixa de ser errado, não é mesmo?

5 de outubro de 2013

Sobre fanatismo religioso.

A religiosidade é um fato comum da existência humana, somos seres religiosos, mesmo quando não pretendemos ser. Estamos constantemente em busca de respostas e de certa forma a religião, não importa qual, provê isso a nós, mesmo que aquilo que encontramos não seja de fato a verdade. Atrelado à religião, temos o fanatismo provocado pela mesma, ou seja, onde houver pessoas religiosas, ali também existirão fanáticos! Algumas características do fanatismo religioso são:

1.       Liderança espiritual carismática e autoritária: em movimentos religiosos onde predomina o fanatismo, a figura de autoridade é alguém inquestionável e sua palavra é tida como ordem final, por assim dizer. Além disso, a autocracia predomina como forma de governo do grupo;

2.       Prevalência da mentalidade de grupo em detrimento do indivíduo: não existe muito espaço para a manifestação da individualidade humana onde existe fanatismo, pois tudo que é contrário ao status quo é visto como algo mal e que deve ser combatido;


3.       Irracionalidade: toda religião possui doutrinas, que por si só são apreendidos apenas pela fé. Isso é normal na prática religiosa. Mas quando os próprios dogmas de uma religião são interpretados pelos seus seguidores sem ter por base à própria ortodoxia da mesma, então o aspecto irracional da fé (crença) começa a se manifestar;


4.       Segregacionismo: fanatismo religioso separa pessoas. Isso acontece com os de fora e com os de dentro. Quem não concorda, é excluído;


5.       Controle excessivo: em movimentos marcados pelo fanatismo, existe um controle excessivo do indivíduo, e quando se faz necessário, algumas formas de punição são praticadas;


6.       Alienação: todo fanático religioso não se expõe a opiniões contrárias as suas. Pelo contrário, é estimulado a manter distância de tudo aquilo que o leva a questionar suas próprias convicções fanatizadas.

     
Creio que existem outras características que nos auxiliam a detectar o fanatismo religioso e talvez até escreva sobre isso novamente. Mas antes de encerrar este artigo, preciso deixar claro que não existe apenas o fanatismo radical. Este nós detectamos com certa facilidade! O que mais me preocupa é o fanatismo brando, aquele que está se manifestando do nosso lado e nem nos apercebemos dele. Ele é como um câncer, que gradativamente vai se alastrando e destruindo tudo a sua volta. Sorrateiro, porém eficaz! Nesse sentido, precisamos olhar para nossa realidade cristã atual e nos propormos a combatê-lo, pois ele está ai, mais perto do que a gente imagina! Voltemos ao Evangelho!

Segue link para outro texto que dá continuidade ao assunto:

http://foradoton.blogspot.com.br/2013/12/como-lidar-com-o-fanatismo-religioso.html

15 de setembro de 2013

10 coisas que eu odeio em você.

Quem curte Teen Movie já deve ter visto um filme intitulado 10 COISAS QUE EU ODEIO EM VOCÊ. Basicamente, o filme segue a linha da menina boazinha que se apaixona pelo menino rebelde, mas que no fundo é uma boa pessoa. Enfim, água com açúcar suficiente para aumentar o nível de glicose no sangue de qualquer um. Mas pensando no título do filme, decidi enumerar 10 coisas que odeio nas pessoas (e em mim mesmo obviamente). Sei lá, achei um tema apropriado para uma noite sem ter muito que fazer. Vamos lá:

01.   Eu odeio quando uma pessoa come de boca aberta. Ver a comida se mexendo dentro da boca de alguém é pior do que assistir o Domingão do Faustão!

02.   Eu odeio quando uma pessoa tem a infeliz ideia de ir de Crocs a lugares públicos!

03.   Eu odeio quando uma pessoa limpa o nariz com o dedo em público. Veja bem, limpar a nareba na privacidade do seu lar é uma coisa, mas fazer isso enquanto outras pessoas estão vendo é maldade!

04.   Eu odeio quando uma pessoa peida e não assume a responsabilidade. Soltou um punzinho, admite. É mais nobre!

05.   Eu odeio quando uma pessoa fica postando foto de comida no Instagram, principalmente de Temaki de peixe cru, que para mim é a coisa mais nojenta da culinária mundial!

06.   Eu odeio quando uma pessoa se diz ecológica e que está salvando o mundo só porque passou a usar sacolinha biodegradável. “Ui, eu sou ecológico e uso sacolinha biodegradável!”

07.   Eu odeio quando uma pessoa estaciona em fila dupla e coloca o pisca alerta ligado. Tipo assim, ligar o pisca alerta dá o direito de ir contra as leis do trânsito. Vou atropelar alguém e ligar o pisca alerta então!

08.   Eu odeio quando uma pessoa escolhe carne no açougue com se estivesse comprando uma casa! Meu, é só um pedaço de carne, compra esse negócio rápido e vaza!

09.   Eu odeio quando uma pessoa usa aquelas carinhas no Facebook. Como já falei, quando mulheres fazem isso eu até respeito, mas homens que fazem isso merecem uma bifa!

PS: como sempre faço, quero deixar claro que post acima é uma brincadeira e não condiz com a realidade, ou seja, não expressa a minha real opinião sobre nada ou quase nada! Ah, ia me esquecendo:


10.   Eu odeio quando uma pessoa não entende que estou sendo irônico e eu tenho que explicar isso prá ela!

29 de agosto de 2013

O discipulado burro.

Tem palavras que já foram incorporadas ao vocabulário evangélico, que ao ser pronunciadas, nem desperta em nós algum tipo de questionamento. Uma dessas palavras é DISCIPULADO, que sem dúvida é uma das palavrinhas mais usadas em nosso meio nos últimos anos. Eu particularmente gosto dela e a considero complexa e cheio de significado, portanto, não tenho nada contra o conceito em si. O que me causa um grande desconforto é o fato de, muitas vezes, utilizarmos o discipulado e todas as formas de executá-lo como um mecanismo de reprodução e não de reflexão. Isso significa que o discipulado cristão brasileiro assume ares de ensinar a fazer a partir de um modelo estabelecido e não de estimular cristãos a refletirem sobre o que é a vida cristã e todos os seus desdobramentos. Dentro de uma perspectiva industrializada de igreja, a primeira forma é mais útil e gera resultado mais rápido, mas é esse tipo de igreja que desejamos estabelecer? Creio que precisamos urgentemente resgatar os princípios do discipulado para a autonomia espiritual, que conduz para a interdependência nos relacionamentos. Para isso devemos parar de ensinar a reproduzir e começar a ensinar a pensar. É uma tarefa difícil e que requer quebra de paradigmas estabelecidos em nosso meio gospel atual, mas precisa ser feito, senão corremos o risco de formarmos uma geração de pessoas espiritualmente fragilizadas e emocionalmente dependentes.


Ton.

23 de agosto de 2013

Mate os lobos para que as ovelhas vivam!!!

Um pensamento me ocorreu esses dias após ouvir a fala de um pastor que estava participando de um fórum em um congresso em Goiânia. Confesso que não é um pensamento novo nem para mim e muito menos para a maioria das pessoas que conheço, mas no momento em que ouvi o pastor falando com propriedade sobre o assunto, me peguei concordando com ele, mas principalmente, me sentindo constrangido por não estar fazendo o que deveria ser feito na intensidade que a situação exige. A ideia defendida por este pastor é mais ou menos essa: não adianta reclamar dos problemas existentes na Igreja brasileira e muito menos daqueles que são os geradores desses problemas. Precisamos assumir uma posição contrária a tudo aquilo que julgamos estar errado. E para não cair apenas no criticismo medíocre e oco, devemos começar a agir a partir da nossa realidade local. Devemos nos posicionar e mostrar novas alternativas de viver a vida cristã. Condenar o erro, mas praticar as mudanças necessárias.
Não foi exatamente assim que ele falou, mas resumidamente, foi esse o conceito defendido. Então, que os pastores (não me refiro apenas àqueles que foram ordenados como tal, mas todos aqueles que exercem a função pastoral dentro do Corpo de Cristo) assumam seu papel, para que lobos disfarçados de ovelhas não devorem o rebanho de Cristo e nem destruam com as suas mentiras aquilo que existe para glorificar a Deus, ou seja, a sua Igreja. Por isso, creio que devemos lutar pela Igreja, devemos combater o engano, devemos apontar os erros, mas principalmente, devemos nos comprometer com as mudanças necessárias, nem que isso corte em nossa própria carne. Eu amo a Igreja de Cristo e vivo para servi-la, por isso quero contribuir para a sua edificação e crescimento espiritual. E você, tá nessa junto comigo e outros milhares ou milhões de inconformados? Que o Senhor seja conosco!


Ton.

20 de agosto de 2013

Como identificar uma pessoa convertida.

“A cruz não é apenas um símbolo religioso. Na verdade, ela representa uma mudança de senhorio.”

Acho que se perguntarmos para muitas pessoas que estão dentro das igrejas porque elas se consideram cristãs, as respostas que ouviremos vai nos chocar um pouco, pois acredito que muitos não sabem definir de fato o que é conversão. Penso que muitos associam o ato de se converter ao impulso emocional que os conduziu a um determinado tipo de apelo feito em uma reunião evangélica. Outros pensam que são convertidos pelo fato de frequentarem uma igreja e de já terem sido batizado nela. Existem ainda aqueles que acreditam que devido ao seu alto padrão moral adquirido ao começar a frequentar um espaço religioso, podem se considerar pessoas convertidas. Creio que todas essas coisas por si só não são más e até mesmo podem ser um indicativo de uma conversão genuína, mas o que define de fato se uma pessoa se converteu, ou seja, se tornou um cristão, é a mudança de senhorio, pois conversão nada mais é do que sair do domínio das trevas e do pecado para se submeter ao senhorio de Cristo. Isso parece simples, mas não é! Se proclamamos que o nosso Senhor é Jesus, então não podemos mais ser conduzidos pelos desejos pecaminosos da nossa natureza caída, pois o domínio de Cristo sobre nós é revolucionário e libertador (e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!), produzindo em nós uma profunda mudança de mentalidade e como consequência de ações. Para simplificar: ser cristão é estar debaixo do senhorio exclusivo de Cristo e, portanto debaixo da sua vontade, em plena submissão a Ele. (quem deseja seguir a Cristo, precisa negar a si mesmo). Se não existe submissão ao senhorio de Cristo, então não existe conversão e, portanto não pode ser considerado um cristão genuíno. Terrivelmente simples assim!


Ton.


9 de agosto de 2013

Eu sou uma pessoa ordinária!

O planeta Terra possui mais de seis bilhões de habitantes e posso afirmar algo, sem medo de errar: a maioria esmagadora das pessoas que vivem neste grande formigueiro humano, são seres comuns. Isso mesmo, somos um planeta formado por uma maioria de pessoas ordinárias! 

Parece que estou sendo pessimista ou até mesmo incrédulo com relação a raça humana. Não é nada disso! Afinal sou cristão e como tal acredito que somos especiais para Deus, mas não é disso que estou falando. Somos pessoas comuns, vivendo realidades comuns e fazendo, na maior parte do tempo, coisas comuns e para falar a verdade, não vejo problema nenhum nisso. Acho que é até mesmo libertador, pois na sociedade em que vivemos, somos levados a crer que temos a necessidade de sermos extraordinários e incomuns e isso se torna a nossa grande desgraça, pois nos aprisiona a fantasias megalomaníacas quase infantis que nunca vamos alcançar. 

Nesse momento você pode estar pensando que isso que estou escrevendo é a maior bobagem já dita neste blog. Pode até ser mesmo, mas pense bem, quantas pessoas extraordinárias você já conheceu e conviveu com elas? Eu nunca convivi com nenhuma pessoa que pudesse classificar como tal. Não estou falando daquelas pessoas que admiramos e possuímos laços emocionais fortes e por isso achamos que são incomuns (elas são incomuns e extraordinárias para nós, portanto é uma visão subjetiva), mas estou falando daquelas pessoas que mudam o mundo, que revolucionam épocas, que transformam comunidades inteiras, tais como Madre Teresa de Calcutá, Martinho Lutero, Einstein, etc. Essas pessoas foram incomuns! 

Por que estou falando tudo isso? Simples. Porque existe um ufanismo gospel predominante no modelo de espiritualidade brasileira que nos leva a crer que vamos alcançar toda a nossa cidade para Jesus, que vamos revolucionar o mundo, que somos o epicentro do avivamento mundial, que fomos chamados para algo que nunca existiu, que pertencemos a uma visão que é a mais correta e bíblica e portanto será aquela que destronará Satanás, etc, etc. Sei lá, nos enchemos destas besteiras ditas por líderes de expressão e repetidas à exaustão por nós mesmos, que acabamos crendo nessa esquisitice toda. 

Por isso, deixamos de provar a graça do ordinário e a beleza da vida comum. A consequência disso é que estamos tão deslumbrados com a imensidão do mar, que nos esquecemos até mesmo de dar um simples mergulho gostoso e refrescante nele num dia ensolarado. Voltemos a vida simples e comum. E se Deus quiser fazer de você uma pessoa extraordinária, tudo bem. Se isso não acontecer, apenas curta o prazer de ser mais um na multidão.

6 de agosto de 2013

Abaixo os vendilhões do templo!

Até que enfim alguém "famoso" (Rodolfo Abrantes, que aliás é um homem de Deus muito sério!) falou sobre a pecaminosidade da fama gospel. Parece que apenas assim as pessoas começam a se ligar na abominação que o dito mercado gospel se tornou, pois envolve uma idolatria camuflada e uma ganância desmedida. Precisamos mudar o rumo das coisas na igreja brasileira e quebrar os falsos ídolos e as mentiras disfarçadas de verdade. Quem é doido e perde tempo lendo esse blog ou convive comigo sabe que eu abomino tudo isso e decidi já faz algum tempo fazer o que a música da Banda Resgate diz: "Fora do sistema, longe, eu caminho mais perto." Para mim tem funcionado de forma muito intensa e verdadeira. Aconselho a todos os que querem viver genuinamente a tentarem também. Paz a todos!

30 de julho de 2013

Igreja não faz caridade!

Há algum tempo venho refletindo sobre o papel da Igreja de Cristo nas questões de cunho social. Confesso que este é um tema muito complexo e com muitas vertentes distintas, por isso venho tentando me achar dentro desse emaranhado de informações que nos bombardeiam constantemente. Tenho mais dúvidas do que certezas, mas continuo procurando um ponto de equilíbrio, até porque sou pastor e tenho a responsabilidade de instruir outras pessoas.

Pois bem, uma das conclusões que tenho chegado é que essa divisão entre o que é espiritual e o que é ação social é simplesmente desastrosa e prejudicial para o desenvolvimento do projeto de Deus através da Igreja, ou seja, não podemos fazer distinção entre aquilo que consideramos sagrado, como congregar, orar, ler a Bíblia, etc. e a nossa responsabilidade social como indivíduo e igreja. Para mim, tudo isso é espiritual e manifesta a glória de Deus! Falo isso, porque ainda temos um conceito de projeto social como uma obra de caridade feita pela igreja para beneficiar os mais pobres. Pensamos que apenas distribuir cestas básicas ou sopão em lugares carentes (atitudes boas em si mesmas) ou qualquer outra coisa que fazemos no tempo livre que temos é obra social. Para mim não é! Creio que a identidade da Igreja de Cristo está intimamente ligada com a capacidade de fazer o bem e propor alternativas de mudança para a comunidade em que está inserida. Agindo assim, ela está sendo espiritual, porque está cumprindo o seu propósito.

Mas infelizmente vemos igrejas gastando fortunas em templos e outras bobagens e praticamente não dedicando nada do seu orçamento para cumprir esse nobre chamado. Fazemos algumas coisas para apenas apaziguar nossa consciência culpada e para sentirmos que estamos colaborando (não estou generalizando, entenda!). Isso é no mínimo um desvio de rota que precisa urgentemente ser corrigido. Igreja não faz “caridade” e nem tem “projeto social”. Ela é uma agência de transformação espiritual e social. Esse é o seu chamado, essa é a sua identidade! Ela pratica boas obras, assim como se dedica a devoção espiritual. Pelo menos é assim que tem que ser!


Ton.

PS: não sei se consegui ser claro, mas como disse, são conceitos em formação. Paz a todos!

Venha o teu Reino!

“Uma Teologia humanista, que deliberadamente ou inconscientemente nega ou afronta a glória e a soberania de Deus, não pode de forma alguma gerar cristãos conscientes do seu papel como filhos de Deus.”


Como cristão, nada me incomoda mais nos dias de hoje do que a tentativa humana de se tornar o centro de todas as coisas. Vejo isso acontecendo na sociedade, na igreja e infelizmente, dentro de mim também. Acredito que devemos combater esse modo de pensar com todas as nossas forças. Mas isso exigirá de nós que somos chamados de filhos de Deus, uma atitude um tanto quanto radical, pois precisaremos passar por um período de desintoxicação por assim dizer. Isso se deve ao fato de durante longos anos, o nosso ensino deixou de ter raízes bíblicas – ortodoxas e optamos por uma mensagem mais agradável aos ouvidos e mais vendável, por assim dizer. Nos preocupamos tanto em enchermos nossas igrejas e mantermos as pessoas dentro delas, que nos esquecemos (ou pelo menos não enfatizamos mais como deveríamos) a mensagem da cruz, que é loucura para os que se perdem! Creio que ainda existe esperança e que mudanças profundas podem e devem acontecer. A grande questão é se estamos dispostos a isso, pois isso implicará em descontruir uma gama de ensinamentos ministrados e mudar uma série de comportamentos adquiridos que em nada refletem a glória de Deus na igreja. Em minha opinião, o show tem que acabar e precisamos nos conscientizar que nossos recursos podem ser muito bons, mas para a manifestação do Reino de Deus, eles não são suficientes. É tempo de humilhação! Não devemos apenas descer dos nossos pedestais. Precisamos destruí-los para nunca mais sermos tentados a subir lá novamente.


Ton.

29 de julho de 2013

Escravos do agora.

Uma das últimas palavras da Bíblia Sagrada é MARANATA. Como muitos devem saber, essa palavra significa essencialmente VEM, SENHOR! Ela é importante para a compreensão da espiritualidade da igreja primitiva, pois aponta para a maior expectativa dos primeiros cristãos, ou seja, a volta de Cristo. Havia um sentimento de urgência no coração de cada pessoa comprometida com o Evangelho do Mestre, pois eles aguardavam o retorno de Jesus com expectativa e grande alegria. Creio que esse era um dos motivos que impulsionavam a muitos a se entregarem ao martírio, pois nada mais importava para eles, afinal o Rei dos reis estava a porta! Mas passados todo esse tempo, como se comporta a igreja atual com relação a esse assunto? Será que ele pode ser considerado um definidor da nossa espiritualidade? Penso que vivemos num momento espiritualmente decadente, pois nossa fé está muito alicerçada no aqui e no agora. Queremos as bênçãos materiais deste mundo, o reconhecimento por parte de homens, as conquistas que servem como troféus expostos em nossa sala de estar. Poucos falamos das alegrias do porvir, quase não ensinamos sobre a volta de Jesus e nem desafiamos as pessoas a viver de forma radical e rendida a Deus, como deve ser a vida de um cidadão cuja pátria é a eternidade! Nos tornamos escravos do hoje e do agora! Amamos este mundo e tudo que nele existe e qualquer coisa que tente nos separar, mesmo que só um pouco, de todos os prazeres que o presente século nos oferece, nós ignoramos e riscamos da nossa agenda. Isso é triste, pois corremos o risco de contaminar uma geração inteira de cristãos, simplesmente porque paramos de ensinar que nossos olhos devem estar voltados para o alto. Só falamos e vivemos por aquilo que é importante para nós. Existe pouco espírito sacrificial em nosso meio, pois permitimos que o nosso ventre se tornasse o nosso Deus e obviamente, justificamos tudo isso, com uma espiritualidade rasa e superficial, que em nada lembra o Evangelho de Cristo, sendo apenas uma mera caricatura do mesmo. Precisamos mudar! Mas para isso parar de justificar nossos erros, pedir perdão pelos nosso pecados e começarmos a clamar com toda a nossa força Maranata, ora vem Senhor Jesus!



Ton.

28 de julho de 2013

O melhor CD de todos os tempos!!!!!

Tudo que fazemos não pode ter outro objetivo senão manifestar a glória de Deus. Mas para que nossos projetos cumpram com esse propósito, antes eles precisam ser depurados pelo fogo de Deus. Isso exigirá de nós paciência, perseverança, humildade, submissão e discernimento. Então, quando superamos essas etapas, estamos prontos para ver nascer sonhos e propósitos de Deus para nós. Nesse sentido, nosso amado mano e ministro de louvor da Comunidade Cristã Redenção de São Vicente - SP, MARCOS GUIMARÃES, conhecido por nós como Marcão (apesar de ser baixinho. Vai entender! rsrs), está lançando o seu primeiro CD após oito anos sonhando com este projeto. Como amigo e pastor dessa família abençoada, desejo que o ministério dele possa florescer e que ele possa dar muitos frutos para a glória dAquele que o chamou e capacitou. Parabéns Marcão, Carmem e toda a família! Estamos felizes e realizados com você e por você! Se alguém tiver interesse de conhecer melhor o trabalho dele, é só entrar em contato pelos telefones (13) 3464-1796 e (13) 9715 - 6304 e adquirir o CD Terra Santa. Vale a pena!

Paz a todos!!!


Ton.




27 de julho de 2013

Prá que buscar felicidade no ministério cristão?

Esta semana, estava conversando com minha esposa e ela me fez a seguinte pergunta: “Você se sente feliz e realizado no ministério pastoral?” Pensei alguns segundos e respondi o seguinte para ela: “Às vezes sim e às vezes não! Mas isso pouco importa, porque não faço o que faço tendo como base meus sentimentos e nem mesmo o meu senso de realização.” Bom, isso foi mais ou menos o que respondi para ela naquele momento e se ela me perguntasse a mesma coisa de novo no dia de hoje, a minha resposta não mudaria muito. Com isso quero dizer que enquanto estivermos fazendo algo pensando em senso de realização ou felicidade, corremos um sério risco de nos perdermos no meio do caminho, pois o que deve guiar cristãos tementes a Deus é o desejo de glorifica-lo em tudo e posso afirmar com toda convicção que isso nem sempre tem a ver com sensações humanas e temporais. Não estou afirmando que não teremos alegrias no ministério cristão, apenas estou dizendo que o que sentimos ou pensamos pouco importa neste caso, pois a essência da vida cristã é rendição e não realização e felicidade. Em algum momento, essas coisas se encontram, mas nem sempre isso acontece! Pode parecer estranho afirmar isso, quando o que mais ouvimos é um discurso triunfalista e até mesmo um pouco hedonista vindo dos púlpitos deste Brasilzão de meu Deus, mas se nosso ministério depender do senso de auto realização, então estamos fadados ao fracasso espiritual (o que necessariamente não significa fracasso aos olhos humanos. Triste realidade!) Particularmente, prefiro viver assim, sem nenhum desejo de sucesso e realização pessoal, pois minha felicidade não está nessas coisas e sim naquele que me criou, regenerou e me chamou para pregar a sua Palavra. Tento viver realizado nEle e em mais nada, pois creio que é assim que deve ser.

22 de julho de 2013

Deus habita no vazio?

“No vazio existencial, podemos encontrar a Deus, pois somente Ele tem condições de habitar nesse lugar.”


Em tempo de uma espiritualidade barulhenta, ativista e amante do conforto e da sensação de paz, é difícil pensar e falar sobre vazio, principalmente o existencial. Na verdade, nem mesmo no nosso dia-a-dia convivemos bem com espaços vazios em nossas agendas. Nos orgulhamos de estar sempre ocupados, correndo de um lado para o outro, fazendo várias coisas ao mesmo tempo. Nossos cultos (se você é um evangélico carismático) refletem essa ansiedade da nossa alma, pois não gostamos daquele silêncio incômodo que às vezes surge entre uma música e outra, entre uma oração e outra, entre uma palavra e outra. Somos, literalmente, escravos da novidade. Mas, se em algum momento, Deus desarticular todas as muletas emocionais que criamos para nós mesmos, como será que vamos reagir? Pois bem, acredito que Deus faz isso! Ele tem os seus caminhos para nos fazer olhar para nós mesmos e para a condição pífia que se encontra a nossa alma carente de coisas e pessoas e um desses caminhos consiste em nos jogar no olho do furacão do vazio existencial, pois lá, a única alternativa que temos é nos agarrarmos a Ele. Então, não podemos pensar que a tristeza, a dor e o vazio são sempre obra do inimigo da nossa alma (diabo). Pelo contrário, Deus promove essas coisas para que no final possamos reconhece-lo e adorá-lo em espírito e em verdade. Enfim, Ele remove as distrações infantis da nossa frente, para que assim o encontremos. Bendito seja o nome do Senhor!

15 de julho de 2013

Se você não pode ir para o deserto, então desligue o computador!

No início da igreja cristã, era comum alguns homens e mulheres praticarem a reclusão como forma de crescimento espiritual. Para isso, essas pessoas se deslocavam para o deserto e viviam lá por longo tempo. Era um jeito de buscar uma vida de contemplação a Deus, utilizando para isso, o isolamento como forma de fugir das distrações deste mundo. Hoje, numa sociedade interligada pelas redes sociais, nem é necessário ir para o deserto. Basta apenas se desconectar das mesmas e já começamos abrir espaço em nossa agenda para a prática da contemplação espiritual. Obviamente não quero comparar a atitude dos monges do deserto com um mero desligamento das redes sociais. Longe de mim tal insanidade! Mas, se ainda não conseguimos viver e nos bastar no isolamento espiritual como forma de adoração a Deus, às vezes podemos começar mais devagar e desligar um pouco o computador. Pode ter certeza, isso contribui para a nossa própria edificação! Tente e você verá que é uma prática bastante salutar.


Ton.

PS: em tempo, não tenho nada contra as redes sociais e sim contra o mal uso delas (aliás, como qualquer outra coisa!), por isso não condeno quem usa e acho uma fanfarronice quem se julga mais espiritual por não usar. 


12 de junho de 2013

Jesus aprova a Teologia da Prosperidade! Será?

“Muitos aplaudem quem busca o Reino em 1º lugar, mas criticam a pessoa para quem as outras coisas são acrescentadas.” (Bill Johnson)

Hoje, ao abrir o Twitter me deparei com esta frase, de uma pessoa desconhecida para mim e confesso que num primeiro momento me pus a pensar se esta afirmação estava correta, porque se assim fosse, poderíamos acreditar que este versículo apoia a Teologia da Prosperidade. Este meu pensamento durou cerca de três milésimos de segundo e logo, como bom cristão irritante e chato que sou, fui até a Palavra de Deus para ler o texto dentro do contexto e assim definir o que essa frase de fato tem de verdadeira e até onde esse ensino contido nas entrelinhas desta declaração sobre a Teologia da Prosperidade encontra corroboração no mesmo. Pois bem, vamos ao texto todo:

Dirigindo-se aos seus discípulos, Jesus acrescentou: "Portanto eu lhes digo: não se preocupem com suas próprias vidas, quanto ao que comer; nem com seus próprios corpos, quanto ao que vestir.
A vida é mais importante do que a comida, e o corpo, mais do que as roupas.
Observem os corvos: não semeiam nem colhem, não têm armazéns nem celeiros; contudo, Deus os alimenta. E vocês têm muito mais valor do que as aves!
Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?
Visto que vocês não podem sequer fazer uma coisa tão pequena, por que se preocupar com o restante?
"Observem como crescem os lírios. Eles não trabalham nem tecem. Contudo, eu lhes digo que nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles.
Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, quanto mais vestirá vocês, homens de pequena fé!
Não busquem ansiosamente o que hão de comer ou beber; não se preocupem com isso.
Pois o mundo pagão é que corre atrás dessas coisas; mas o Pai sabe que vocês precisam delas.
Busquem, pois, o Reino de Deus, e essas coisas lhes serão acrescentadas. 
Lucas 12:22-31

Vamos lá, fazer um exercício de reflexão:

1.     Jesus está falando diretamente para os discípulos, homens que tinham abandonado tudo para segui-lo;
2.     Quando está ensinando especificamente os discípulos, Ele deixa bem claro para eles que não deveriam ficar ansiosos com o futuro e com as necessidades que iriam surgir;
3.     O que Jesus garante a eles é que Ele iria acrescentar o que comer o que beber e o que vestir e que a única preocupação deles deve ser o Reino de Deus;
4.     Na verdade Jesus está propondo um caminho de renúncia e resignação, mas se comprometendo a dar aos discípulos o necessário para a caminhada árdua que os aguardava.

Levando estes apontamentos em questão, vemos que apesar da frase ser aparentemente correta, ela está distorcendo a Verdade Bíblica. O FOCO DESTA PASSAGEM É A ENTREGA TOTAL E A CERTEZA QUE NADA FALTARÁ PARA QUE OS DISCÍPULOS PERMANEÇAM VIVOS E EM CONDIÇÕES DE ANUNCIAR O REINO. Em momento nenhum, neste texto, existe promessa de prosperidade. Pelo contrário, no início do capítulo, a ganância e o acúmulo de riquezas são condenados. Por isso, todas as vezes que você ler ou ouvir alguma coisa, não se contente apenas com a aparente coerência daquilo que está sendo dito, mas procure saber se está em harmonia com o ensino de Jesus. Não se deixe levar pelo engano. Estude a Bíblia e assim você não levará gato por lebre. Abraço a todos!



PS: depois que li a frase, fui dar uma pesquisada no cidadão que a escreveu. Particularmente não gostei de alguns ensinos proferidos por ele. Mas isso já é outra história.