27 de fevereiro de 2013

A insegurança das certezas.


Sou um pastor jovem ainda, tanto em termos de idade (quarenta e um com rostinho de vinte e cinco anos, rsrs), quanto em termos ministeriais (aproximadamente quinze anos). Por possuir um temperamento colérico e ter sangue nordestino correndo nas minhas veias, sempre fui muito determinado e convicto diante das minhas próprias certezas. Na verdade não julgo isso um problema em si mesmo, pois muitas vezes foi essa capacidade de agir de forma determinada e convicta que me deu condições de fazer muitas coisas. Mas sinto que com o passar do tempo e com as mudanças que acontecem a nossa volta e dentro de nós, percebo que nada é mais incerto do que uma certeza petrificada. Óbvio que convicções espirituais que tem por base a ortodoxia cristã, são fundamentos importantes para o desenvolvimento da vida espiritual. Mas não é desse tipo de certeza que estou falando, pois dessa não abro mão nunca mais! (algumas vezes infelizmente já abri). Estou falando daquele tipo de certeza sobre quem somos, para onde estamos indo, o que devemos fazer, como devemos fazer, quais nossas virtudes, quais nossas fraquezas, etc, etc. Sinto que muitas vezes defendi e ainda defendo determinadas posições pessoais simplesmente pelo desejo de não abrir mão da minha própria opinião. Isso é um ato de orgulho e soberba, que não contribui para o nosso amadurecimento espiritual e por isso deve ser abandonado. Então, à medida que o tempo passa mais incertezas eu tenho. E quer saber: agradeço a Deus por isso, pois devido a esse sentimento, posso continuar aprendendo, evoluindo e crescendo, certo apenas que o meu Redentor vive, reina e voltará! Já as minhas opiniões pessoais cristalizadas eu entrego a Deus para Ele mexer e remexer nelas, porque as minhas certezas não me trazem segurança.

24 de fevereiro de 2013

O comportamento peculiar de um desviado da fé.


Eu não sei qual é o melhor termo para definir alguém que abandonou a fé (sim, sou arminiano e acredito no livre-arbítrio, apesar de querer ser calvinista, mas não ter sido predestinado para ser! Rs), mas o mais comum é desviado. Não sei se gosto desse termo, mas por não conseguir me lembrar de nenhum outro nesse momento, vai esse mesmo! Quero falar um pouco sobre este grupo de pessoas interessantes, que julgaram melhor voltar para o lamaçal de onde tinham sido tirados ao invés de permanecer firmes na presença do Senhor de todas as coisas. Só essa atitude já é triste por si só, mas o que me chama a atenção mesmo é o comportamento de um desviado. Segue abaixo alguns deles, que definitivamente não entendo e acho ridículo:

1.       A primeira atitude de uma pessoa desviada é achar um bode expiatório para a sua atitude. Então, para que não se sinta culpada, é melhor culpar o pastor, o líder de célula, os irmãos da igreja e até mesmo o Papai Noel por não ter dado presente no Natal para ela;

2.       Normalmente quer deixar bem claro para todos como está feliz com o seu novo estilo de vida, utilizando para isso as redes sociais. Tem até mesmo a indecência de postar aquelas malditas fotos de biquinho ou de linguinha de fora! Triste!

3.       Começa a desenvolver um sistema de crenças particular, para saciar a sua consciência culpada! É a tal história de buscar Deus em casa, de achar que o que é importante é amar aos seus semelhantes e que não tem feito mal para ninguém. Sabe como é, né?

4.       Passa a acreditar que a Igreja de Cristo é uma instituição de homens e que existe muita coisa errada dentro dela. Fala isso como se fosse a maior novidade do planeta! É claro que tem muita coisa errada dentro da Igreja, pois ela é formada por pessoas imperfeitas! O que elas esperavam? O maravilhoso mundo de Bob?

5.       Ela se torna mais valente do que o Chuck Norris. Normalmente, enquanto estão na igreja, são pessoas tranquilas e dóceis. Desviam e se tornam desaforadas ao extremo! Ficam corajosas da noite para o dia! Falam tudo que vem a cabeça! Mas conversar olho no olho, ninguém quer, né não?

          Quero terminar esse texto dizendo que não odeio pessoas que se desviaram e desejo do fundo do meu coração que voltem para o aprisco (o caminho é o arrependimento), pois se não fizerem isso, o que as aguarda é a perdição eterna. Escrevi isso apenas para retratar como o ser – humano desprovido da graça de Deus se torna ridículo e capaz das piores asneiras, pois pare para pensar: você também não era meio idiota antes de converter?

23 de fevereiro de 2013

Uma palavra dirigida aos jovens.


Sei que não é fácil ser um carregador da Cruz de Cristo nos dias de hoje, principalmente para os jovens, que são bombardeados diariamente por um mundo de possibilidades que são contrárias a Palavra de Deus. Acredite, eu sei que não é fácil ser um jovem cristão! Mas também sei que fomos chamados por Deus para vivermos em santidade e glorificá-lo até mesmo em nosso sofrimento e renúncia. Por isso, todo jovem que deseja verdadeiramente seguir o Carpinteiro de Nazaré, precisa abrir mão de sua própria vida para viver a vida de Deus e novamente digo: isso não é fácil! Por isso mesmo é chamado de caminho estreito.
Por entender isso e por ter me convertido com quinze anos e ter vivido os mesmos dilemas que qualquer jovem vive, digo sem medo de errar: o caminho para vida está na morte! Não existe nenhuma possibilidade de vivermos segundo os nossos desejos e assim mesmo tentar ser cristão. Essas coisas são incompatíveis por natureza. Então, decida-se: quem governará a sua vida? Quem controlará as suas vontades? Quem será o centro do seu Universo?
Seja sincero ao responder essas e outras perguntas sobre vida cristã que lhe vierem à mente, porque não existe a menor possibilidade de apenas brincar de ser cristão. Primeiro porque seria uma brincadeira muito chata. Segundo porque ela conduziria você ao inferno. Seja honesto com você e com Deus e escolha a vida de santidade. Ela não é fácil, mas ela nos conduz a presença de Deus. Paz a todos!

20 de fevereiro de 2013

Eu não tomei a pílula vermelha de Matrix!


Quando eu era novo convertido, li um livro (que me recuso a citar o nome para não decepcionar alguns) que gerou em mim uma sensação de completo fracasso espiritual. Diante das experiências que o autor dizia ter tido com Deus e de como elas foram altamente íntimas e pessoais, eu olhava para a minha vida devocional e me sentia um lixo (e olha que sempre fui uma pessoa dedicada!). Parecia que aquele “homem de Deus” (não sei se é ou não), tinha acesso a um conhecimento misterioso sobre a vida espiritual que eu, um simples e comum filho de Deus não conseguia alcançar. Passado um tempo e aprendendo mais sobre as Escrituras, percebi que o conhecimento de Deus e de sua Palavra é acessível a todos que o buscam de todo coração e na dependência do Espírito. Não existe ninguém melhor ou pior. Existem apenas seres – humanos criados para o louvor da glória de Deus, tentando resgatar a sua identidade de filho. Por isso, hoje não creio em conhecimento especial e duvido de tudo aquilo que é muito diferente, muito misterioso e muito estranho. A pergunta é simples: a Palavra inspirada por Deus a homens simples que comumente chamamos de Bíblia não é suficiente? Muitos acreditam que sim (eu faço parte desse grupo), outros podem até não dizer, mas sempre tem uma revelaçãozinha diferente para empolgar o povo de Deus. Isso é muito parecido com um grupo de cristãos dos primeiros séculos que eram gnósticos, ou seja, acreditavam que existia um conhecimento superior na Palavra e que não era acessível a mentes comuns, mas apenas àqueles capazes de se entregar a verdadeira gnose (significa conhecimento). Esta heresia foi repelida pela Igreja de Cristo e considerada anátema. Graças a Deus por isso! Então, hoje se alguém começar a inventar muita coisa que está para além da doutrina bíblica estabelecida (a isso chamamos ortodoxia), desconfie dessa pessoa e julgue os seus ensinamentos. Porque apenas a Palavra inspirada já é o suficiente para nós! Voltemos ao Evangelho!


PS: o título é uma menção a experiência do Neo, que ao tomar a pílula vermelha, teve os seus olhos abertos para entender e enxergar a realidade de uma forma diferente dos seres-humanos comuns, sacou? Ele passou a ter um conhecimento especial, pois enxergou Matrix! rs

19 de fevereiro de 2013

A Teologia da Prosperidade é bíblica?


Interessante que os adeptos da Teologia da Prosperidade se apegam a textos bíblicos que são usados fora do contexto (tipo o pastor que disse que Jesus tinha casa na praia!) para justificarem as suas crenças, mas ignoram ensinos claros e irrefutáveis expostos nos Evangelhos e nas cartas de Paulo, que combatem esse desejo lascivo por dinheiro e bênçãos materiais. A esses, que tais coisam praticam, só tenho uma coisa a dizer: seja anátema!
Segue abaixo um texto lindo da Palavra da Verdade sobre esse assunto, que é apenas um entre muitos:


Se alguém ensina falsas doutrinas e não concorda com a sã doutrina de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino que é segundo a piedade,
é orgulhoso e nada entende. Esse tal mostra um interesse doentio por controvérsias e contendas acerca de palavras, que resultam em inveja, brigas, difamações, suspeitas malignas
e atritos constantes entre pessoas que têm a mente corrompida e que são privados da verdade, os quais pensam que a piedade é fonte de lucro.
De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro,
pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar;
por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos.
Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição,
pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos.
Você, porém, homem de Deus, fuja de tudo isso e busque a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e a mansidão.
Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas.
Diante de Deus, que a tudo dá vida, e de Cristo Jesus, que diante de Pôncio Pilatos fez a boa confissão, eu lhe recomendo:
Guarde este mandamento imaculado, irrepreensível, até a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo,
a qual Deus fará se cumprir no seu devido tempo. Ele é o bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores,
o único que é imortal e habita em luz inacessível, a quem ninguém viu nem pode ver. A ele sejam honra e poder para sempre. Amém.
Ordene aos que são ricos no presente mundo que não sejam arrogantes, nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente, para a nossa satisfação.
Ordene-lhes que pratiquem o bem, sejam ricos em boas obras, generosos e prontos para repartir.
Dessa forma, eles acumularão um tesouro para si mesmos, um firme fundamento para a era que há de vir, e assim alcançarão a verdadeira vida. 

1 Timóteo 6:3-19

PS: se não gosta desse tipo de discurso, reclama com o Apóstolo Paulo! rsrs

18 de fevereiro de 2013

Uma breve reflexão sobre vida comunitária.


É impressionante como em um mundo globalizado as pessoas se sentem tão sós! Creio que este é um dos motivos do Facebook ser um grande sucesso, pois ele nos dá uma sensação de estarmos interligados a outros e assim nos sentimos parte de algo. Mas o fato é que cada vez mais somos empurrados para a solidão. Nesse sentido, a igreja cristã surge como uma alternativa de vida comunitária, um espaço onde podemos nos expressar e nos sentir parte de algo que é maior do que nós mesmos. Obviamente esse não é o propósito essencial da igreja, mas ela acaba por suprir essa necessidade humana gerada pela pós-modernidade.
Até ai tudo bem, não existe problema nenhum no sentimento de pertencimento e na necessidade de fugir da solidão e encontrar amparo em outras pessoas que confessam as mesmas convicções que nós. A coisa começa a complicar quando a igreja (que não deixa de ser um grupo social) passa a ser um reduto e deixa de ser Corpo de Cristo, pois o reduto é exclusivista, já o Corpo de Cristo é totalmente inclusivo. O que isso significa? Simples, às vezes transformamos a Igreja (que é um organismo vivo e dinâmico) em igreja (que nada mais é do que um clube social estático) e quando fazemos isso, perdemos a nossa capacidade de ser sal da Terra e luz do mundo, ou seja, nos tornamos irrelevantes, meros membros de uma “gangue”, que possuem os seus próprios códigos de ética e não se comunicam mais com aqueles que estão de fora. Pelo contrário, os de fora passam a serem os grandes inimigos a serem combatidos e aniquilados.
É triste pensar que isso acontece em nosso meio, mas apenas ignorar o problema não vai fazer com que ele deixe de existir, não é mesmo? Então, creio que é uma hora de sairmos da nossa toca, do lugar seguro e aconchegante que criamos para nós e os nossos filhos, e nos tornarmos cartas vivas para um mundo que perece por falta de entendimento. Você está disposto a fazer isso?

16 de fevereiro de 2013

Sobre os gays e toda essa frescura!


Primeiramente quero dizer, como bom corintiano que sou, que este post não é sobre o time do São Paulo. Isto posto, parto agora para uma pequena reflexão feita por alguém não muito capaz, ou seja, eu mesmo! Sobre os gays, quero dizer que não acredito nessa babaquice gospel que diz existe uma ditadura homossexual sendo tramada nos bastidores contra a Igreja de Cristo, porque se acreditar nisso, acreditarei que o Senhor da Igreja é fraco e não consegue defender sua própria Noiva! Sei que existe um movimento militante nessa área, como qualquer outra parcela da sociedade tem (diga-se de passagem, isso é um direito constitucional!), mas também sei que existe uma maioria que nem ao menos entende ou concorda com toda essa discussão. Na verdade quem lucra com isso, são apenas os grandes representantes de ambos os lados!
Outra coisa, importante ser dita é que acredito que a natureza humana foi corrompida pelo pecado e por isso qualquer forma de relacionamento diferente daquele instituído nas Sagradas Escrituras é pecado (fornicação, adultério, homossexualismo, etc, etc). Mas também sei que essa é uma convicção religiosa e que a sociedade não tem obrigação de concordar. Para falar a verdade, eu estranharia se ela concordasse! Para mim, que professo a fé cristã, homossexualismo é pecado. Isso não significa que vou impor meus padrões morais para outros e nem ao menos discriminá-los por causa disso. Significa apenas que acredito que isso é errado e por assim ser, separa quem o pratica de Deus, como qualquer outro pecado.
Também preciso dizer que ficar tentando defender a Igreja de Cristo não é uma atitude inteligente, porque sabemos que o final dela é glorioso (Apocalipse diz isso!). Parece que temos medo que esse “problema” invada as nossas igrejas e contamine nosso povo. Amados, temos problemas mais sérios DENTRO para resolver. Tá na hora de acordar! E quer saber, esse discurso que representa um segmento conservador da igreja, não trás respostas sobre como lidar com esse desafio dentro da igreja, ou seja, como discipular pessoas com a identidade sexual distorcida. Ele apenas quer ver essas pessoas longe dos seus muros! Triste! E sabe o que acontece, é que aqueles que deveriam possuir respostas, apenas geram rejeição. Então, proponho algo: vamos parar de usar clichês evangélicos e de ir na onda de pregadores que querem se autopromover com essa discussão e vamos buscar alternativas para os problemas familiares e sexuais que assolam a igreja e a sociedade. Acho que isso seria mais útil e mais cristão!
                Ah! Ia me esquecendo: a frescura a qual me refiro no título é nossa e não deles! Porque esse papo de “vamos defender a igreja” é papo de cabra fresco, que tem medo de encarar as realidades sociais que o cercam e fica nesse blábláblá! rsrsrs

13 de fevereiro de 2013

Por que o culto tem que ser legal?


C. S. Lewis em seu livro ORAÇÃO: CARTAS A MALCOLM, comenta sobre a importância do culto litúrgico. Segundo ele, quando sabemos exatamente o que vai acontecer semana após semana em nossos cultos dominicais, estamos livres das distrações das novidades e assim podemos no dedicar a contemplação sem distrações sensoriais. Quando li isso, escrito de forma bem melhor do que escrevi, é óbvio, fiquei encantado com a perspectiva dele sobre o valor da tradição litúrgica (ritual formal e pré-definido). E pensando sobre o assunto, cheguei a conclusão que ele tem razão sobre isso. Não tenho nada contra novidades saudáveis introduzidas na celebração coletiva da igreja, mas o fato é que hoje me parece que isso se tornou quase que uma necessidade religiosa. Se não existe nada novo, então o culto fica meio sem graça e sem a capacidade atrativa que julgamos que ele precisa ter. Isso é um pensamento equivocado, pois na verdade, a única coisa que realmente importa em um culto a Deus é a contemplação da sua glória e distrações não contribuem com isso. São boas para os sentidos humanos, mas péssimas para a devoção (sem generalizações obviamente).
Mas creio que existe gente preocupada com isso nos dias de hoje, pois percebo que existe um movimento que não possui mentores e nem ao menos organização clara, mas que é algo que o Espírito Santo de Deus tem feito, no sentido de nos levar a considerar as veredas antigas. Muitos estão tão cansados dos discursos triunfalistas, das estratégias para atrair pessoas, dos pregadores que mais parecem animadores de auditório, que apenas almejam voltar ao Evangelho do Calvário, onde predomina a simplicidade e a beleza do Cristo morto, mas ressuscitado e glorificado. Aquele tipo de mensagem e aquele tipo de igreja que não aponta para as conquistas deste presente século, mas para a glória que há de vir, na volta do nosso Senhor e Salvador. Muitos (e graças a Deus por isso!) estão dizendo não a mentira que vem disfarçada de verdade e estão decidindo abraçar o Evangelho que liberta o ser-humano de si mesmo e o conduz a uma vida de renúncia total. Então que venha esse novo momento, gerado no coração de Deus e que encontra espaço no coração de homens e mulheres que não querem entretenimento evangélico. Querem apenas contemplar a glória de Deus e reagir positivamente a isso. E se as distrações criadas por homens tem nos atrapalhado, que sejam eliminadas do meio da igreja, em nome de Jesus!

12 de fevereiro de 2013

Método, Visão, Modelo e outras "cositas" mais!


O mercado de consumo gospel funciona nos mesmos parâmetros do mercado de consumo secular. Precisamos sempre de uma novidade, de algo que vai revolucionar a igreja, que vai fechar a porta dos fundos, impedindo que os novos adeptos saiam, de uma forma de manter os jovens dentro e envolvidos, enfim precisamos de novidades e mais novidades. E posso garantir que na prateleira gospel tem vários produtos para aqueles que têm sede e necessidade de soluções imediatas para problemas crônicos que enfrentam dentro das quatro paredes de sua igreja local.
Sobre isso quero dizer que já faz algum tempo que me desiludi com tudo isso. E quer saber, dou graças a Deus porque isso aconteceu! Não acredito mais nessa baboseira de que um modelo, uma visão ou uma estratégia É A RESPOSTA DE DEUS para a igreja. Creio que tudo isso é necessário para que uma estrutura local ou denominacional funcione com o mínimo de organização e responsabilidade. Mas definitivamente, Deus não tem compromisso com nenhum modelo específico criado por homens (e todos eles são criados pela mente humana!)! O compromisso de Deus é com a sua própria glória se manifestando através da igreja. Isso é possível através da correta exposição do Evangelho da Verdade, que exalta a Cruz de Cristo e a sua obra redentora. Se uma igreja vive a partir desse entendimento, ela fatalmente será bem-sucedida, mesmo que não atinja as multidões. Todo modelo ou visão são apenas um vislumbre opaco da multiforme sabedoria de Deus. Deificar um modelo é uma grande estupidez! Eles servem para servir, nada mais!
Enfim, digo com paz no meu coração que o segredo do sucesso ministerial, está na subordinação à mensagem da cruz. Quando fazemos isso, devolvemos a Igreja ao seu legítimo dono, que sabe cuidar muito bem dela. Acho que todos sabem de quem estou falando, né?

9 de fevereiro de 2013

Somos eternos aprendizes.


É estranho como cada pessoa reage ao novo. Alguns resistem, outros ponderam e ainda existem aqueles que se entregam de corpo e alma a ele. Quando estamos tratando da questão da aprendizagem teológica, as reações não são diferentes. Cada cristão, independente da posição que ocupa na hierarquia religiosa, vai agir de acordo com uma dessas três formas. Creio que isso seja algo totalmente normal e é importante que seja assim, porque, do meu ponto de vista, existe certa complementaridade nessas reações e isso é altamente protetivo para o Corpo de Cristo. Mas, seja qual for a nossa reação primária, creio que diante de um novo ensino, que necessariamente não é uma novidade, deveríamos estar abertos para considerá-lo e se necessário for, refutá-lo de forma bíblica. Agindo assim, não apenas continuaremos aprendendo, mas também nos depararemos constantemente com a nossa própria ignorância e necessidade de reconhecer que não sabemos quase nada, principalmente quando o assunto estudado é o próprio Deus (teologia = estudo de Deus). Por isso, incentivo a todo cristão que verdadeiramente deseja conhecer a Deus, que se entregue ao estudo cuidadoso da Palavra e se aprofunde no conhecimento teológico, pois isso contribuirá não apenas para nosso aprendizado, mas também para quebrar nossa altivez e pedantismo.

7 de fevereiro de 2013

Sobre a entrevista do Malafaia no programa da Gabi.


Eu tinha dito para mim mesmo que não ia comentar, mas não resisto, é mais forte do que eu! Quero emitir minha opinião sobre a entrevista e sabe o que é mais interessante nessa história, é que eu nem vi a mesma. Não vi no dia, não vi depois. Para mim esta entrevista é igual o filme Titanic, que para aqueles que me conhecem, sabem que eu me recuso terminantemente a ver! Não adianta, não vou ver! Mas mesmo assim tenho considerações sobre ela. Na verdade, é mais um exercício de adivinhação gospel (misericórdia!). Segue abaixo uma lista de situações que, provavelmente aconteceram nessa entrevista:

01.   Ele não deixou a Gabi falar e praticamente conduziu a entrevista (infelizmente sofro do mesmo mal);

02.   Em algum momento, ele disse que estava ali defendendo ou representando os líderes evangélicos ou a igreja (todas as vezes que se apresenta em público, de alguma forma, direta ou indiretamente, ele diz estar falando em nome da igreja);

03.   Ele usou bastante gíria da malandragem carioca (nada contra, porque moro na quebrada, tá ligado!);

04.   Ele citou a PL 122 e falou sobre a lei da mordaça (essa é uma discussão complexa e não deve ser tratada de forma superficial, como tem sido feito. Não devemos impor nossa moralidade cristã para um mundo não – cristão. E outra, como os homossexuais tem os seus direitos, NÓS também temos como cristãos (direito de credo);

05.   Em algum momento da entrevista, ele disse que era psicólogo ou citou o seu vasto currículo intelectual (citar a sua formação e o que você já leu ou sabe, cria a sensação de intelectualidade);

06.   Ele gerou no coração de muitos cristãos que estavam vendo que o santo venceu o profano num debate televisivo (eu não entendo esse desejo estranho dos cristãos de serem compreendidos e respeitados pela sociedade. A mensagem de Deus é loucura, esqueceram? Além disso, nesse tipo de debate quem ganha é a emissora e o convidado. Ninguém mais!);

07.   Ele citou versículos fora do contexto para justificar as suas posições teológicas (é a única forma de explicar o inexplicável);

08.   Ele afirmou de pé junto que não é dono da fortuna que a Forbes disse que ele tem e deu um jeito de provar isso (sabemos que no Brasil, a coisa mais fácil do mundo é ocultar dados financeiros. E para quem não sabe, igreja e associação são um dos caminhos mais fáceis para isso. Além dos laranjas, é óbvio!);

09.   Ele defendeu a família e os valores morais da igreja com todo “amor e carinho” (a forma como ele fala não é problema. Mas insisto, a moralidade cristã não interessa ao mundo caído. Ela é importante para nós e muitas vezes não as temos vivido);

10.   Ele falou muita coisa boa e que tem sentido, mas foi controverso em outras (somente falar bobagem não credibiliza o discurso).

Bom, acho que tinha mais alguns palpites para dar, mas esses já são o suficiente. Não me interessa se ele é rico ou não, se ele é famoso ou não, se ele é polêmico ou não. Para falar a verdade, nem mesmo a pessoa em questão me interessa! O que me preocupa é o senso comum, a distorção de princípios e a ênfase exagerada no homem (popstar gospel). Além disso, me preocupa também a incapacidade da igreja brasileira de fazer avaliações mais racionais e coerentes sobre qualquer tema ou sobre qualquer pessoa (se isso se fizer necessário) sem cair para a vala comum de chamar aqueles que fazem isso de rebeldes, ciumentos, amargurados, etc. Ninguém está isento do erro e por incrível que possa parecer, o Silas Malafaia também não está!

PS: quem viu a entrevista, pode dizer: acertei um tanto, né não? E outra coisa: que camisa era aquela que ele estava usando, my God!!!

3 de fevereiro de 2013

Um breve pensamento sobre a graça de Deus.


Estou muito convicto de algo e creio que a cada dia que passa essa certeza somente vai ser cristalizando dentro de mim. Creio que a única forma de compreendermos de forma intensa e pura o amor e a graça de Deus, passa pelo entendimento inequívoco da nossa condição pecaminosa diante dEle. Ou seja, o amor de Deus se revela em sua plenitude quando nos deparamos com a sua Santidade. Quando isso acontece, percebemos que a única coisa que podíamos e merecíamos receber dEle seria a condenação eterna. É nesse momento, quando a perfeição de Deus se encontra com a imperfeição humana, que a sua grande graça e misericórdia se revela a nós, pois ao invés de recebermos a justa punição pelos nossos pecados, somos elevados à condição de filhos. Impactado por essa verdade, a única coisa que nos resta é a dedicação irrestrita a Ele, como servos inúteis, que encontraram perdão para a suas culpas e agora podem viver e morrer para o seu Senhor.

1 de fevereiro de 2013

Deus não é devedor de ninguém!


Deus é Soberano e Perfeito em seu Senhorio e Majestade. Por isso, nunca, absolutamente nunca, Ele se torna devedor de homem algum! Tudo que fazemos, não significa nada diante daquilo que Ele fez por nós. Então pensar em mérito diante de Deus devido as nossas obras ministeriais, além de ser uma grande estupidez, também é uma heresia absurda! Repito: DEUS NÃO É DEVEDOR DE NINGUÉM! E se você pensa diferente disso, é porque ainda não compreendeu o Reino de Deus em sua perfeição, plenitude e verdade.
Por que estou dizendo isso? Porque existem líderes que pensam que por Deus não desejar ser devedor de ninguém, Ele nos abençoa até o limite das nossas obras meritórias. Depois disso, se não estivermos sendo fiéis as nossas figuras de autoridade (diga-se de passagem, muitos ainda não entenderam que não são deuses!), Ele derrama sobre nós o seu juízo! É mais ou menos assim, se você fez algo bom, ministerialmente falando, e a partir de um momento, começa a fazer algo ruim do ponto de vista desses líderes (nada pior para eles, do que deixar de estar com eles! Pecado imperdoável!), Deus te abençoa até pagar a conta que Ele tem com você, porque você fez boas coisas na época da “aliança e honra”. Quando a situação fica quitada, então Ele começa a reprovar você, porque Ele não quer ficar devedor de ninguém! Parece piada, mas existem líderes que pensam assim! Como eu durmo com um barulho desses!

A diferença entre Respeito e Idolatria a líderes!



Quando estudamos História da Igreja, percebemos que os cristãos dos primeiros séculos tinham uma relação de admiração e respeito pelos pais apostólicos da igreja, bem como pelos seus mártires. A isso se dava o nome de dulia (veneração), que conceitualmente era diferente de latria (adoração). Eles entendiam que esta última era destinada apenas a Deus e a mais ninguém. Baseados nisso, muitos tinham dulia por Maria (mãe d Jesus) e pelos santos homens de Deus. Com o passar do tempo, creio eu, por uma visão teológica distorcida e também pela natureza pecaminosa e icônica do ser – humano o que era apenas dulia tornou-se latria e aí foi o início do fim. Para elevar Maria e outros santos a condição de intercessores diante de Deus, foi um passo (não pense você que isso é coisa da Igreja Católica, pois no início não existia esta separação). Se, nos dias de hoje, não vigiarmos, aquilo que deveria ser apenas dulia (respeito, admiração) por líderes e pastores, vai ser tornar latria (adoração), se é que isso já não está acontecendo! Saiba que o próprio Deus se encarregará de condenar essa forma de pensar. Se não hoje e agora, no futuro, quando todos compareceremos diante do Trono Branco. Por isso, uma sugestão a todos que temem a Deus: tome cuidado! Não deixe que essa mentalidade ocupe lugar em sua mente e ensine a outros, para que isso não se alastre, porque o dia da ceifa vai chegar!