29 de fevereiro de 2012

A religião é o ópio do povo.

Toda crise de abstinência é um gigante a ser vencido por aquele que a vivencia. O organismo clama pelo entorpecente que o mata gradativamente, mas ao mesmo tempo lhe traz êxtase. Por isso, o dependente luta entre o certo e o errado, entre o momentâneo e o permanente e entre o prazer e a sobriedade. É uma guerra difícil de ser vencida!
Neste contexto, a religião é uma droga que vicia rapidamente e se livrar dela requer muito esforço, pois a crise de abstinência é agressiva e intensa! Volta e meia queremos voltar às velhas práticas superficiais e pecaminosas e a uma forma de pensar humanista. Lutamos com todas as nossas forças para manter o controle das nossas vidas (sintoma claro desta droga chamada religião) e manter tudo nos seus devidos lugares. No meio da crise de abstinência religiosa, enfrentamos até mesmo a Deus e os seus princípios, porque não queremos de modo algum abandonar aquela sensação estranha e cômoda causada por uma espiritualidade farisaica. E como todo dependente, inventamos desculpas e mentiras para justificar nossos erros e recaídas. Também somos acometidos por inúmeras crises pessoais interiores, na busca de respostas para a avalanche de perguntas que consomem nossa alma. É assim a vida de um dependente religioso.
Mas, felizmente, para tudo existe uma solução! Neste caso, o remédio se chama conhecimento da graça de Deus, misturado com o conhecimento da verdade do Evangelho. Essa fórmula, pode libertar qualquer pessoa, inclusive aquele que vive na religiosidade.

24 de fevereiro de 2012

Relacionamentos.

No dia-a-dia pastoral, eu percebo que um dos maiores desafios que as pessoas enfrentam está ligado a relacionamento interpessoal. Para muitos, essa é uma área traumática, difícil e desgastante. Muitos preferem se isolar devido a esses fatores, pois não querem sofrer ou se estressar.  Por isso, gostaria de fazer algumas considerações a respeito deste assunto:

1.       Relacionamento é difícil, mas também é indispensável para a existência humana. Então, se você é desse planeta, não pode fugir dele;

2.       Relacionamento é lugar em que um dia você é a caça, mas no outro o caçador, ou seja, um dia você é ferido, mas no outro você fere. Por isso, pare de reclamar e entenda que você também erra;

3.       Relacionamento serve para aprendermos a valorizar o outro e concentrar a nossa atenção mais em suas virtudes do que em seus defeitos. Se você não consegue fazer isso, você não serve para ser amigo de ninguém;

4.       Relacionamento tem sido o caminho pelo qual Deus trata a nossa vida. Se não fosse assim, prá que Ele criou a Igreja?;

5.       Relacionamento é algo que dá significado a nossa existência. Posso te garantir, vive melhor quem cultiva boas amizades.

Bom, aí estão algumas reflexões básicas sobre este assunto. Espero que isso o ajude a se aprimorar na arte do relacionamento!

PS: não pensei em um título melhor, por isso fica esse aí mesmo!!!

Fácil, extremamente fácil!

Hoje não sei por que cargas d’água estava ouvindo uma música antiga do Jota Quest chamada Fácil. Nela, tem uma parte que diz assim: “fácil, extremamente fácil, prá você e eu e todo mundo cantar junto”. Esse trecho me fez pensar no tipo de mensagem que temos pregado nos púlpitos de nossas igrejas. Sei lá, parece até que esse trecho dessa música é uma referência ao estilo de vida cristã atual, ou seja, algo fácil prá todo mundo praticar junto, sem ninguém se incomodar e fazer apenas aquilo que lhe der na cabeça.

Isso não me parece em nada com o Evangelho do Mestre dos mestres, que sempre pregou a sublimidade do caminho cristão, deixando claro que o mesmo não era o mais fácil a ser trilhado, chamando-o até mesmo de caminho estreito. Mas para que se preocupar com essas coisas? Prá que ficar falando de morte, renúncia, sofrimento, cruz e outras coisas “chatas” que tanto nos incomodam? Melhor é pregar algo fácil, extremamente fácil, prá você e eu e todo mundo cantar junto, não é mesmo?

23 de fevereiro de 2012

Eu não quero mais ser evangélico!

A moda é escravizadora. Ela impõe sobre nós padrões de conduta e valores que não podemos questionar, com o risco de sermos discriminados e até mesmo achincalhados por causa disso. A moda é ditatorial e opressora em todas as suas manifestações.

Evidente que a Igreja de Cristo não ficaria livre da influência desta besta de sete cabeças! Padrões de comportamento, modelos litúrgicos, fórmulas de crescimento de igreja surgem a todo o momento, como o padrão que deve ser seguido. Isso nada mais é do que MODA! Podemos chamá-la de moda evangélica, pois é direcionada para o público gospel. Mas o negócio é o seguinte, todas essas “coisas” evangélicas são muito irritantes e com o tempo se tornam um fardo a ser carregado, tornando o Evangelho de Jesus Cristo em algo estranho, disforme e malcheiroso.

Por isso eu digo que não quero ser evangélico. Prefiro ser cristão e viver a loucura do Evangelho de Cristo. Prefiro viver na contramão deste mundo (até mesmo do mundo gospel). Prefiro ser um eterno inconformado, que muitas vezes não é compreendido, mas vive em paz com a sua própria consciência diante de Deus. Sei que não é fácil viver assim, mas é assim que decido viver. E se você, como eu, também está cansado de ser evangélico, dê o seu grito de liberdade e assuma: EU SOU CRISTÃO! Decidi imitar a Jesus Cristo!

Não é fácil viver para Deus!

Viver para Deus definitivamente não é algo simples. Não é à toa que o Evangelho define a caminhada cristã com um caminho estreito, pois se desejamos seguir a Cristo precisamos morrer diariamente para nós mesmos. Além disso, cada vez que nos aproximamos mais de Deus, mais nítido e exposto ficam nossos erros, defeitos e pecados e eu posso te garantir por experiência própria que essa não é uma situação agradável. Mas quando isso acontece, devemos entender que este é o caminho para a vida eterna, onde viveremos diante da Perfeição Absoluta, que é Deus.
Se me perguntassem o que é mais fácil, eu diria que viver a vida sem Deus é mais fácil! Mas a questão é que isso é uma perspectiva humana sobre algo espiritual. No Reino de Deus, nem sempre o que é mais fácil, de fato é o certo a ser feito! Por isso insisto: viver para Deus não é algo simples e muitas vezes é até mesmo doloroso. Só que a dificuldade e o sofrimento de hoje, gerará a vida e a plenitude por toda eternidade.

17 de fevereiro de 2012

Vida cristã radical.

Não há como negar a radicalidade do Evangelho com relação à vida cristã. O que nos é proposto nele é um estado de completa derrota para o Espírito Santo. Ou somos vencidos por Deus e os seus propósitos, ou ainda não compreendemos o Evangelho em sua integralidade.
Mas é claro que sempre tentamos dar um jeitinho nas coisas. Queremos eliminar da vida cristã aquilo que nos incomoda e que exige de nós mais do que estamos dispostos a fazer. Para isso, chegamos ao cúmulo de distorcer princípios bíblicos claros e até mesmo colocar palavras na boca de Deus e isso nada mais é do que blasfêmia.
Por isso, se desejamos viver o Cristianismo como ele é não podemos transformá-lo em apenas mais uma atividade em nossa agenda lotada de afazeres. Ser cristão é mais do que isso e viver o Evangelho exige de nós comprometimento total e irrestrito. Então, não se esqueça: Deus não quer apenas parte da nossa vida. Ele a quer por inteiro e sem restrições! 

15 de fevereiro de 2012

Maduros na fé.

Quero compartilhar um pensamento que te me ocorrido nestes últimos meses a respeito da necessidade humana de estar sempre tendo que dar manutenção em suas expectativas pessoais. Devido a nossa instabilidade emocional, precisamos sempre ser lembrados e impulsionados em direção aos nossos objetivos. De fato, isso é algo normal e acontece em todos os setores da sociedade.
Mas, em minha opinião, quando isso se torna uma prática rotineira em nossa vida cristã, então creio que temos um problema a ser resolvido. Não podemos transferir para recursos externos, aquilo que o Espírito Santo faz em nossa vida, que é nos impulsionar em direção comunhão com o Pai. Não podemos depender de recursos motivacionais para sermos e fazermos aquilo que, como cristãos, sabemos que é nosso chamado, pois todas as vezes que fazemos isso, colocamos as nossas expectativas em coisas erradas e sendo assim, o caminho para a desilusão está traçado. Agir assim é agir como criança!
Precisamos aprender a viver pela fé, independente das circunstâncias a nossa volta. Precisamos fazer a obra do Reino, sem que precisemos de constante estímulo humano para isso. Precisamos buscar a Deus, mesmo que ninguém nos incentive a isso. Quando procedemos assim, demonstramos que somos maduros na fé, e com certeza, esse é o padrão de Deus para seus filhos!

12 de fevereiro de 2012

A presença de Deus é tudo!

Ultimamente ando meio melancólico. Tão melancólico quanto um colérico – fleumático pode ser, obviamente! Tipo, não choro quando vejo filme romântico, ou quando vejo uma borboleta pousar numa flor, mas me emociono e, às vezes, muito esporadicamente, chego a chorar por causa de alguma situação. Como, por exemplo, quando estava vendo um vídeo no youtube de uma canção do Sovereign Grace intitulada “Tudo que eu tenho é Cristo”. A música é linda, mas o que me desmontou foi o final da animação, quando o jovem morto por amor a Cristo, corre em direção a Deus. Achei aquilo simplesmente lindo e expressivo! Fez-me lembrar de que não temos aqui morada permanente, mas aguardamos a morada eterna que há de vir. E para isso, suportamos o que for necessário, para que em tempo oportuno, possamos contemplar a maravilhosa face de glória do Deus Pai!

11 de fevereiro de 2012

Estou me tornando uma pessoa intolerante!

Quanto mais o tempo passa, mais intolerante eu me torno! Deveria ser o contrário, pois dizem que com a idade vem a maturidade e a paciência. Mas comigo tem acontecido o inverso. Não sei bem ao certo porque, mas o fato é que a cada dia tenho tido menos paciência com determinadas atitudes e comportamentos e porque não dizer com determinadas pessoas também (neste caso, minha impaciência não é com as pessoas propriamente dita, mas com o que elas representam). Já não aguento mais ouvir mensagem que não aponte para a cruz de Cristo, que é focada apenas nas nossas necessidades humanas banais. Não suporto gente dizendo que é ministro de Deus e cobra cachê (alto, diga-se de passagem) para cantar ou pregar o Evangelho que ele recebeu de graça, tendo como justificativa, que se não fizer isso, será explorado. Melhor seria não se identificar como ministro do Evangelho e sim como artista ou palestrante (ficaria menos feio, não é mesmo!). Causa - me ojeriza o mercado gospel brasileiro, cheio de gente buscando um lugar ao sol. Quanta futilidade! Para falar a verdade, eu hoje detesto esta palavra “gospel”. Prefiro ser chamado de cristão, pois sou um seguidor de Cristo, afinal de contas! Tenho pavor do comércio escancarado que virou a igreja de Jesus em alguns segmentos. Queria mais é que Jesus expulsasse os vendilhões do templo, que tanto trazem vergonha para o nome dEle! Me dá calafrios na espinha as negociatas evangélicas em busca de poder e evidência. Associamo-nos muitas vezes com quem não é digno da nossa unção e assim a barateamos. Onde vamos parar fazendo isso! Será que não aprendemos nada com o exemplo de Constantino! (se você não sabe quem é esse cara é melhor você estudar um pouco História da Igreja!). Se você acompanha este blog ou já leu algum post dele, conhece a minha real situação, pois estou me tornando repetitivo. Na verdade, não desejo escondê-la de ninguém. A gente cansa de bater palma para doido dançar! Por isso, estou fugindo do que me causa urticária espiritual e buscando viver da forma mais simples possível! Não sei se consigo, mas estou tentando. O processo de desintoxicação não é fácil! Enquanto isso, compartilho aqui toda a minha intolerância e impaciência. E que Deus me ajude a suportar e superar tudo isso! 


10 de fevereiro de 2012

A preocupante condição da igreja de Cristo

Gostaria de transcrever aqui um trecho de um artigo escrito por A. W. Tozer, chamado “Afirmação e Negação”. Segue adiante parte deste precioso artigo:

“A atmosfera moral contemporânea não favorece uma fé musculosa e rija como a fé ensinada pelo nosso Senhor e seus apóstolos. Os santos delicados e quebradiços, que estão sendo produzidos em nossas estufas religiosas hoje em dia, dificilmente podem ser comparados com os crentes consagrados e dispostos a consumir-se, que no passado deram testemunho de Cristo entre os homens. E a culpa está com os nossos dirigentes. São tímidos demais para dizerem ao povo a verdade toda. Pedem aos homens que dêem a Deus algo que não lhes custe nada. Nossas igrejas, nos dias atuais, estão cheias de uma casta de cristãos moles que precisam ser alimentados com uma dieta de diversão inócua para manterem-se interessados. De teologia pouco sabem. Dificilmente algum deles leu um dos grandes clássicos cristãos, mas a maioria está familiarizada com ficção religiosa e películas arrepiantes. Não admira que a sua constituição moral e espiritual seja tão frágil. Tais pessoas só podem ser consideradas como fracos aderentes a uma fé que nunca entenderam realmente.”

O que mais me chama a atenção neste escrito profético é o fato dele ter sido escrito para a Igreja de Jesus nos Estados Unidos, na década de 60. Isso mesmo, já se passou mais de 50 anos desde que isso foi escrito e o mais surpreendente é que se encaixa perfeitamente em nossa realidade religiosa brasileira atual! Dentro disso, duas coisas me chamam a atenção: a primeira é a insistente ignorância e falta de zelo da igreja, pois temos repetidos os mesmos erros por anos a fio. A segunda é o desejo de contribuir de alguma forma com a mudança desta triste realidade. Particularmente, com um desses dirigentes citados no texto, não quero olhar para trás e perceber que eu não fiz nada para transformar esta triste e preocupante condição.

9 de fevereiro de 2012

Fé ou Sentimentos?

Eu sou pastor e como tal, estou acostumado a ministrar a Palavra de Deus para as pessoas. E neste contexto, é interessante observar como cada um reage diante da Verdade de Deus. Temos todos os tipos de reações emocionais diante do ensino das Escrituras: euforia, tristeza, alegria, êxtase, indiferença, etc. Pessoas são diferentes e reagem diferentemente ao ensino a que são expostos. Mas o fato é que não são os sentimentos que envolvem este momento que definem como será o desenrolar da vida de uma pessoa que ouve a Palavra de Deus. De fato, isso pouco importa! O que molda a atitude de um cristão diante de uma revelação de Deus é a convicção com a qual ele recebe a Palavra e como ele permite que ela mude a sua vida! Isso nada tem relação direta com sentimentos ou palavras, mas com fé, ou seja, a plena certeza das coisas que não se enxergam. Confesso que viver por fé não é uma tarefa fácil, pois muitas coisas a nossa volta e até mesmo dentro de nós conspiram contra isso. Mas não existe alternativa para um filho legítimo de Deus senão agir por convicção na Palavra do próprio Deus! Quando entendemos essa grande verdade do Reino, não permitimos que absolutamente nada abale nossa vida cristã e preservamos com todas as nossas forças a unção de Deus sobre as nossas vidas. Então, diante de uma verdade bíblica, a única atitude aceitável e correta é crer e agir por fé, em nome de Jesus! 

6 de fevereiro de 2012

Confissões do Pr. Hildebrando

O Pr. Hildebrando é um personagem fictício, mas com certeza, podemos encontrar vários Hildebrandos por aí, inclusive dentro de nós!

Por muito tempo, como ministro da Palavra de Deus, vivi iludido pelo desejo de sucesso ministerial. Talvez pelo ambiente em que fui discipulado ou apenas por causa da cobiça desnecessária que existe dentro de cada um de nós, eu vivia preocupado em provar para mim mesmo e para as pessoas que estavam a minha volta que eu era um líder de êxito. Associava sucesso à quantidade de pessoas em minha igreja e ao grau de influência no ambiente em que vivia. Na minha ignorância, avaliava a igreja e o meu ministério baseado em princípios meramente empresarias e pragmáticos. Números e mais números. Estratégias e mais estratégias. Metas e mais metas. Esgotei – me com isso tudo e o que é pior, sufoquei as pessoas que andavam ao meu lado. Decepção!
           
As verdades do Reino já não eram mais importantes, pois a única coisa que importava era meu êxito pessoal. Vivia dizendo que era um pregador do Evangelho, mas não me preocupava mais em ensinar a Verdade, pois toda minha energia estava concentrada em manter o povo animado e bem disposto. Vergonha!

Também não estava nem um pouco preocupado com o bem-estar daqueles que estavam ao meu redor. Eles eram apenas um meio para eu obter os meus fins. Importar-me porque? Pensava comigo mesmo. Que Deus cuidasse dos seus próprios filhos, pois eu tinha mais o que fazer, afinal os congressos, as reuniões de líderes, os grandes eventos e toda a programação religiosa com a qual eu estava envolvido tomava todo meu tempo. Triste realidade!

Chegou um tempo que eu não sabia mais o que fazer. Senti o meu castelo de cartas desabar! Estava triste, frustrado, cansado e vazio! Olhava ao meu redor e via que tinha construído muita coisa, menos um altar para Deus. Isso me causou grande dor! Pensei em desistir, em jogar tudo para o alto e dar outro rumo para minha vida. Foi quando entreguei os pontos e me rendi a Deus! A minha vida então mudou e junto com ela, o meu ministério. Deus renovou minha alegria, corrigiu a minha rota e me fez entender importância de viver unicamente para sua glória. Hoje, não me preocupo mais com números, com resultados, com reconhecimento ou aceitação, porque sou totalmente livre para fazer o que Deus me mandou fazer! O que posso dizer então: A Ele toda honra, toda glória e todo louvor, pois somente Ele é digno! Aprendi a viver melhor porque vivo só para agradar a Deus. Aleluia!

3 de fevereiro de 2012

De quem é a culpa?

Estudiosos da igreja brasileira e de sua real condição nestes dias afirmam que já existe uma igreja de desviados do mesmo tamanho da igreja congregada. Eu não sei se isso é fato ou não, mas podemos afirmar que existem muitas pessoas desistidas da fé espalhadas por este Brasil de meu Deus! A pergunta que surge dessa constatação é: de quem é a culpa?
         Responder essa pergunta não é tão fácil como parece, pois envolve vários fatores e divide opiniões. Mas eu gostaria de abordar aquilo que eu julgo ser o ponto central desta discussão e assim tentar responder a essa pergunta de uma forma satisfatória. Eu penso que o maior responsável por uma pessoa se desviar é ela mesma. Não acredito que podemos transferir para a igreja institucional e para as pessoas que dela participam, a culpa pela desistência de alguns. Isso não significa que não precisamos avaliar que tipo de mensagem temos pregado e como temos lidado com os nossos problemas internos. Creia, essa avaliação se faz necessária urgentemente! Mas, eu sei que ninguém abandona a fé por motivos religiosos externos. Pessoas abandonam a caminhada cristã porque desistiram de renunciar a própria vida por amor a Cristo.
      Por mais que tentemos lançar a responsabilidade sobre terceiros, o fato é que se alguém esperou encontrar perfeição em uma instituição ou em outra pessoa, se equivocou e criou falsas expectativas em torno daquilo que não é o motivo maior da nossa fé. Pessoas falham, instituições falham, mas Jesus não! Podemos até abandonar uma igreja (considero isso um erro!), mas não temos autorização para abandonar o nosso Salvador. Quando fazemos isso, precisamos assumir que a culpa é exclusivamente nossa! 

2 de fevereiro de 2012

Big Brother Brasil

Eu ainda não consigo entender porque tanta implicância com o Big Brother Brasil (BBB). Que o programa é um lixo, todos nós sabemos. Que é uma afronta aos princípios de moralidade que nós defendemos, isso também já sabemos. Mas o que eu não entendo é o fato de fazermos deste programa, o bode expiatório da televisão brasileira. Se alguém não gosta de um programa, é simples: mude de canal! Às vezes, acho que existe um pouco de exagero nestas campanhas, quase uma perda de tempo. O mundo vai de mal a pior. O pecado prolifera e o BBB é apenas o reflexo deste quadro pecaminoso. O que estamos esperando? Uma sociedade totalmente evangélica? Uma televisão totalmente pura e santa? Isso é uma grande ilusão!
Na verdade, o que me preocupa bastante, é como a igreja de Cristo tem se relacionado com os meios de comunicação. Isso sim me preocupa, pois acredito que os fins não justificam os meios! No anseio de nos mostrarmos nas grandes mídias, às vezes passamos por cima de princípios e valores do Reino de Deus, ignorando assim, ensinamentos básicos da vida cristã. Não sei o que você pensa, mas o nosso grande problema não é o BBB ou qualquer outro programa imoral que é transmitido pela TV. Nosso maior problema está no fato de sermos tentados e não resistirmos aos apelos sedutores da grande mídia e se preciso for, negociar até mesmo as nossas convicções para estar nela, porque, infelizmente, nos bastidores da notícia, nem todo cristão é santo!

1 de fevereiro de 2012

Pérolas aos porcos.

Tomei uma decisão radical em minha vida e no meu ministério: decididamente não vou mais jogar pérolas aos porcos! Não estou disposto a perder meu precioso tempo com pessoas que não querem viver o Evangelho de Jesus e somente estão procurando satisfazer as suas próprias necessidades, ocultar seus pecados e viver em função das suas próprias opiniões. Não creio que nosso papel como mensageiros do Evangelho seja criar formas para estimular as pessoas a se manterem na igreja, como se isso fosse um favor que estivessem fazendo para nós. As pessoas mudam e esta geração é diferente da anterior, mas o Evangelho continua o mesmo. A mensagem é a mesma, ou seja, morte e ressurreição em Cristo, que nos conduz a uma nova vida. Se precisarmos fazer muita força para mostrar as pessoas que isso é bom, é porque estamos falando ou fazendo algo errado. Particularmente, eu não fui chamado para isso. Não jogarei mais pérolas aos porcos!