15 de setembro de 2016

Amor de Deus não é paixonite aguda!

Vez por outra, precisamos parar e refletir sobre alguns conceitos básicos da fé cristã, pois com muita facilidade nos deixamos levar por opiniões que não estão alinhadas as verdades divinas reveladas nas Escrituras. Vejo isso acontecer com relação ao AMOR DE DEUS. Em tempos de uma sociedade infantilizada, imatura e ultrassensível, distorcemos a verdade sobre o Ágape (amor de Deus) para que o mesmo se encaixe nas nossas necessidades mesquinhas e aprove nossos comportamentos pecaminosos.

Pois bem, o que tenho a dizer sobre isso é que muitos estão confundindo AMOR com PAIXONITE adolescente e estas coisas são totalmente diferentes uma da outra, pode ter certeza! Enquanto o primeiro gera compromisso com a verdade, mudança de caráter, comprometimento com entendimento e ações concretas de amor pelo outro, o segundo é apenas uma sentimento intenso que tem por base a satisfação da própria necessidade e por isso passa por cima de qualquer coisa apenas para se auto-satisfazer.

Então, quando novamente tivermos que falar sobre AMOR DE DEUS e a sua GRAÇA (já que uma coisa está ligada a outra), não nos permitamos baixar o nível e transformar o Deus Soberano em um adolescente cheio de testosterona e cara lotada de espinhas. O amor de Deus é coisa séria e não apenas um discurso bobo que mais parece um roteiro ruim de filme da Sessão da Tarde. Se não estivermos dispostos a lidar com todas as implicações deste amor tão exigente (foi a única palavra que encontrei para o momento), então que nem ao menos venhamos a nos aventurar a ensinar sobre o mesmo, pois corremos o risco de conduzir pessoas por um caminho de perdição e isso não é nada bom! Paz a todos!

13 de setembro de 2016

O título não importa, apenas o escritor!

Começo a escrever este texto sem saber ao certo qual o título devo dar a ele. Minha intenção é abordar de forma rápida e até mesmo um tanto quanto superficial um assunto que exigiria uma análise mais profunda e uma exposição textual mais complexa, mas como escrevo apenas como forma de ordenar um pouco melhor os meus próprios pensamentos, então me sinto a vontade para apenas começar a gerar algum tipo de reflexão. Estava pensando sobre a questão da autoestima e da necessidade de aceitação, que na verdade são como irmãs siamesas, unidas desde sempre, num estado de total dependência.

Bom, acredito que ninguém na face desta Terra de meu Deus está livre deste mal. Nunca conheci ninguém que fosse totalmente livre destes sentimentos e acredito que nunca vou conhecer, pois a relações humanas possuem alguns padrões viciados, que de uma forma ou de outra, acabamos por nos submeter a eles. Mas para mim a grande questão não é saber se alguém tem problemas de autoestima e de necessidade de aceitação, mas até onde isso afeta a sua vida e os seus relacionamentos, porque essas coisas podem ser altamente paralisantes e escravizadoras.

Então, acho que a coisa mais inteligente a fazer não é tentar negar o fato de que somos dependentes das opiniões alheias porque sofremos de problemas de autoestima, porque normalmente isso nos leva para um extremo da “rebeldia que precisa ser notada”, que nada mais é do que o problema com uma roupagem diferente. Devemos na verdade, reconhecer essa debilidade humana e estabelecer desafios pessoais para subjugarmos esse mal em nós, contando sempre com a graça maravilhosa do Deus que nos ama. Bom, acho que é isso, talvez esteja dizendo uma grande bobagem, ou sei lá, apenas tentando chamar a atenção. Abraço a todos!

PS: como não pensei em nenhum título, vou intitular esta “crônica” de O TÍTULO NÃO IMPORTA, APENAS O ESCRITOR! hehehe

8 de setembro de 2016

Adoração, música e afins

As Sagradas Escrituras nos informam que Deus busca por adoradores que o adorem em espírito e em verdade. Mas afinal de contas, o que isso significa? Grosso modo, devemos nos ater a definição de adoração, que é reverência e reconhecimento de quem Deus é. E esta ação não pode ser apenas de forma verbal, mas deve ser a expressão exata daquilo que temos cultivado em nosso interior, para que assim seja verdadeira. Somente posso adorar Aquele que reconheço de forma profunda e convicta como Único Deus Vivo e Verdadeiro.

Então, a adoração por si só, não está pressa a nenhuma forma de expressão e ao mesmo tempo pode se manifestar através de todas elas, quer seja música, dança, teatro, cinema, literatura, entre outras formas maravilhosas para que isso ocorra. Mas, infelizmente, muitos confundem adoração com música apenas e colocam todas as outras formas de expressão em segundo plano. Já viu que temos o hábito de chamar de adoradores os músicos da igreja, mas não fazemos isso com outros segmentos ministeriais que também estão reconhecendo quem Deus é através das suas ações? Por isso, devemos parar de achar que música é algo mais especial e mais sacro dentro da vida ativa da igreja local e começarmos a nos aperceber das várias formas de adorar a Deus e conduzir outros a fazer o mesmo.

Particularmente, gosto muito de música, mas prefiro um ensino consistente da Palavra (acho que estou sendo tendencioso, afinal essa é minha área. rsrs) que consegue abrir meus olhos para a grandiosidade e santidade de Deus. Mas além das nossas preferências, devemos nos atentar para o fato de que Deus pode e usa todas as formas de expressão para o louvor da sua glória e assim formar adoradores genuínos, que o adoram em espírito e em verdade. Então, deixemos nossos preconceitos de lado, não sejamos tão apegados as nossas preferências e aceitemos o ato de que Deus é Senhor de tudo e por isso a adoração que já existe em nós pode se manifestar segundo a sua multiforme sabedoria. Paz a todos!


3 de setembro de 2016

A vida como ela é!

Eu sou um cristão com muitos dilemas a serem resolvidos. Tenho um temperamento que exige de mim vigilância constante, pois facilmente posso descer da Cruz e agir de forma raivosa e descontrolada. Acho que isso se deve a traços familiares que carrego comigo, mas luto dia após dia para matar esse “monstro” que habita dentro de mim. Sei que não consigo vencer esta guerra sozinho, por isso vivo sob uma condição de completa dependência de Deus neste sentido. Também sou afligido por uma ansiedade crônica, que não é fruto da falta de fé, mas se revela muito mais como um problema patológico que precisa ser tratado, como trato de outros problemas de saúde que tenho que lidar diariamente. A vida é assim, feita de imperfeições e desafios! Mas sei que tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus e, portanto, percebo que estes males (e outros não citados aqui) subjugam minha alma e me colocam num estado de quebrantamento contínuo diante de Deus. É o tal lance do espinho na carne, se é que você me entende!

Mas paralelo a isso, percebo que o processo de transformação de Deus tem me levado a ser um ser-humano melhor, para que nisso Ele mesmo seja glorificado. Consigo perceber de forma concreta o amor de Deus em minha vida, na graça que Ele tem me dado de ser um bom marido e um bom pai, algo que para mim era impossível acontecer. Também vejo que Deus converteu meu coração ao meu próximo, pois falo isso sem nenhum sentimento de soberba, (até porque quem fez isso foi Deus!) que nada me alegra mais do que ver o bem daqueles que me cercam. Encontro satisfação em ajudar os mais necessitados, sabendo que Deus nos chamou para amar não apenas de palavras, mas com ações concretas. Um Evangelho pregado com ações de amor transforma quem o prega e quem o ouve!

E digo tudo isso por um motivo simples: somos seres em construção permanente. Uma obra inacabada, pois o nosso amado Construtor não está edificando algo sem valor. Então, que possamos viver a vida sabedores das nossas limitações, mas também conscientes que Deus já mudou muitas coisas em nós. Esse entendimento é libertador, pode ter certeza!

Uma breve divagação sobre os desertos da vida

Muitos se perguntam por que Deus nos permite passar pelos desertos da vida? Esse é um questionamento legítimo e acredito que todo cristão em algum momento de sua vida, vai ter que lidar com a questão do sofrimento. Creio que existem muitos motivos pelos quais Deus permite que soframos. Mas gostaria de compartilhar algo da minha vivência pessoal diante da dor e do sofrimento. Não pretendo fazer das minhas experiências uma verdade absoluta e incontestável e sim um caminho para a reflexão sobre algo que aflige a muitos. Bom, creio que os desertos da vida existem para aprendermos a lidar com dois fatores essenciais para o desenvolvimento de uma espiritualidade sadia: o reconhecimento de nossa humanidade e o silêncio de Deus.

Acredito que fomos discipulados para acreditar que após nossa conversão, nos tornamos pessoas inatingíveis, protegidas por uma bolha espiritual que nos torna seres quase sobre-humanos. Por isso, muitos não sabem lidar com dor e a perda porque foram levados a acreditar que a única coisa que os alcançaria, seriam as bênçãos do Senhor. Então, Deus permite o deserto para que possamos lidar com as nossas próprias limitações humanas e com a fraqueza do nosso estágio atual (vida antes da Volta). Também creio que todo cristão precisa saber lidar com o silêncio de Deus, porque posso afirmar com toda certeza, que muitas vezes Ele simplesmente se cala. E este silêncio ensurdecedor de Deus revela a qualidade da nossa fé, pois nada mais difícil do que permanecer fiel quando não estamos sentindo e nem ouvindo nada e apenas somos guiados por uma profunda convicção na verdade revelada na Cruz.

Sei que muitos podem ter expectativas e vivências diferentes dessas, mas creio que não podemos negligenciar a realidade do sofrimento para produzir maturidade espiritual em nós. Enquanto vivermos esperando que Deus sempre nos livre de tudo que nos desagrada e com  sensação que Ele sempre colocará um oásis em meio ao deserto, seremos sempre parecidos com aquelas crianças mimadas que quando choram por qualquer coisa, rapidamente aparecem os pais super-protetores para socorrê-las, dizendo: “vem cá tesouro, não se misture com essa gentalha!” Que Deus nos livre de nós mesmos e que possamos amadurecer para a glória dEle!