Temos sempre a
expectativa que depois da próxima curva, seremos surpreendidos pela bela
paisagem que veremos. Vivemos com essa sensação do inédito, na expectativa de
dar um brilho diferente em nossas vidas. Parece que somente tem valor aquilo que
ainda não experimentamos, criando em nós um sentimento de banalização daquilo
que já experimentamos.
Mas será que
devemos mesmo viver assim? Óbvio que o inédito sempre é bem-vindo, mas não
podemos ser escravos dele. Existe uma beleza sóbria nas coisas tradicionais, na
teologia ortodoxa, na liturgia repetitiva e em tudo aquilo que fazemos dia após
dia. Creio que quando entendemos isso, nos tornamos de fato livres para
aproveitar cada momento da vida e não ficarmos ansiosos pela próxima curva.
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