Apesar do título
deste texto ser um pouco estranho, por favor, tenha paciência e acabe de ler
para entender qual é minha linha de raciocínio. Bem, vamos lá! Vejo muitas
pessoas falando sobre amor e sobre a nossa responsabilidade de amar o nosso
semelhante e é claro que acho que essa é uma boa ideia! Mas para minha mente
confusa e um tanto quanto reflexiva, fico a me perguntar o que de fato nós
definimos como AMOR.
Creio que se
fizermos uma pesquisa simples perceberemos que a compreensão sobre este
conceito e sobre como as pessoas se sentem amadas vai apresentar uma variável
muito grande. Então definir amor levando em conta apenas a nossa ótica sobre o
tema é, no mínimo uma atitude infantil. Além disso, muitos acreditam que alguém
que não recebeu amor, não tem condições de compreendê-lo e manifestá-lo, pois naturalmente serão pessoas de
alma ferida e marcadas pela amargura, o que obviamente não é verdade, pois a
capacidade do ser-humano de se reinventar e reagir positivamente em meio ao
sofrimento é mais extraordinário do que imaginamos. Por fim, alguns pensam que
somente poderemos ser vasos cheios de amor para despejarmos nos demais (sei que
isso soa de forma muito brega!), se recebermos amor e atenção verdadeiros de
outro ser-humano e, portanto, precisamos hipervalorizar as relações dentro da
igreja ou fora dela, o que não deixa de ser uma verdade parcial.
Digo que é
parcial, pois o que outros seres-humanos nos oferecem é um tipo de amor que no
grego é chamado phileo (amor fraterno), que por si só é bom, mas a essência do
amor mais genuíno é encontrada na revelação de Deus em Cristo, que é o amor ágape
(amor sacrificial). Quem compreende o ágape, não terá dificuldades com o phileo,
pois esse é uma subdivisão do primeiro. Portanto, se você realmente quer amar
de verdade as pessoas que estão a sua volta, aprenda antes amar a Deus, pois
dEle emana todas as outras formas de manifestação de amor existentes. Paz a
todos!
PS: o título é
só para chamar a atenção mesmo. Não considero o amor algo melequento. Quem
merece essa definição é a carência, que é um subproduto deteriorado do amor!
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