28 de março de 2012

A síndrome da cereja do bolo.

A coisa anda difícil no maravilhoso mundo gospel. Como diziam os antigos: quanto mais eu rezo, mais assombração aparece! Ontem perdi um pouco do meu precioso tempo, vendo parte de uma entrevista de um “guru evangélico” (digo guru, porque para mim, ele não passa disso!). A quantidade de besteira dita de uma forma intelectualizada não foi o que mais me chamou a atenção. De fato esta entrevista me fez pensar que existe uma síndrome no meio do povo de Deus. Eu a denominei SÍNDROME DA CEREJA DO BOLO (outra opção seria síndrome da última bolacha do pacote).
Esta síndrome leva o cidadão a pensar que ele é indispensável e insubstituível para o Reino de Deus. Ele se vê como a resposta para os problemas espirituais de uma igreja caída, como um atalaia que grita quando os inimigos estão chegando, como um profeta solitário que luta pela restauração da igreja, como um novo reformador eclesiástico, como a melhor coisa que já aconteceu na igreja nos últimos tempos. Além disso, esta doença espiritual tem sintomas graves, tais como: soberba; arrogância; ganância; mágoa; superficialidade; luxúria; autoritarismo entre outros. É triste que alguém pense assim e aja baseado nestes valores.
Com tudo isso, não estou negando que somos especiais diante de Deus. Mas também não podemos nos esquecer que somos normais e iguais a qualquer outro ser-humano redimido na face da Terra. Esse é o grande paradoxo cristão: somos únicos, mas somos iguais. Isso acontece porque Deus não divide a glória dEle com ninguém. Se existe uma cereja no bolo, essa cereja é Deus!

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