Na Teologia daqueles que
conhecemos como Testemunhas de Jeová, o Espírito Santo é considerado uma força ativa que procede de Deus, mas não sendo ela mesmo Deus (a grosso modo, essa
a crença deles sobre esse tema). Diferentemente da posição teológica
evangélica, que define o Espírito como uma pessoa pertencente a Divina
Trindade, juntamente com Deus Pai e Deus Filho. A Confissão de Fé de
Westminster, trata desse tema da seguinte forma:
CAPÍTULO II
DE DEUS E DA SANTÍSSIMA TRINDADE
DE DEUS E DA SANTÍSSIMA TRINDADE
I. Há um só Deus vivo e
verdadeiro, o qual é infinito em seu ser e perfeições. Ele é um espírito
puríssimo, invisível, sem corpo, membros ou paixões; é imutável, imenso,
eterno, incompreensível, - onipotente, onisciente, santíssimo, completamente
livre e absoluto, fazendo tudo para a sua própria glória e segundo o conselho
da sua própria vontade, que é reta e imutável. É cheio de amor, é gracioso,
misericordioso, longânimo, muito bondoso e verdadeiro remunerador dos que o
buscam e, contudo, justíssimo e terrível em seus juízos, pois odeia todo o
pecado; de modo algum terá por inocente o culpado.
Deut. 6:4; I Cor. 8:4, 6;
I Tess. 1:9; Jer. 10:10; Jó 11:79; Jó 26:14; João 6:24; I Tim. 1:17; Deut.
4:15-16; Luc. 24:39; At. 14:11, 15; Tiago 1:17; I Reis 8:27; Sal. 92:2; Sal.
145:3; Gen. 17:1; Rom. 16:27; Isa. 6:3; Sal. 115:3; Exo3:14; Ef. 1:11; Prov.
16:4; Rom. 11:36; Apoc. 4:11; I João 4:8; Exo. 36:6-7; Heb. 11:6; Nee. 9:32-33;
Sal. 5:5-6; Naum 1:2-3.
II. Deus tem em si mesmo,
e de si mesmo, toda a vida, glória, bondade e bem-aventurança. Ele é todo
suficiente em si e para si, pois não precisa das criaturas que trouxe à
existência, não deriva delas glória alguma, mas somente manifesta a sua glória
nelas, por elas, para elas e sobre elas. Ele é a única origem de todo o ser;
dele, por ele e para ele são todas as coisas e sobre elas tem ele soberano
domínio para fazer com elas, para elas e sobre elas tudo quanto quiser. Todas
as coisas estão patentes e manifestas diante dele; o seu saber é infinito, infalível
e independente da criatura, de sorte que para ele nada é contingente ou
incerto. Ele é santíssimo em todos os seus conselhos, em todas as suas obras e
em todos os seus preceitos. Da parte dos anjos e dos homens e de qualquer outra
criatura lhe são devidos todo o culto, todo o serviço e obediência, que ele há
por bem requerer deles.
João
5:26; At. 7:2; Sal. 119:68; I Tim. 6: 15; At - . 17:24-25; Rom. 11:36; Apoc.
4:11; Heb. 4:13; Rom. 11:33-34; At. 15:18; Prov. 15:3; Sal. 145-17; Apoc. 5:
12-14.
III. Na unidade da
Divindade há três pessoas de uma mesma substância, poder e eternidade - Deus o
Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo, O Pai não é de ninguém - não é nem
gerado, nem procedente; o Filho é eternamente gerado do Pai; o Espírito Santo é
eternamente procedente do Pai e do Filho.
Mat. 3:16-17; 28-19; II
Cor. 13:14; João 1:14, 18 e 15:26; Gal. 4:6.
Pois bem, se acreditamos que o
Espírito Santo é uma pessoa, porque às vezes nossas atitudes com relação ao
mesmo mais parecem de alguém que crê ser Ele apenas uma força ativa? Expressões do tipo “o Espírito Santo vai descer! Ele vai
ser derramado!” não cria a impressão de que ele é uma coisa e não uma pessoa? E
o que dizer dos espetáculos criados pelos artistas do “avivamento”, que fazem o
Santo Espírito de Deus parecer um bicho enjaulado, que quando é solto, sai
arrebentando tudo e todos que vê pela frente? Ternos sendo jogados, dedos sendo
apontados nas direção de uma pessoa e a “belíssima” palavra de ordem sendo
dita: “RECEBA!”. O que dizer e pensar disso? Não posso afirmar que sempre que isso
acontece, algo está errado ou que as pessoas que assim agem, fazem por má-fé, mas
tenho condições de afirmar que muitas vezes isso é apenas um joguete emocional,
que cria uma visão equivocada do Deus Trino. Como consequência, muitas vezes,
somos levados a ignorar qual é a verdadeira ação e propósito do Espírito Santo
na igreja, que é convencer o ser-humano do pecado, da justiça e do juízo, bem
como atuar como o Santo Consolador e passamos a nos relacionar com um conceito
abstrato, que mais se parece com uma energia ativa que procede de Deus, tendo
como objetivo despejar uma descarga elétrica emocional em nós. Penso que
precisamos rever nossa teologia e também nossas ações com relação a tudo isso,
correndo o risco de, se não fizermos isso, nos relacionarmos com um conceito
equivocado do Espírito Santo e não com Ele mesmo.
PS: talvez você não concorde comigo, mas pergunte para um novo- convertido
o que ele pensa sobre o Espírito Santo. A resposta pode deixar você preocupado.
Talvez ele não tenha entendido porque não foi lhe ensinado nem por palavras e
muito menos por atitudes!
Meu caro escritor, as afirmações contidas neste Post nem de longe retratam as verdades bíblicas apregoadas pelas Testemunhas de Jeová. Sugiro ao Sr. que procure se informar mais sobre o tema, sobretudo, acerca dos posicionamentos ministrados pelas TJ. A credibilidade deste Post se queda prejudicada, porquanto não retrata com fidedignidade a realidade das Testemunhas de Jeová. Abraços.
ResponderExcluirPrimeiramente, obrigado por me chamar de escritor, mas não tenho essa pretensão (rsrs). Segundo, o post trat mais da abordagem dos cristãos da linha protestante sobre o Espírito Santo. E por último, fique a vontade para esclarecer a posição dos TJ, pois realmente não conheço a fundo a teologia de vcs.
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