Pensando sobre oração, percebo a
importância do clamor em nossa vida cristã, pois ele não é apenas uma simples
oração, ele é mais do que isso. É a súplica desesperada e intensa de um coração
que depende da intervenção de Deus. Nada para mim retrata melhor esse tipo de
atitude espiritual do que as corças que anseiam pelas águas e percorrem grandes
distâncias para encontra-las, como o salmista diz. Ou então a cena do nosso
Senhor e Redentor no Getsêmani suando sangue e entrando em um
profundo estado de angústia espiritual diante do seu Pai. Penso que somos uma
geração que clama pouco. Creio que sou um cristão que, hoje em dia, clama
pouco. Creio que nosso clamor, quando ele é praticado, muitas vezes tem o foco
errado, ou seja, apenas o desejo de ver nossas necessidades sendo respondidas.
Mas creio que o tipo de clamor (que não é apenas falado, mas é expresso em
atitudes também) que Deus quer arrancar do nosso coração é aquele por um desejo
genuíno por sua presença e pela manifestação do seu Reino em nosso meio como
igreja, entre aqueles que amamos e na sociedade como um todo, que carece da
revelação do Messias. Que o Senhor nos dê um coração sensível a Ele, capaz de clamar
por aquilo que de certa forma Ele clama também.
Naquele que exerce
misericórdia sobre todos nós,
Ton.
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