30 de dezembro de 2012

A doce nobreza do silêncio.


Fico pensando sobre a insistente mania que a maioria de nós tem de achar que o silêncio é a atitude mais nobre a ser praticada quando existem situações de conflito. Quero dizer que eu simplesmente não entendo isso! Se existe um conflito e pessoas interessadas em resolvê-lo, nada mais correto do que o confronto de ideias, certo? Esses conflitos podem ser de ordem familiar, conjugal, teológica, eclesiástica, filosófica ou qualquer outra coisa que exija de nós uma tomada de posição. Não importa, se não permitirmos que a nossa percepção sobre as coisas sejam confrontadas por conceitos diferentes, nunca amadureceremos. Sábio foi quem disse que devemos temer um homem de um livro só! Ou seja, toda opinião que não passa pelo crivo dialético da antítese, não possui validade permanente. Daí me pergunto: ”Por que parece ser tão nobre ficar em silêncio, quando o que deveríamos fazer é falar?”


PS: só para constar: eu sei que que existem momentos que de fato devemos nos calar. Mas é óbvio que estou falando daqueles momentos em que deveríamos falar, mas nos silenciamos por medo, auto-preservação, falta de conhecimento ou até mesmo para passar um ar de superioridade. Esse silêncio, eu não entendo!

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