23 de janeiro de 2013

Eu queria estar na lista da Forbes!


Hoje comentei com a igreja na qual pastoreio e congrego sobre a lista da Forbes, citando os cinco pastores mais ricos do Brasil. Essa revista sempre cria estas listas e para falar a verdade, não sei como eles obtêm essas informações. Mas percebo que na maioria das vezes, as pessoas citadas nela, não chegam a se incomodar com o fato. Pois bem, dessa vez foi diferente, porque o líder religioso colocado no terceiro lugar desse ranking um tanto quanto interessante, se manifestou publicamente contra (diga-se de passagem, como lhe é de costume!).
Dentro desse contexto, gostaria de fazer alguns comentários pessoais sobre o fato. A primeira coisa que me chama a atenção é que muitos cristãos não ficaram chocados com os altos valores citados. Segundo a revista, o primeiro da lista possui uma fortuna pessoal de dois bilhões de reais! Isso mesmo! E muitos crentes, ao comentarem sobre isso, julgaram a situação normal. Estranho pensar nisso, quando nos deparamos com alguns princípios sobre o acúmulo excessivo de dinheiro nessa terra, principalmente por líderes evangélicos. Daí a conversa é mais ou menos essa: Deus é Rei, nós somos príncipes! Onde o Filho do Homem reclinava a cabeça ao dormir ninguém quer saber, né?
 A segunda coisa que me chamou a atenção foi o fato da revista dizer que abrir uma igreja é uma alternativa altamente lucrativa. Eu não sei sobre a igreja de vocês, mas eu conheço a minha realidade e não consigo ver possibilidade de lucros exorbitantes quando estamos vivendo baseados no temor de Deus. Fazer a obra é quase sempre um desafio de fé e perseverança. Dito isso, devo reconhecer que, infelizmente, a revista têm uma certa razão nisso, pois alguns têm enriquecido as custas da obra de Deus (não sei se é o caso desses citados. Deixo isso ao encargo da Receita Federal, da Polícia Federal e do Trono Branco de Deus!). De fato, me parece que existe uma indústria da fé funcionando ativamente no Brasil e no mundo.
Por último, o líder que se manifestou contra afirma que existe um complô para denegrir a imagem dos pastores brasileiros e que por isso escreveram essa matéria. Mais uma vez eu não entendo, porque sou convertido a mais de 25 anos e sempre ouvi dizer que todo pastor é ladrão (apesar de saber que a grande maioria não é. Pelo menos eu não sou. Até porque se fosse, seria um ladrãozinho de meia tigela, porque prá ter um carro, tive que financiar e para comprar um apartamento, me comprometi por longos anos com a minha amiga Caixa). O sistema mundano sempre distorce a visão do Reino de Deus. Poderíamos esperar algo diferente dele! Fez isso com José do Egito, com Daniel, com Jesus, com Paulo e por que cargas d’água não faria conosco! Daí esses homens que possuem uma vida financeira que é alvo de suspeitas, dizem que estão fazendo isso contra a igreja? Não enfia a igreja de Cristo nisso não! Esse tipo de defesa não é correta, pois eles não respondem pelo Corpo de Cristo. Respondem por si próprios, pelas instituições que coordenam e pronto! Eu mesmo não me senti nem um pouco incomodado, nem ultrajado e muito menos perseguido pela reportagem. Até porque meu nome não está na lista da Forbes! Mas até que eu gostaria que estivesse. (brincadeira!)

P.S: conheço muitos líderes evangélicos sérios e moralmente corretos. De forma alguma podemos pensar que todos são ladrões ou que estão enriquecendo ilicitamente. Mas também sei que a vã imaginação popular não permite que as pessoas muitas vezes pensem diferente disso. Fazer o que? O que nos resta é manter pura a nossa consciência diante de Deus. E se esses da reportagem são milionários ou não, e se fica bem a um ministro do Evangelho a riqueza excessiva, essa é outra história para outro post. Paz!

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