13 de fevereiro de 2013

Por que o culto tem que ser legal?


C. S. Lewis em seu livro ORAÇÃO: CARTAS A MALCOLM, comenta sobre a importância do culto litúrgico. Segundo ele, quando sabemos exatamente o que vai acontecer semana após semana em nossos cultos dominicais, estamos livres das distrações das novidades e assim podemos no dedicar a contemplação sem distrações sensoriais. Quando li isso, escrito de forma bem melhor do que escrevi, é óbvio, fiquei encantado com a perspectiva dele sobre o valor da tradição litúrgica (ritual formal e pré-definido). E pensando sobre o assunto, cheguei a conclusão que ele tem razão sobre isso. Não tenho nada contra novidades saudáveis introduzidas na celebração coletiva da igreja, mas o fato é que hoje me parece que isso se tornou quase que uma necessidade religiosa. Se não existe nada novo, então o culto fica meio sem graça e sem a capacidade atrativa que julgamos que ele precisa ter. Isso é um pensamento equivocado, pois na verdade, a única coisa que realmente importa em um culto a Deus é a contemplação da sua glória e distrações não contribuem com isso. São boas para os sentidos humanos, mas péssimas para a devoção (sem generalizações obviamente).
Mas creio que existe gente preocupada com isso nos dias de hoje, pois percebo que existe um movimento que não possui mentores e nem ao menos organização clara, mas que é algo que o Espírito Santo de Deus tem feito, no sentido de nos levar a considerar as veredas antigas. Muitos estão tão cansados dos discursos triunfalistas, das estratégias para atrair pessoas, dos pregadores que mais parecem animadores de auditório, que apenas almejam voltar ao Evangelho do Calvário, onde predomina a simplicidade e a beleza do Cristo morto, mas ressuscitado e glorificado. Aquele tipo de mensagem e aquele tipo de igreja que não aponta para as conquistas deste presente século, mas para a glória que há de vir, na volta do nosso Senhor e Salvador. Muitos (e graças a Deus por isso!) estão dizendo não a mentira que vem disfarçada de verdade e estão decidindo abraçar o Evangelho que liberta o ser-humano de si mesmo e o conduz a uma vida de renúncia total. Então que venha esse novo momento, gerado no coração de Deus e que encontra espaço no coração de homens e mulheres que não querem entretenimento evangélico. Querem apenas contemplar a glória de Deus e reagir positivamente a isso. E se as distrações criadas por homens tem nos atrapalhado, que sejam eliminadas do meio da igreja, em nome de Jesus!

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