C. S. Lewis em seu livro ORAÇÃO:
CARTAS A MALCOLM, comenta sobre a importância do culto litúrgico. Segundo ele,
quando sabemos exatamente o que vai acontecer semana após semana em nossos
cultos dominicais, estamos livres das distrações das novidades e assim podemos
no dedicar a contemplação sem distrações sensoriais. Quando li isso, escrito de
forma bem melhor do que escrevi, é óbvio, fiquei encantado com a perspectiva
dele sobre o valor da tradição litúrgica (ritual formal e pré-definido). E
pensando sobre o assunto, cheguei a conclusão que ele tem razão sobre isso. Não
tenho nada contra novidades saudáveis introduzidas na celebração coletiva da
igreja, mas o fato é que hoje me parece que isso se tornou quase que uma
necessidade religiosa. Se não existe nada novo, então o culto fica meio sem
graça e sem a capacidade atrativa que julgamos que ele precisa ter. Isso é um
pensamento equivocado, pois na verdade, a única coisa que realmente importa em
um culto a Deus é a contemplação da sua glória e distrações não contribuem com isso. São boas para os sentidos humanos, mas péssimas para a devoção
(sem generalizações obviamente).
Mas creio que existe gente preocupada com isso nos dias de hoje, pois percebo que existe um movimento que não possui mentores e nem ao menos organização
clara, mas que é algo que o Espírito Santo de Deus tem feito, no sentido de nos
levar a considerar as veredas antigas. Muitos estão tão cansados dos discursos
triunfalistas, das estratégias para atrair pessoas, dos pregadores que mais
parecem animadores de auditório, que apenas almejam voltar ao Evangelho do
Calvário, onde predomina a simplicidade e a beleza do Cristo morto, mas
ressuscitado e glorificado. Aquele tipo de mensagem e aquele tipo de igreja que
não aponta para as conquistas deste presente século, mas para a glória que há
de vir, na volta do nosso Senhor e Salvador. Muitos (e graças a Deus por isso!)
estão dizendo não a mentira que vem disfarçada de verdade e estão
decidindo abraçar o Evangelho que liberta o ser-humano de si mesmo e o conduz a
uma vida de renúncia total. Então que venha esse novo momento, gerado
no coração de Deus e que encontra espaço no coração de homens e mulheres que
não querem entretenimento evangélico. Querem apenas contemplar a glória de Deus
e reagir positivamente a isso. E se as distrações criadas por homens tem nos
atrapalhado, que sejam eliminadas do meio da igreja, em nome de
Jesus!
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