Sou um pastor jovem ainda, tanto
em termos de idade (quarenta e um com rostinho de vinte e cinco anos, rsrs), quanto em
termos ministeriais (aproximadamente quinze anos). Por possuir um temperamento
colérico e ter sangue nordestino correndo nas minhas veias, sempre fui muito
determinado e convicto diante das minhas próprias certezas. Na verdade não
julgo isso um problema em si mesmo, pois muitas vezes foi essa capacidade de
agir de forma determinada e convicta que me deu condições de fazer muitas
coisas. Mas sinto que
com o passar do tempo e com as mudanças que acontecem a nossa volta e dentro de
nós, percebo que nada é mais incerto do que uma certeza petrificada. Óbvio
que convicções espirituais que tem por base a ortodoxia cristã, são fundamentos
importantes para o desenvolvimento da vida espiritual. Mas não é desse tipo de
certeza que estou falando, pois dessa não abro mão nunca mais! (algumas vezes
infelizmente já abri). Estou falando daquele tipo de certeza sobre quem somos,
para onde estamos indo, o que devemos fazer, como devemos fazer, quais nossas
virtudes, quais nossas fraquezas, etc, etc. Sinto que muitas vezes defendi e
ainda defendo determinadas posições pessoais simplesmente pelo desejo de não abrir
mão da minha própria opinião. Isso é um ato de orgulho e soberba, que não
contribui para o nosso amadurecimento espiritual e por isso deve ser
abandonado. Então, à
medida que o tempo passa mais incertezas eu tenho. E quer saber: agradeço a
Deus por isso, pois devido a esse sentimento, posso continuar aprendendo,
evoluindo e crescendo, certo apenas que o meu Redentor vive, reina e voltará!
Já as minhas opiniões pessoais cristalizadas eu entrego a Deus para Ele mexer e
remexer nelas, porque as minhas certezas não me trazem segurança.
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