27 de fevereiro de 2013

A insegurança das certezas.


Sou um pastor jovem ainda, tanto em termos de idade (quarenta e um com rostinho de vinte e cinco anos, rsrs), quanto em termos ministeriais (aproximadamente quinze anos). Por possuir um temperamento colérico e ter sangue nordestino correndo nas minhas veias, sempre fui muito determinado e convicto diante das minhas próprias certezas. Na verdade não julgo isso um problema em si mesmo, pois muitas vezes foi essa capacidade de agir de forma determinada e convicta que me deu condições de fazer muitas coisas. Mas sinto que com o passar do tempo e com as mudanças que acontecem a nossa volta e dentro de nós, percebo que nada é mais incerto do que uma certeza petrificada. Óbvio que convicções espirituais que tem por base a ortodoxia cristã, são fundamentos importantes para o desenvolvimento da vida espiritual. Mas não é desse tipo de certeza que estou falando, pois dessa não abro mão nunca mais! (algumas vezes infelizmente já abri). Estou falando daquele tipo de certeza sobre quem somos, para onde estamos indo, o que devemos fazer, como devemos fazer, quais nossas virtudes, quais nossas fraquezas, etc, etc. Sinto que muitas vezes defendi e ainda defendo determinadas posições pessoais simplesmente pelo desejo de não abrir mão da minha própria opinião. Isso é um ato de orgulho e soberba, que não contribui para o nosso amadurecimento espiritual e por isso deve ser abandonado. Então, à medida que o tempo passa mais incertezas eu tenho. E quer saber: agradeço a Deus por isso, pois devido a esse sentimento, posso continuar aprendendo, evoluindo e crescendo, certo apenas que o meu Redentor vive, reina e voltará! Já as minhas opiniões pessoais cristalizadas eu entrego a Deus para Ele mexer e remexer nelas, porque as minhas certezas não me trazem segurança.

Nenhum comentário:

Postar um comentário