18 de fevereiro de 2013

Uma breve reflexão sobre vida comunitária.


É impressionante como em um mundo globalizado as pessoas se sentem tão sós! Creio que este é um dos motivos do Facebook ser um grande sucesso, pois ele nos dá uma sensação de estarmos interligados a outros e assim nos sentimos parte de algo. Mas o fato é que cada vez mais somos empurrados para a solidão. Nesse sentido, a igreja cristã surge como uma alternativa de vida comunitária, um espaço onde podemos nos expressar e nos sentir parte de algo que é maior do que nós mesmos. Obviamente esse não é o propósito essencial da igreja, mas ela acaba por suprir essa necessidade humana gerada pela pós-modernidade.
Até ai tudo bem, não existe problema nenhum no sentimento de pertencimento e na necessidade de fugir da solidão e encontrar amparo em outras pessoas que confessam as mesmas convicções que nós. A coisa começa a complicar quando a igreja (que não deixa de ser um grupo social) passa a ser um reduto e deixa de ser Corpo de Cristo, pois o reduto é exclusivista, já o Corpo de Cristo é totalmente inclusivo. O que isso significa? Simples, às vezes transformamos a Igreja (que é um organismo vivo e dinâmico) em igreja (que nada mais é do que um clube social estático) e quando fazemos isso, perdemos a nossa capacidade de ser sal da Terra e luz do mundo, ou seja, nos tornamos irrelevantes, meros membros de uma “gangue”, que possuem os seus próprios códigos de ética e não se comunicam mais com aqueles que estão de fora. Pelo contrário, os de fora passam a serem os grandes inimigos a serem combatidos e aniquilados.
É triste pensar que isso acontece em nosso meio, mas apenas ignorar o problema não vai fazer com que ele deixe de existir, não é mesmo? Então, creio que é uma hora de sairmos da nossa toca, do lugar seguro e aconchegante que criamos para nós e os nossos filhos, e nos tornarmos cartas vivas para um mundo que perece por falta de entendimento. Você está disposto a fazer isso?

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