7 de fevereiro de 2013

Sobre a entrevista do Malafaia no programa da Gabi.


Eu tinha dito para mim mesmo que não ia comentar, mas não resisto, é mais forte do que eu! Quero emitir minha opinião sobre a entrevista e sabe o que é mais interessante nessa história, é que eu nem vi a mesma. Não vi no dia, não vi depois. Para mim esta entrevista é igual o filme Titanic, que para aqueles que me conhecem, sabem que eu me recuso terminantemente a ver! Não adianta, não vou ver! Mas mesmo assim tenho considerações sobre ela. Na verdade, é mais um exercício de adivinhação gospel (misericórdia!). Segue abaixo uma lista de situações que, provavelmente aconteceram nessa entrevista:

01.   Ele não deixou a Gabi falar e praticamente conduziu a entrevista (infelizmente sofro do mesmo mal);

02.   Em algum momento, ele disse que estava ali defendendo ou representando os líderes evangélicos ou a igreja (todas as vezes que se apresenta em público, de alguma forma, direta ou indiretamente, ele diz estar falando em nome da igreja);

03.   Ele usou bastante gíria da malandragem carioca (nada contra, porque moro na quebrada, tá ligado!);

04.   Ele citou a PL 122 e falou sobre a lei da mordaça (essa é uma discussão complexa e não deve ser tratada de forma superficial, como tem sido feito. Não devemos impor nossa moralidade cristã para um mundo não – cristão. E outra, como os homossexuais tem os seus direitos, NÓS também temos como cristãos (direito de credo);

05.   Em algum momento da entrevista, ele disse que era psicólogo ou citou o seu vasto currículo intelectual (citar a sua formação e o que você já leu ou sabe, cria a sensação de intelectualidade);

06.   Ele gerou no coração de muitos cristãos que estavam vendo que o santo venceu o profano num debate televisivo (eu não entendo esse desejo estranho dos cristãos de serem compreendidos e respeitados pela sociedade. A mensagem de Deus é loucura, esqueceram? Além disso, nesse tipo de debate quem ganha é a emissora e o convidado. Ninguém mais!);

07.   Ele citou versículos fora do contexto para justificar as suas posições teológicas (é a única forma de explicar o inexplicável);

08.   Ele afirmou de pé junto que não é dono da fortuna que a Forbes disse que ele tem e deu um jeito de provar isso (sabemos que no Brasil, a coisa mais fácil do mundo é ocultar dados financeiros. E para quem não sabe, igreja e associação são um dos caminhos mais fáceis para isso. Além dos laranjas, é óbvio!);

09.   Ele defendeu a família e os valores morais da igreja com todo “amor e carinho” (a forma como ele fala não é problema. Mas insisto, a moralidade cristã não interessa ao mundo caído. Ela é importante para nós e muitas vezes não as temos vivido);

10.   Ele falou muita coisa boa e que tem sentido, mas foi controverso em outras (somente falar bobagem não credibiliza o discurso).

Bom, acho que tinha mais alguns palpites para dar, mas esses já são o suficiente. Não me interessa se ele é rico ou não, se ele é famoso ou não, se ele é polêmico ou não. Para falar a verdade, nem mesmo a pessoa em questão me interessa! O que me preocupa é o senso comum, a distorção de princípios e a ênfase exagerada no homem (popstar gospel). Além disso, me preocupa também a incapacidade da igreja brasileira de fazer avaliações mais racionais e coerentes sobre qualquer tema ou sobre qualquer pessoa (se isso se fizer necessário) sem cair para a vala comum de chamar aqueles que fazem isso de rebeldes, ciumentos, amargurados, etc. Ninguém está isento do erro e por incrível que possa parecer, o Silas Malafaia também não está!

PS: quem viu a entrevista, pode dizer: acertei um tanto, né não? E outra coisa: que camisa era aquela que ele estava usando, my God!!!

3 comentários:

  1. falo tudo my brother !

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  2. Além disso, me preocupa também a incapacidade... Tom, sabe qtoo o admiro e amo seus ensinos, mas qdo li este parágrafo, me chamou a atenção o perigo de duplo sentido e isto dá margem para irmãozinhos q estão na igreja, quebrando princípios bíblicos e n criado por homens, se sentirem defendidos por seu ponto de vista e assim se sentirem vítimas do preconceito da igreja. Acho q vc me entendeu...

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    1. Entendo sua preocupação Simone sobre essa questão. Mas acho que quem deseja o engano o encontrará até mesmo nas Escrituras! Creio mesmo que a igreja brasileira precisa repensar muitas coisas. Tenho tentado fazer isso, mas não é fácil! Paz!

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