22 de dezembro de 2011

O que eu penso sobre os Títulos Eclesiásticos!


Tem assuntos que pouco me importam e por isso não dou muita atenção a eles. Um desses assuntos é o uso de títulos eclesiásticos, tais como: pastor; bispo; apóstolo; missionário; etc. Na verdade estou postando meu pensamento sobre este tema, devido a um pedido específico da minha esposa. Não espero que as pessoas concordem comigo, por se tratar de algo polêmico e delicado, mas vão aí algumas considerações pessoais (insisto que elas são pessoais!):

1.       Um título é uma forma de definir papéis e funções dentro de uma instituição, de uma empresa e também dentro da igreja, por isso possuem importância didática e organizacional;

2.       Ao longo da História da igreja (inclusive no Novo Testamento) eles sempre existiram;

3.       Eles devem surgir como fruto do reconhecimento de uma unção específica de Deus sobre uma pessoa;

4.       Eles não são palavras mágicas capazes de abrir portas secretas para aqueles que o possuem. Também não tornam seus possuidores gurus evangélicos, pessoas que estão acima dos meros mortais;

5.       Não é um título que contamina o coração humano. Na verdade, é um coração contaminado pela cobiça, orgulho e soberba, que contaminam um título;

6.       Não devemos nos relacionar com as pessoas baseados nas funções e cargos que exercemos, pois no Reino somos todos iguais (isso não invalida o princípio de autoridade);

7.       Pessoas que criticam exaustivamente outras pessoas devido ao título que esta possui, em minha opinião, são pessoas com o foco errado (me perdoe se você é assim). O problema não está no título, mas nas motivações. Você pode ser um “ninguém” e mesmo assim ser um tremendo de um arrogante. Você pode ser um “querubim” e mesmo assim conservar a simplicidade do Evangelho;

8.        Continuo acreditando no poder do anônimo. Aqueles cristãos que nunca vamos ouvir falar deles, mas que serão grandes instrumentos nas mãos de Deus (Atos está aí para comprovar minha tese);

9.       Não me importo se me chamam pelo nome (Welhington); apelido (Ton) ou pelo título (bispo). A única coisa que me importa é ser um obreiro aprovado;

10.   A minha unção e a minha conquista não são definidas por aquilo que dizem que sou.  Elas são fruto da Palavra de Deus empenhada ao meu favor;

11.   Título não é sinal de poder. Título é uma convocação ao serviço!

Pronto aí está! Não sei se minhas ideias sobre esse tema são claras, mas elas definem como eu reajo diante desse assunto tão controvertido. Acho que poderia resumir todos os onze pontos citados acima com uma frase:”importa que Ele cresça e eu diminua.” 

4 comentários:

  1. Ton!
    Tu acaba de desmoronar os meus sonhos de ter um titulo episcopal como tu...
    "Eles não são palavras mágicas capazes de abrir portas secretas para aqueles que o possuem. Também não tornam seus possuidores gurus evangélicos, pessoas que estão acima dos meros mortais"
    Sempre achei que bispos e apóstolos tinham este poder extrasensorial de fazer mágicas gospel e as coisas contecerem...
    Eu queria tanto ser um guru evangélico...
    Tudo acabou agora...
    * Boa crônica!
    Abraços e até a vista!

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  2. muito bom mas a bronca é de alguns que conseguiram um titulo para ficarem tão cheios que auando tratados por seus nomes logo corrigem colocando o titulo em primeiro lugar.

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  3. "Não é um título que contamina o coração humano. Na verdade, é um coração contaminado pela cobiça, orgulho e soberba, que contaminam um título;"

    É bem por aí, e essa ânsia por títulos não se resume ao meio religioso (sim isso acontece em todas as religiões), mas está impregnado na sociedade. É histórico e cultural. Um exemplo claro é a horda de delegados, advogados e médicos que se intitulam doutores sem ao menos terem chegado ao mestrado.

    Sim mesmo os médicos só podem legitimamente intitular-se doutor se tiver feito mestrado.

    Títulos, o que eles dizem mesmo sobre o conteúdo??

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  4. "Continuo acreditando no poder do anônimo. Aqueles cristãos que nunca vamos ouvir falar deles, mas que serão grandes instrumentos nas mãos de Deus (Atos está aí para comprovar minha tese);"
    É Tom grande palavra e olha que existe muitos destes por aí que fazem muito mais do que muita gente que só tem lustrado bancos de Igrejas.
    Abraços e te admiro muito meu amigo, pois aprendi muito com você quando estava aqui em Curitiba.

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