10 de dezembro de 2011

Sobre homens e castelos

Castelos são lugares seguros e luxuosos, mas também são lugares perigosos. Eles são a morada dos reis, mas também podem se tornar os seus túmulos. Haja visto Davi, que estava mais exposto em seu castelo do que na frente de batalha. Por isso, eu confesso: tenho medo de castelos! Tenho medo dos fantasmas que habitam neles, dos grandes corredores escuros que o compõem e dos quartos luxuosos que mantém todos tão distantes uns dos outros. Talvez seja um medo infantil ou apenas um mecanismo de autopreservação. Talvez seja o medo de me tornar um amante compulsivo de castelos.  Mas o fato é, tenho medo de castelos e procuro evitá-los a todo custo. Mas bem sei que o problema não é o castelo em si, mas os sentimentos e atitudes que eles despertam em nós. Eles podem despertar o nosso lado mais nobre, mas também podem acordar o monstro vaidoso e prepotente que existe dentro de cada um. Por isso, creio que poucas pessoas podem frequentar esses lugares. E as que de fato podem, na maioria das vezes não estão lá pelo simples fato de não desejarem estar lá. Por um motivo estranho elas preferem o deserto, a masmorra ou campo de batalha. Elas não se sentem muito a vontade ao lado dos nobres e dos reis, pois preferem mesmo a companhia dos plebeus. Elas preferem o cheiro do campo ao cheiro embolorado dos castelos. Essas pessoas são muito parecidas com o maior Rei de todos. Ele nunca habitou em castelos!

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